Igreja na América Latina

Pobreza e miséria: sombra dos povos indígenas no México



Izamal (RV) – “Promover os direitos dos povos indígenas e o desenvolvimento de sua cultura e suas comunidades; reconhecer, promover e defender os seus direitos à terra, ao seu território, à sua cultura, à sua forma de organização e sistemas de governo”. Com estas palavras Dom Guillermo Francisco Escobar Galicia, Bispo de Teotihuacán, México, e responsável pela Pastoral Indígena da Conferência Episcopal, contribuiu para a reflexão cristã na celebração da Jornada Internacional dos Povos Indígenas.

No México, a celebração foi realizada acerca do vigésimo aniversário do encontro entre Papa João Paulo II e os povos indígenas da América – ocorrido em 11 de agosto em Izamal. Por convite da Assembleia Geral da ONU, a sociedade civil decidiu respeitar os direitos dos grupos étnicos. Mas, por exemplo da devoção à Nossa Senhora de Guadalupe por parte de San Juan Diego, a comunidade católica renova o compromisso de viver servindo os mais marginalizados.

Dom Escobar Galicia ainda enfatiza que “ambas as celebrações nos convidam a fazermos nossas as palavras do Beato João Paulo II, de levar à mente o compromisso que temos como Igreja com os povos indígenas do México, para responder aos desafios que a pastoral indígena apresenta e, assim, eliminar a discriminação, a intolerância e a negligência a que foram submetidos”.

Segundo dados coletados pela Agência Fides, a ONU estima que há 370 milhões de indígenas em todo o mundo, entre os quais quase 7 milhões vivem no México. O Atlas do povo indígena indica que existem 62 grupos étnicos que vivem no país, sendo o grupo Maia um dos maiores. Além disso, o Conselho Nacional para a Avaliação das Políticas de Desenvolvimento Social afirma que 7 entre 10 residentes em uma família indígena vivem em meio a pobreza e 1 entre 10 em condições miseráveis. (NV)


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