Quarta-feira 29 de Maio

Pensamento do dia,
"É melhor ser prisioneiros por puro amor de Deus, do que ser livres fugindo da dor e da pena da cruz"
São Francisco Xavier

A Igreja nasce do gesto supremo de amor que é a Cruz, do lado aberto de Jesus. A Igreja é uma família na qual se ama e se é amado.


Quarta-feira da 8ª semana do Tempo Comum
Evangelho (Mc 10,32-45):

Estavam a caminho, subindo para Jerusalém. Jesus ia à frente, e eles, assombrados, seguiam com medo. Jesus, outra vez, chamou os doze de lado e começou a dizer-lhes o que estava para acontecer com ele: «Estamos subindo para Jerusalém, e o Filho do Homem será entregue aos sumos sacerdotes e aos escribas. Eles o condenarão à morte e o entregarão aos pagãos. Vão zombar dele, cuspir nele, açoitá-lo e matá-lo, mas três dias depois, ele ressuscitará».

Tiago e João, filhos de Zebedeu, aproximaram-se de Jesus e lhe disseram: «Mestre, queremos que faças por nós o que te vamos pedir». Ele perguntou: «Que quereis que eu vos faça?». Responderam: «Permite que nos sentemos, na tua glória, um à tua direita e o outro à tua esquerda!». Jesus lhes disse: «Não sabeis o que estais pedindo. Podeis beber o cálice que eu vou beber? Ou ser batizados com o batismo com que eu vou ser batizado?». Responderam: «Podemos». Jesus então lhes disse: «Sim, do cálice que eu vou beber, bebereis, com o batismo com que eu vou ser batizado, sereis batizados. Mas o sentar-se à minha direita ou à minha esquerda não depende de mim; é para aqueles para quem foi preparado».

Quando os outros dez ouviram isso, começaram a ficar zangados com Tiago e João. Jesus então os chamou e disse: «Sabeis que os que são considerados chefes das nações as dominam, e os seus grandes fazem sentir seu poder. Entre vós não deve ser assim. Quem quiser ser o maior entre vós seja aquele que vos serve, e quem quiser ser o primeiro entre vós seja o escravo de todos. Pois o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida em resgate por muitos».
Comentário:
Pois o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida em resgate por muitos


Hoje, o Senhor nos ensina qual deve ser nossa atitude ante a Cruz. O amor ardente à vontade de seu Pai, para consumar a salvação do gênero humano —de cada homem e mulher— lhe move ir depressa a Jerusalém, onde «Aquele, porém, que me renegar diante dos homens, também eu o renegarei diante de meu Pai que está nos céus. “Não penseis que vim trazer paz à terra! Não vim trazer paz, mas sim, a espada» (cf. Mt 10,33-34). Mesmo que às vezes não entendamos ou, inclusive, tenhamos medo ante a dor, o sofrimento ou as contradições de cada jornada, procuremos unir-nos —por amor à vontade salvadora de Deus— com o oferecimento da cruz de cada dia.

A prática constante da oração e os sacramentos, especialmente o da Confissão pessoal dos pecados e o da Eucaristia, acrescentarão em nós o amor a Deus e aos demais por Deus de modo que seremos capazes de dizer «Podemos!» (Mc 10,39), a pesar de nossas misérias, medos e pecados. Sim, poderemos abraçar a cruz de cada dia (cf. Lc 9,23) por amor, com um sorriso; essa cruz que se manifesta no ordinário e cotidiano: a fatiga no trabalho, as dificuldades normais na vida, família e nas relações sociais, etc.

Só se abraçamos a cruz de cada dia, negando nossos gostos para servir aos demais, assim conseguiremos identificar-nos com Cristo, que «Pois o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida em resgate por muitos» (Mc 10,45). João Paulo II explicava que «o serviço de Jesus chega a sua plenitude com a morte na Cruz, ou seja, com o dom total de si mesmo». Imitemos, pois, a Jesus Cristo, transformando constantemente nosso amor a Ele em atos de serviço a todas as pessoas: ricos ou pobres, com muita ou pouca cultura, jovens o anciãos, sem distinção. Atos de serviço para aproximá-los a Deus e liberá-los do pecado.
Papa adverte para a tentação do triunfalismo na Igreja
Cidade do Vaticano (RV) – Como todas as manhãs, o Papa celebrou a Missa na capela da sua residência, na Casa Santa Marta.

Em sua homilia, o Pontífice se inspirou no Evangelho do dia para alertar para a tentação do triunfalismo dentro da Igreja, a partir da narração de Jesus, que anuncia aos discípulos sua paixão, morte e ressurreição a caminho de Jerusalém.

Os discípulos tinham em mente outros projetos, e pensam em parar na metade do caminho; discutiam entre si sobre como salvar às pressas a Igreja. Esta é a tentação do triunfalismo prescindindo da Cruz, um triunfo mundano, advertiu Francisco:

“O triunfalismo paralisa a Igreja, assim como o triunfalismo nos cristãos os paralisa. É uma Igreja triunfalista, é uma Igreja que fica na metade do caminho, uma Igreja que é feliz assim, bem arrumada – bem arrumada! – com todos os escritórios, tudo em ordem, tudo bonito, eh? Eficiente. Mas uma Igreja que renega os mártires, porque não sabe que os mártires são necessários à Igreja para o caminho da Cruz. Uma Igreja que pensa somente nos triunfos, nos sucessos, que não conhece esta regra de Jesus: a regra do triunfo por meio da falência, da falência humana, da falência da Cruz. E esta é uma tentação que todos nós temos.”

O Papa então concluiu: “Peçamos ao Senhor a graça de não ser uma Igreja que fica na metade do caminho, uma Igreja triunfalista, dos grandes sucessos, mas de ser uma Igreja humilde que caminha com decisão, como Jesus. Avante, avante, avante. Coração aberto à vontade do Pai, como Jesus. Peçamos esta graça”.
Audiência: A Igreja é a grande família de Deus, mesmo com seus defeitos e imperfeições

Cidade do Vaticano (RV) – Cerca de 90 mil fiéis lotaram a Praça S. Pedro para a Audiência Geral desta quarta-feira.

Depois de fazer o giro da Praça para saudar a multidão, debaixo de garoa, o Papa iniciou esta manhã um novo ciclo de catequeses, que tratará do mistério da Igreja a partir de expressões presentes nos textos do Concílio Vaticano II.

A primeira delas foi: a Igreja como família de Deus. A parábola do filho pródigo, afirmou o Papa, indica bem o desígnio de Deus para a humanidade. Ele quer fazer de nós uma única família, para que cada um sinta sua proximidade e o seu amor. 

Neste grande desígnio, a Igreja encontra sua raiz. A própria palavra “Igreja”, do grego ekklesia, significa “convocação”: Deus nos convoca, nos impulsiona a sair do individualismo, da tendência de fechar-se em si mesmo e nos chama a fazer parte da sua família. Toda a história da salvação é a história de Deus que busca o homem, lhe oferece o seu amor e o acolhe. Na plenitude dos tempos, Ele mandou Seu Filho, Jesus Cristo, para nos comunicar a vida divina. 

A Igreja tem a sua origem na Cruz, do lado aberto de Cristo de onde jorraram sangue e água, símbolos dos Sacramentos da Eucaristia e do Batismo. No dia de Pentecostes, recebendo o dom do Espírito Santo, Ela se manifesta ao mundo, anunciando o Evangelho e difundindo o amor de Deus. 

Ainda hoje, alguns dizem: “Cristo sim, a Igreja não”, “Eu acredito em Deus, mas não nos padres”. A eles, Francisco responde:

“Mas é justamente a Igreja que nos traz Cristo e que nos leva a Deus; a Igreja é a grande família dos filhos de Deus. Certamente há também aspectos humanos; naqueles que a compõem, pastores e fiéis, há defeitos, imperfeições e pecados: também o Papa tem pecados. E muitos! Mas o belo é quando nos damos conta de que somos pecadores e encontramos a misericórdia de Deus. Deus perdoa sempre. Não se esqueçam disso: Deus perdoa sempre.” 

Quando pecamos, ofendemos a Deus - afirmou. Mas Ele nos dá a oportunidade de nos humilhar para perceber que existe algo maior, que é a sua misericórdia.

Devemos nos perguntar: quanto eu amo a Igreja? Rezo por ela? Sinto-me parte desta família? Neste Ano da Fé, concluiu o Pontífice, peçamos ao Senhor que as nossas comunidades sejam sempre mais verdadeiras famílias que vivem e transmitem o calor de Deus.

No final da audiência, o Papa saudou de modo especial os jovens poloneses que se reunirão em 1º de junho numa vigília em Lednica para refletir sobre o tema da paternidade. 

Aos romanos, o Santo Padre recordou que nesta quinta-feira, festa de Corpus Christi, celebrará às 19h a Santa Missa em São João de Latrão, ao final da qual se realizará a procissão que se concluirá em Santa Maria Maior. “Convido os fiéis de Roma e os peregrinos a se unirem neste ato de profunda fé pela Eucaristia, que constitui o mais precioso tesouro da Igreja e da humanidade.”

A Rádio Vaticano transmitirá em este evento ao vivo, a partir das 14h – horário de Brasília – com comentários em português.
A dimensão social da Eucaristia

Cidade do Vaticano (RV) – Na Solenidade de Corpus Christi, celebramos também o milagre de ser capaz de partilhar e de dividir.

A Eucaristia está plenamente vinculada à dimensão social da vida humana. Sendo a celebração do mistério pascal da vida, morte e ressurreição de Jesus é também a celebração das alegrias e tristezas, mortes e sofrimentos do homem e da mulher de todos os tempos. 

É o que ressalta também o Bispo de Garanhuns (PE), Dom Fernando Guimarães, entrevistado pelo colega Raimundo Lima (clique acima para ouvir a reportagem completa).

Dizia Dom Luciano Mendes de Almeida: “O sacrifício de Cristo é um mistério de libertação que nos impele a transformar as estruturas injustas da sociedade para restabelecer a dignidade da pessoa, criada à imagem e semelhança de Deus”.

A dimensão social não é de forma alguma um adendo ou um acréscimo circunstancial à Eucaristia. Por isto mesmo, esta dimensão deve ser vivida em todas as celebrações eucarísticas. Ao participar da celebração da Eucaristia, é impossível não partir para o compromisso ético, que implica no compromisso para com nossos irmãos, sobretudo com os que mais necessitam.
São Maximino
Quarta-feira, 29 de Maio de 2013

Nasceu na França no século IV e muito cedo sentiu o chamado a vida sacerdotal. Sucedeu Agrício e teve que combater o Arianismo, que confundia muitos cristãos.

São Maximino apoiou Santo Atanásio nessa luta, sofreu com ele, e se deparou até com o Imperador. Bispo da Igreja, viveu seu magistério e serviço à Palavra sob ataques, mas não conseguiram matá-lo. Viveu até o ano de 349 deixando este testemunho e convocação: sermos cooperadores da verdade.

O santo de hoje é um ícone do amor a Cristo, à Igreja e à Verdade.


São Maximino, rogai por nós!
Segunda-feira 27 de maio.

Pensamento do dia
No momento em que deixo de amar, deixo de ser.
Gilbert Cesbron (1913 - 1979)




Cada vez que seguimos o nosso egoísmo e dizemos não a Deus, arruinamos a sua história de amor conosco.
Segunda-feira da 8ª semana do Tempo Comum
Evangelho (Mc 10,17-27): Jesus saiu caminhando, quando veio alguém correndo, caiu de joelhos diante dele e perguntou: «Bom Mestre, que devo fazer para ganhar a vida eterna?». Disse Jesus: «Por que me chamas de bom? Só Deus é bom, e mais ninguém. Conheces os mandamentos: não matarás, não cometerás adultério, não roubarás, não levantarás falso testemunho, não prejudicarás ninguém, honra teu pai e tua mãe!». Ele então respondeu: «Mestre, tudo isso eu tenho observado desde a minha juventude». Jesus, olhando bem para ele, com amor lhe disse: «Só te falta uma coisa: vai, vende tudo o que tens, dá o dinheiro aos pobres e terás um tesouro no céu. Depois, vem e segue-me». Ao ouvir isso, ele ficou pesaroso por causa desta palavra e foi embora cheio de tristeza, pois possuía muitos bens.

Olhando em volta, Jesus disse aos seus discípulos: «Como é difícil, para os que possuem riquezas, entrar no Reino de Deus». Os discípulos ficaram espantados com estas palavras. E Jesus tornou a falar: «Filhos, como é difícil entrar no Reino de Deus! É mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus!». Eles ficaram mais admirados e diziam uns aos outros: «Quem então poderá salvar-se?». Olhando bem para eles, Jesus lhes disse: «Para os homens isso é impossível, mas não para Deus. Para Deus tudo é possível!».


Comentário:
Vai, vende tudo o que tens, dá o dinheiro aos pobres;(…) vem e segue-me


Hoje a liturgia apresenta-nos um evangelho, onde é difícil ficar indiferente se o encaramos com sinceridade de coração.

Ninguém pode duvidar das boas intenções daquele jovem que se aproximou diante de Jesus para fazer-lhe uma pergunta: «Bom Mestre, que devo fazer para ganhar a vida eterna?» (Mc 10,17). Segundo o que nos expressa São Marcos, é claro que nesse coração havia uma necessidade de algo mais, pois é fácil supor que —como bom israelita— conhecia bem o que dizia a Lei ao respeito, mas no seu interior havia uma inquietação, uma necessidade de ir mais além, e por isso, interpela a Jesus.

Na nossa vida cristã temos que apreender a superar essa visão que reduz a fé a uma questão de mero cumprimento. Nossa fé é mais que isso. É uma adesão a Alguém, que é Deus. Quando pomos o coração em algo, pomos também a vida, e no caso da fé, superamos o conformismo que hoje parece sufocar a existência de tantos crentes. Quem ama não se conforma com dar qualquer coisa. Quem ama busca uma relação pessoal, próxima, leva em conta os detalhes e sabe descobrir em tudo uma ocasião para crescer no amor. Quem ama se entrega.

Em realidade, a resposta de Jesus à pergunta do jovem é uma porta aberta a essa entrega total por amor: «Vende tudo o que tens, dá-lhe tudo aos pobres (…); depois, vem e segue-me» (Mc 10,21). Não é um deixar porque sim, esse deixar é um dar-se, e é um dar-se que é expressão genuína do amor. Abramos, pois, o nosso coração a esse amor-doação. Vivamos a nossa relação com Deus nessa chave. Orar, servir, trabalhar, superar-se... Todos são caminhos de entrega e, por tanto, caminhos de amor. Que o Senhor encontre em nós, não só um coração sincero, também um coração generoso e aberto às exigências do amor. Porque —em palavras de João Paulo II— «O amor que vem de Deus, amor terno e esponsal, é fonte de exigências profundas e radicais»
Papa Francisco
Compreende-se melhor toda a realidade a partir da periferia
Homilia do Papa Francisco durante a missa dessa manhã na paróquia romana dos santo Elizabete e Zacarias

ROMA, 26 de Maio de 2013 (Zenit.org) - Às 8h30 de hoje o Santo Padre Francisco deixou o Vaticano em helicóptero para fazer a visita pastoral à paróquia dos Santos Elizabete e Zacarias no Vale Muricana (Prima Porta), no setor norte da diocese de Roma. À sua chegada, o Papa encontrou as famílias com as crianças que foram batizadas ao longo do ano, e os enfermos; depois disso escutou em confissão alguns fieis.

Às 9h30, na praça que está à frente da Igreja paroquial, presidiu a Celebração Eucarística, introduzida com a saudação do pároco, Pe. Benoni Ambarus. Durante a Santa Missa o Papa admnistrou o sacramento da Eucaristia a 16 crianças e deu a comunhão também a outras 28 que tinham feito a Primeira Comunhão no domingo passado. Antes de voltar ao Vaticano para a oração do Angelus, o Santo Padre cumprimentou os colaboradores paroquiais.
Publicamos a seguir as palavras do Santo Padre no começo da celebração e a sua homilia: 

Palavras improvisadas pelo Papa no começo da Celebração:

Caro primeiro sentinela, caro segundo sentinela, caríssimos sentinelas, gostei do que você disse: que periferia tem um sentido negativo, mas também um sentido positivo. Sabe por quê? Porque a realidade completa entende-se melhor não a partir do centro, mas das periferias. Compreende-se melhor. Também isso que você disse: tornar-se sentinelas, não? 

Agradeço-vos por este trabalho, por este trabalho de ser sentinelas. Agradeço também pela acolhida, neste dia de festa da Trindade. Aqui estão os sacerdotes que vocês conhecem bem, que são os dois secretários do Papa, o Papa que está no Vaticano, hein? Hoje veio o Bispo aqui. E estes dois trabalham bem. Mas um de vocês, Padre Alfred, faz aniversário hoje, da sua ordenação sacerdotal: 29 anos. Um aplauso! Rezemos por ele e peçamos ao menos outros 29 anos. Não é verdade? Assim começamos a Missa, com espírito de piedade, em silêncio, rezando todos juntos.

Homilia do Santo Padre:

Queridos irmãos e irmãs,
O pároco, em suas palavras, me fez lembrar de algo belo em Maria. Quando ela acabou de receber o anúncio de que seria a mãe de Jesus e também a notícia de que sua prima Isabel estava grávida – diz o Evangelho – saiu depressa, não esperou. Não disse: “Mas agora estou grávida, devo cuidar de minha saúde, minha prima tem amigos que poderão ajudá-la”. Ela ouviu algo e “saiu depressa.” É bonito perceber isso da Virgem Maria, nossa Mãe, que vai com pressa, porque tem isso dentro de si: ajudar. Vai para ajudar, não para se gabar e dizer à sua prima: “Mas escute, agora eu que mando, porque sou a Mãe de Deus!” Não, não fez isso. Foi até lá para ajudar!
Nossa Senhora é sempre assim. É a nossa Mãe, que sempre vem imediatamente quando precisamos. Seria bom adicionar à Ladainha de Nossa Senhora: “Senhora que vai com pressa, rogai por nós!”. É lindo isso, não é verdade? Porque ela vai sempre depressa, ela não se esquece de seus filhos. E quando seus filhos estão com problemas, têm alguma necessidade e a invocam, ela vai imediatamente. E isso nos dá a segurança, a segurança de ter a Mãe ao lado, sempre ao nosso lado. Caminhamos melhor na vida quando temos a mãe perto. Pensemos nesta graça de Nossa Senhora: de estar perto de nós, sem nos fazer esperar. Sempre!Ela está – tenhamos confiança nisso – para nos ajudar. Maria que sempre vai depressa, por nós.
Nossa Senhora também nos ajuda a entender bem Deus, Jesus, compreender bem a vida de Jesus, a vida de Deus, para entender bem o que é o Senhor, como é o Senhor, quem é Deus.
A vocês crianças, eu pergunto: “Quem sabe quem é Deus?”. Levante sua mão. Diga-me? É isso aí! Criador da Terra. E quantos Deus existem? Um? Mas me disseram que são três: o Pai, o Filho e o Espírito Santo! Como se explica isso? Existe um ou existem três? Um? Um? E como se explica que um é o Pai, o outro o Filho e o outro o Espírito Santo? Forte, forte! Certo. Eles são três em um, três pessoas em uma.
E o que faz o Pai? O Pai é o princípio, o Pai, que criou tudo, que nos criou. O que faz o Filho? O que faz Jesus? Quem pode dizer o que Jesus faz? Ele nos ama? E depois? Leva a Palavra de Deus! Jesus veio para nos ensinar a Palavra de Deus. Muito bem! E depois? O que Jesus fez na terra? Ele nos salvou! E Jesus veio para dar a Sua vida por nós. O Pai cria o mundo, Jesus nos salva. E o Espírito Santo, o que faz? Ele nos ama! Nos dá amor!
Todas as crianças juntas: o Pai cria tudo, cria o mundo, Jesus nos salva e o Espírito Santo? Ele nos ama! E esta é a vida cristã: falar com o Pai, com o Filho e com o Espírito Santo.
Jesus nos salvou, mas também caminha conosco na vida. É verdade isso? E como ele caminha? O que Ele faz quando caminha conosco na vida? Isto é difícil. Nos faz vencer o maligno! O que faz Jesus quando caminha conosco? Forte! Primeiro, nos ajuda. Nos conduz! Muito bem! Caminha com a gente, nos ajuda, nos orienta e nos ensina a seguir em frente. E Jesus também nos dá a força para caminhar. É verdade? Ele nos sustenta! Isso! Nas dificuldades, certo? E também nas tarefas da escola! Nos sustenta, nos ajuda, nos conduz, nos sustenta. É isso aí! Jesus está sempre conosco.
Mas escute, Jesus nos dá força. Como Jesus nos dá força? Vocês sabem como nos dá força! Forte, não estou escutando! Na comunhão nos dá força, nos ajuda com a força. Ele vem a nós.  Mas quando vocês dizem “dá-nos a comunhão”, um pedaço de pão nos dá tanta força? Não é um pão? Este é pão, mas aquele sobre o altar é pão ou não é pão? Parece pão! Não é exatamente pão. O que é? É corpo de Jesus. Jesus vem até o nosso coração.
Pensemos nisso, todos: o Pai nos deu a vida, Jesus nos deu a salvação, nos acompanha, nos guia, nos sustenta, nos ensina e o Espírito Santo? O que o Espírito Santo nos dá? Ele nos ama! Nos dá amor. Pensemos em Deus assim e peçamos à Nossa Senhora, Maria, nossa Mãe, sempre apressada a nos ajudar, que nos ensine a compreender bem como Deus é: como é Pai, Filho e Espírito Santo. Assim seja.
"O bem-estar e o fascínio do provisório nos afastam de Jesus", afirma o Papa

Cidade do Vaticano (RV) – Para seguir Jesus, devemos nos despir da cultura do bem-estar e do fascínio provisório: foi o que disse esta manhã o Papa Francisco, na Missa na Casa Santa Marta.

Na homilia, o Papa comentou o Evangelho do dia, em que Jesus pede a um jovem que dê suas riquezas aos pobres e que O siga. “As riquezas são um empecilho, pois não facilitam o caminho rumo ao Reino de Deus”, disse Francisco. 

O Pontífice se referiu a duas “riquezas culturais”: antes de tudo, a “cultura do bem-estar, que nos deixa pouco corajosos, preguiçosos e também egoístas. O bem-estar é uma “anestesia”:

"Não, não, mais de um filho não, porque não podemos tirar férias, não podemos comprar a casa... Podemos seguir o Senhor, mas até certo ponto. Isso faz o bem-estar: nos despe daquela coragem forte que nos aproxima de Jesus. Esta é a primeira riqueza da nossa cultura de hoje, a cultura do bem-estar.”

A segunda riqueza é o fascínio do provisório. “Nós estamos apaixonados pelo provisório”, disse o Papa. Não gostamos das propostas definitivas que Jesus nos faz e temos medo do tempo de Deus:

“Ele é o Senhor do tempo, nós somos os senhores do momento. Uma vez, conheci uma pessoa que queria se tornar padre, mas só por dez anos, não mais.” Além disso, muitos casais se casam pensando que o amor pode acabar e, com ele, a união. 

“Essas duas riquezas são as que, neste momento, nos impedem de prosseguir. Eu penso em muitos, muitos homens e mulheres que deixaram a própria terra para serem missionários por toda a vida: isso é definitivo! Assim como muitos homens e mulheres que deixaram a própria casa para um matrimônio por toda a vida: isso é seguir Jesus de perto! É o definitivo”, afirmou o Pontífice, que concluiu:

“Peçamos ao Senhor que nos dê a coragem de prosseguir, despindo-nos desta cultura do bem-estar, com a esperança no tempo definitivo.”
Papa: "Deus é Amor. No abraço de sua comunhão, a vida eterna"



Cidade do Vaticano (RV) – Após a visita pastoral realizada na paróquia dos Santos Isabel e Zacarias, Papa Francisco rezou com os fiéis, dezenas de milhares de pessoas que o aguardavam na Praça São Pedro, a oração mariana do Angelus. 

Dirigindo-se à multidão, ele agradeceu ao Senhor pela visita e pediu a todos que rezem por seu serviço pastoral na Igreja de Roma, cuja missão è presidir à caridade universal. 

Hoje é o Domingo da Santíssima Trindade, e o Papa lembrou que “a luz do tempo pascal e de Pentecostes renova em nós, a cada ano, a felicidade e a surpresa da fé: reconhecemos que Deus não é uma coisa que vagueia abstrata, não é um 'spray', mas tem um nome: «Deus é amor»:

Não é um amor sentimental, emotivo, mas é o amor do Pai, que está na origem de toda vida, o amor do Filho que morre na Cruz e ressuscita, o amor do Espírito que renova o homem e o mundo”. 

Francisco continuou, explicando que a Santíssima Trindade não é um fruto de raciocínios humanos, mas é o rosto com que o próprio Deus se revelou, caminhando com humanidade: “Jesus é o Filho que nos fez conhecer o Pai misericordioso e trouxe à terra o seu “fogo”, o Espírito Santo”.

Terminando seu discurso, o Papa destacou que hoje nós louvamos a Deus por Ele mesmo, “por sua imensa glória”. Nós o louvamos e damos graças porque é Amor, e porque nos convida a receber o abraço de sua comunhão, que é a vida eterna.

Dedicando sua prece a Maria, o Papa recordou que ela já chegou à meta da peregrinação terrena: está já na glória da Trindade. “Por isso, resplandece para nós como sinal de esperança certeira e consolação, e nos acompanha no caminho”. 

Santo Agostinho de Cantuária


Segunda-feira, 27de Maio de 2013

Monge beneditino, viveu em um mosteiro de Roma fundado por São Gregório Magno. Santo Agostinho na Grã- Bretanha exerceu santamente sua missão de levar muitos à santidade e assim santificar-se.

O Papa São Gregório enviou missionários para anunciar a Boa Nova nas Ilhas Britânicas, 40 monges estavam sob o comando de Agostinho, que corajosamente avançou em direção aos anglo-saxões que possuíam fama de cruéis. Agostinho ao chegar, expôs ao rei sua pregação e pediu-lhe autorização para pregar com seus irmãos.

O trabalho de evangelização foi tão fecundo que, em menos de um ano, mais de dez mil pessoas se converteram, inclusive o rei Etelberto. Ajudado sempre pelo Papa, Santo Agostinho, na obediência acolheu as direções do Espírito e foi ordenado Bispo. Com o surgimento de novas necessidades pastorais, tornou-se Arcebispo. Com a ajuda de muitos outros missionários, alcançou a graça da conversão, praticamente para todos da ilha. Entrou na Igreja Triunfante, com outros, em 605.


Santo Agostinho de Cantuária, rogai por nós!

QUINTA FEIRA, 23 DE MAIO.

PENSAMENTO DO DIA
"As incontáveis lágrimas alimentam o rio da salvação”. Jean Cardonnel (1921 – 2009)


Tenho levado o Evangelho da reconciliação e do amor aos ambientes onde vivo e trabalho?



Quinta-feira da 7ª semana do Tempo Comum
Evangelho (Mc 9,41-50):
«Quem vos der um copo de água para beber porque sois de Cristo, não ficará sem receber a sua recompensa. E quem provocar a queda um só destes pequenos que crêem em mim, melhor seria que lhe amarrassem uma grande pedra de moinho ao pescoço e o lançassem no mar. Se tua mão te leva à queda, corta-a! É melhor entrares na vida tendo só uma das mãos do que, tendo as duas, ires para o inferno, para o fogo que nunca se apaga. Se teu pé te leva à queda, corta-o! É melhor entrar na vida tendo só um dos pés do que, tendo os dois, ser lançado ao inferno. Se teu olho te leva à queda, arranca-o! É melhor entrar no Reino de Deus tendo um olho só do que, tendo os dois, ir para o inferno, onde o verme deles não morre e o fogo nunca se apaga. Todos serão salgados pelo fogo. O sal é uma coisa boa; mas se o sal perder o sabor, como devolver-lhe o sabor? Tende sal em vós mesmos e vivei em paz uns com os outros».

Comentário:
Quem vos der um copo de água para beber porque sois de Cristo, não ficará sem receber a sua recompensa
Hoje, o Evangelho proclamado é difícil de ser compreendido pela dureza das palavras de Jesus: «Se tua Mão te leva à queda, corta-a! (...). Se teu olho te leva à queda, arranca-o!» (Mc 9,43.47). É que Jesus é muito exigente com aqueles que somos seus seguidores. Simplesmente, Jesus nos diz que temos de saber renunciar às coisas que nos fazem mal, ainda que sejam coisas que gostamos muito, mas que podem ser motivo de pecado e de vicio. São Gregório deixou escrito «que não temos de desejar as coisas que só nos satisfazem as necessidades materiais e pecaminosas». Jesus exige que sejamos radicais. Em outro trecho do Evangelho também diz: «Quem buscar sua vida a perderá, e quem perder sua vida por causa de mim a encontrará» (Mt 10,39).

Por outro lado, esta exigência de Jesus quer ser uma exigência de amor e crescimento. Não quedaremos sem a sua recompensa. O que dará sentido às nossas coisas tem de ser sempre o amor: temos de aprender a dar um copo de água a quem o necessita, e não por interesse pessoal, senão por amor. Temos que descobrir Jesus Cristo nos mais necessitados e pobres. Jesus só denuncia severamente e condena aos que fazem mal e escandalizam e aos que afastam os pequenos do bem e da graça de Deus.

Finalmente, todos temos de passar a prova do fogo. É o fogo da caridade e do amor que purifica os nossos pecados, para poder ser o sal que dá bom gosto ao amor, ao serviço e à caridade. Na oração e na Eucaristia é onde os cristãos encontramos a força da fé e o bom gosto do sal de Cristo. Não ficaremos sem recompensa! 

Papa Francisco no clima da JMJ Rio2013


Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco vai receber em audiência na sexta-feira, 24 de maio, o Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, e membros do Comitê Organizador Local (COL) da Jornada Mundial da Juventude.

Esta quinta, Dom Orani visitou a sede da Rádio Vaticano e falou dos últimos preparativos para a Jornada, que terá início exatamente daqui dois meses:

“Nós tínhamos já pensado em trazer para o Papa Francisco alguns símbolos da Jornada, por exemplo, o kit e a mochila, para colocá-lo dentro do clima da Jornada Mundial da Juventude. Conversar um pouco sobre aquilo que vai acontecer e como está a juventude do mundo, na expectativa do encontro com o Santo Padre no Rio de Janeiro. Também, trazer o abraço do Rio de Janeiro, do COL, das pessoas do Rio ao Santo Padre, dizendo o calor humano com o qual nós queremos recebê-lo e da alegria por presidir a JMJ – a primeira que ele preside – e a segunda na América Latina. Trouxemos também uma réplica da imagem do Cristo Redentor – que não podia deixar de trazer – para que o Papa possa estar cada vez mais próximo de nós, do Rio de Janeiro, do Brasil e dos jovens.”

Clique acima para ouvir a entrevista de Silvonei José.

"Sem o sal de Jesus, nos tornamos cristãos de museu", adverte o Papa

Cidade do Vaticano (RV) – Os cristãos devem difundir o sal da fé, da esperança e da caridade: esta é a exortação do Papa Francisco na Missa desta manhã na capela da Casa Santa Marta.

Concelebraram com o Papa dois cardeais (Angelo Sodano e Leonardo Sandri) e o Arcebispo boliviano de La Paz, Dom Edmundo Abastoflor Montero. 

Na sua homilia, o Pontífice falou do sabor que os cristãos são chamados a dar à própria vida e a dos outros. O sal que nos dá o Senhor é o sal da fé, da esperança e da caridade. Mas devemos estar atentos, advertiu Francisco, para que este sal não se torne insípido e para que não perca a sua força:

“O sal tem sentido quando dá sabor às coisas. Também penso que o sal mantido num recipiente, com a umidade, perde força. O sal que recebemos é para doá-lo, para dar sabor, para oferecê-lo. Do contrário, se torna insípido e não serve. Devemos pedir ao Senhor para que não nos tornemos cristãos com o sal insípido, com o sal da garrafa. Mas o sal tem também outra particularidade: quando bem usado, não se sente o seu gosto, sente-se o sabor do alimento: o sal ajuda que o alimento seja mais saboroso. Esta é a originalidade cristã!”

Originalidade, todavia, que não significa uniformidade. Cada cristão tem o seu sabor, com os dons que o Senhor lhe deu, pois o sal que não deve ficar somente dentro de nós, mas deve ser usado de dois modos. O primeiro: dar o sal a serviço das refeições, a serviço das pessoas, a serviço dos outros. Segundo: a transcendência para o autor do sal, o Criador, através da oração e da adoração:

“Assim o sal se mantém, não perde o seu sabor. Com a adoração, eu transcendo de mim mesmo para o Senhor. E com o anúncio evangélico, eu saio de mim para dar a mensagem. Mas se não fizermos isso – essas duas transcendências – o sal permanecerá no recipiente e nós nos tornaremos cristãos de museu.”


São Juliano


Era casado e possuía uma hospedaria. Nela, ele partilhava a vida eterna que trazia em seu coração. Esposo fiel que amou a família e os necessitados. No ano de 305, o imperador Diocleciano começou uma perseguição aos cristãos.
Juliano, então, passou a acolher em sua hospedaria os cristãos perseguidos. Alguns homens denunciaram Juliano. Ele foi arrancado de casa e levado ao tribunal. Por não renunciar à fé em Cristo, foi condenado e decapitado. Hoje, ele vive com Cristo na Glória.
Continuamos em tempos de perseguição. Velada em alguns lugares e, em outros, bem visível.
Que o santo de hoje possa interceder para que, o Espirito Santo, nos ajude a sermos ousados em nosso testemunho, sem medo da morte e das perseguições, certos de que a nossa recompensa se encontra no céu.
São Juliano, rogai por nós!

TERÇA-FEIRA, 21 DE MAIO

PENSAMENTO DO DIA,
"Quem quiser conhecer a verdadeira alegria deve ser capaz de curar um coração triste com as lágrimas". Vratislav Štovíček



Viver o Evangelho é lutar contra o egoísmo. O Evangelho é perdão e paz; é o amor que vem de Deus.


Quarta-feira da 7ª semana do Tempo Comum

Evangelho (Mc 9,38-40):
João disse a Jesus: «Mestre, vimos alguém expulsar demônios em teu nome. Mas nós o proibimos, porque ele não andava conosco». Jesus, porém, disse: «Não o proibais, pois ninguém que faz milagres em meu nome poderá logo depois falar mal de mim. Quem não é contra nós, está a nosso favor».

Comentário:
Quem não é contra nós, está a nosso favor
Hoje escutamos uma recriminação ao apóstolo João, que vê a gente fazer o bem no nome de Cristo sem formar parte do grupo de seus discípulos: «Mestre, vimos alguém expulsar demônios em teu nome. Mas nós o proibimos, porque ele não andava conosco» (Mc 9,38). Jesus nos dá a visão adequada que devemos ter diante destas pessoas: acolhê-las e aumentar essa visão, com humildade respeito a nós mesmos, compartilhando sempre um mesmo nexo de comunhão, uma mesma fé, uma mesma orientação, ou seja, caminhar juntos à perfeição do amor a Deus e ao próximo.

Este modo de viver nossa vocação de “Igreja” nos convida a revisar com paz e seriedade a coerência com que vivemos esta abertura de Jesus Cristo. Enquanto houver “outros” que nos “incomodem” porque fazem o mesmo que nós, isto é um claro indício de que o amor de Cristo ainda não nos impregna em toda sua profundidade, e nos pedirá a “humildade” de aceitar que não esgotamos “toda a sabedoria e o amor de Deus”. Definitivamente, aceitar que somos aqueles que Cristo escolhe para anunciar a todos como a humildade é o caminho para aproximar-nos a Deus.

Jesus obrou assim desde sua Encarnação, quando nos aproxima ao máximo a majestade de Deus na insignificância dos pobres. Diz são João Crisóstomo: «Cristo no se contentou em padecer na cruz e com a morte, e quis também fazer-se pobre e peregrino, ir errante e nu, quis ser jogado no cárcere e sofrer as debilidades, para conseguir a tua conversão». Se Cristo não deixou passar nenhuma oportunidade para que possamos viver o amor com os demais, tampouco deixemos passar a ocasião de aceitar ao que é diferente a nós no modo de viver sua vocação a formar parte da Igreja, porque «Quem não é contra nós, está a nosso favor» (Mc 9,40).

Francisco: "Fazer o bem é obrigação de todos"


Cidade do Vaticano (RV) - “Fazer o bem” é um princípio que une toda a humanidade: foi o que disse o Papa na missa celebrada esta manhã na capela da Casa Santa Marta. Concelebrou com o Santo Padre o Patriarca de Antioquia dos Maronitas, Card. Béchara Boutros Raï.

O Evangelho desta quarta fala dos discípulos de Jesus que impedem a uma pessoa fora do grupo de fazer o bem.

Os discípulos, explicou o Papa, eram um pouco intolerantes, fechados na ideia de possuírem a verdade. “Isso era errado”, afirmou, e Jesus alarga os horizontes:

“O Senhor nos criou à sua imagem e semelhança. Ele faz o bem e todos nós temos no coração este mandamento: faça o bem e não faça o mal. Todos.”

O bem não é exclusividade dos católicos. Todos podem e devem fazê-lo, porque este mandamento está dentro de nós. Esta ideia de que alguns não são capazes nos leva à guerra e àquilo que foi feito na história: matar em nome de Deus.

“Nós podemos matar em nome de Deus. E isso, simplesmente, é uma blasfêmia.”
 

Francisco recordou que fomos criados filhos com a semelhança de Deus e o sangue de Cristo nos redimiu.
 

“Todos nós devemos fazer o bem. E este mandando creio que seja uma bela estrada rumo à paz. Se nós fizermos o bem aos poucos, lentamente, nos encontraremos lá, fazendo o bem. E assim criaremos a cultura do encontro. Encontrar-se fazendo o bem.
 

Alguém poderia objetar: ‘Mas eu não creio, padre, sou ateu’. Francisco responde: “Faça o bem: nos encontraremos lá.” Não se trata de uma questão de fé, mas de uma obrigação, “uma carteira de identidade que o nosso Pai deu a todos”.

E esta foi a oração final do Papa Francisco: “Hoje é Santa Rita, Padroeira das causas impossíveis: peçamos a ela esta graça, de que todos façam o bem e nos encontremos neste trabalho, que é um trabalho de criação, que se parece com a criação do Pai. Um trabalho de família, porque todos somos filhos de Deus. Todos! E Deus nos quer bem, a todos! Que Santa Rita nos conceda esta graça, que parece quase impossível”.


Audiência: "O Espírito Santo é o verdadeiro motor da evangelização"


Cidade do Vaticano (RV) – Quarta-feira é dia de festa no Vaticano: a Praça S. Pedro ficou lotada esta manhã para a Audiência Geral com o Papa Francisco.

Depois de saudar a multidão com o papamóvel, o Pontífice dedicou sua catequese a mais um trecho do Credo, quando dizemos depois de professar a fé no Espírito Santo: «Creio na Igreja una, santa, católica e apostólica».
 

Na verdade, há uma profunda ligação entre estas duas realidades da fé, porque é o Espírito Santo que dá a vida à Igreja, que a guia e anima no anúncio do Evangelho. Evangelizar é a missão da Igreja: a minha, a sua, a nossa missão. “Cada um deve ser evangelizador, sobretudo com a vida!”, disse o Papa. “O Espírito Santo é o verdadeiro motor da evangelização. Para evangelizar, então, é necessário mais uma vez abrir-se à ação do Espírito de Deus, sem medo de saber o que quer e para onde nos leva.”
 

São sinais da sua intervenção: primeiro, a unidade e a comunhão, como se viu no dia de Pentecostes, quando cada um dos presentes conseguia ouvir os Apóstolos na sua própria língua. Todos falavam uma língua nova: a língua do amor que o Espírito derrama nos nossos corações.
 

“Não há mais o fechamento de um para com o outro, mas a abertura a Deus, o sair para anunciar a sua Palavra. Às vezes, parece que hoje se repete o que aconteceu em Babel: divisões, incapacidade de compreender-se, rivalidades, invejas e egoísmos. Levar o Evangelho é anunciar e viver em primeira pessoa a reconciliação, o perdão, a paz, a unidade e o amor que o Espírito Santo nos doa.”

O segundo sinal é a coragem humilde que o Espírito dá ao mensageiro do Evangelho, fazendo brotar sempre novas energias, novos caminhos e nova audácia para a missão. “Ele nos dá a coragem de anunciar a novidade do Evangelho de Jesus a todos, com franqueza, de voz alta, em todos os tempos e em todos os lugares. Jamais nos fechemos a esta ação! Vivamos com humildade e coragem o Evangelho!”

Por fim, o terceiro sinal: tudo parte sempre da oração, porque, sem ela, torna-se vazia a nossa ação e sem alma o nosso anúncio. Uma nova evangelização, uma Igreja que evangeliza deve partir sempre da oração, do pedir o fogo do Espírito.
 

“Renovemos a cada dia a confiança na ação do Espírito Santo, deixemo-nos guiar por Ele, sejamos homens e mulheres de oração, que testemunham com coragem o Evangelho, tornando-se no nosso mundo instrumentos da unidade e da comunhão de Deus.

Ao saudar os fiéis oriundos de vários países, em inglês o Papa convidou todos a rezarem com ele pelas vítimas, especialmente as crianças, do desastre em Oklahoma, nos Estados Unidos. “O Senhor console a todos, em especial os pais que perderam tragicamente um filho.” Na terça-feira, Francisco enviou um telegrama através da Nunciatura Apostólica em Washington ao Arcebispo de Oklahoma, Dom Paul S. Coakley, para manifestar seu pesar e solidariedade para com as vítimas.

Francisco recordou ainda que na sexta-feira, 24, é o dia dedicado à memoria litúrgica da Beata Virgem Maria, Auxílio dos Cristãos, venerada com grande devoção no Santuário de Sheshan em Xangai.

“Convido todos os católicos no mundo a se unirem em oração com os irmãos e as irmãs que estão na China, para implorar de Deus a graça de anunciar com humildade e com alegria Cristo morto e ressuscitado, de ser fiel à sua Igreja e ao Sucessor de Pedro, e de viver a cotidianidade no serviço a seu país e aos seus compatriotas de modo coerente com a fé que professam.”

O Pontífice pediu a intercessão de Maria para que ampare os católicos chineses que, em meios às fadigas cotidianas, continuam a crer, a esperar, a amar, e faça crescer o afeto e a participação da Igreja que está na China ao caminho da Igreja universal, sem temor de falar de Jesus ao mundo e do mundo a Jesus.