Meditando o Evangelho de Hoje

Dia Litúrgico: Quinta-feira da 17ª semana do Tempo Comum
Evangelho (Mt 13,47-53): Naquele tempo, disse Jesus ao povo: «Reino dos Céus é ainda como uma rede lançada ao mar e que pegou peixes de todo tipo. Quando ficou cheia, os pescadores puxaram a rede para a praia, sentaram-se, recolheram os peixes bons em cestos e jogaram fora os que não prestavam. Assim acontecerá no fim do mundo: os anjos virão para separar os maus dos justos, e lançarão os maus na fornalha de fogo. Aí haverá choro e ranger de dentes. Entendestes tudo isso?» — «Sim», responderam eles. Então Ele acrescentou: «Assim, pois, todo escriba que se torna discípulo do Reino dos Céus é como um pai de família, que tira do seu tesouro coisas novas e velhas». Quando Jesus terminou de contar essas parábolas, partiu dali.
Comentário: Rev. D. Ferran JARABO i Carbonell (Agullana, Girona, Espanha)
Recolhem em cestos o que é bom e jogam fora o que não presta
Hoje, o Evangelho constitui uma chamada vital à conversão. Jesus não nos poupa da dura realidade: «Os anjos virão para separar os maus dos justos, e lançarão os maus na fornalha de fogo» (Mt 13,49-50). E a advertência é clara! Não podemos fraquejar.

Agora devemos optar livremente: ou buscamos a Deus e ao bem com todas as nossas forças, ou colocamos nossa vidas à beira da morte. Ou estamos com Cristo ou estamos contra Ele. Converter-se significa, nesse caso, optar totalmente por fazer parte do grupo dos justos e levar uma vida digna de filhos. Porém, temos em nosso interior a experiência do pecado: sabemos o bem que deveríamos fazer, mas fazemos o mal; como podemos dar uma verdadeira unidade às nossas vidas? Sozinhos, não podemos fazer muito. Somente se nos colocamos nas mãos de Deus podemos fazer algum bem e pertencer ao grupo dos justos.

«Por não sabermos quando virá nosso Juiz, devemos viver cada dia como se não houvesse o dia seguinte» (São Jerônimo). Essa frase é um convite a viver com intensidade e responsabilidade nossa vida cristã. Não se trata de ter medo, mas sim de viver com esperança esse tempo de graça, louvor e glória.

Cristo nos ensina o caminho para nossa própria glorificação. Cristo é o caminho, portanto, nossa salvação, nossa felicidade e tudo o que possamos imaginar passa por Ele. E se tudo o temos em Cristo, não podemos deixar de amar a Igreja que nos o apresenta e é seu corpo místico. Contra as visões puramente humanas dessa realidade é necessário que recuperemos a visão divino-espiritual: nada melhor do que Cristo e o cumprimento de sua vontade! 

JMJ 2013 Rio

Mais de 1,5 milhões de Youcat distribuídos na JMJ



Rio de Janeiro (RV) – Mais de 1,5 milhões de ‘Youcat’ na JMJ Rio 2013, “um milagre que tornou-se realidade, graças ao apoio do Papa Emérito Bento XVI e à generosa contribuição da ‘Ajuda à Igreja que sofre’”. Assim o Cardeal Christoph Schönborn comentou o extraordinário sucesso do ‘Youcat’, o Catecismo Jovem da Igreja Católica destinado aos jovens, lançado em 2011 por ocasião da JMJ de Madrid.

Elaborado por cinqüenta jovens orientados pelo Arcebispo de Viena, o Youcat (abreviação para ‘Youth Catechism’), é o maior projeto editorial cristão no mundo, promovido pelos bispos austríacos e traduzido em diversas línguas, incluindo o árabe.

O Youcat, usando uma linguagem jovem, apresenta uma série de perguntas e respostas, além de comentários, ilustrações, definições, citações bíblicas e de Santos, da Doutrina Social da Igreja e de expoentes de outras religiões, até mesmo de não-crentes. Uma fórmula que deu certo e continua a dar frutos.

O Record de 1 milhão de cópias distribuídas na JMJ de Madrid foi superado na Jornada do Rio de Janeiro. “Tudo isto – afirma o Card. Schonborn à Ajuda à Igreja que Sofre – graças ao apoio do Papa Bento XVI, que acreditou no projeto, e à generosa ajuda financeira da obra de Direito Pontifício fundada pelo Padre Werenfried van Straaten”.

Como o Catecismo da Igreja Católica de 1992 e o sucessivo Compêndio publicado em 2005, o “Youcat é uma espécie de milagre, que realiza o sonho do Beato João Paulo II: a nova evangelização, para os jovens e através dos jovens, resumindo, uma verdadeira bênção”, concluiu o Cardeal Arcebispo de Viena Christoph Schonborn.


JMJ 2013

JMJ Rio2013 superou todas as expectativas



Rio de Janeiro (RV) - Os resultados alcançados pela Jornada Mundial da Juventude Rio 2013 superaram todas as expectativas, segundo o Arcebispo do Rio de Janeiro e Presidente do Comitê Organizador Local (COL), Dom Orani Tempesta. O público presente à Missa de Envio chegou a 3,7 milhões de pessoas, seis vezes maior que o número presente no primeiro Ato Central - a Missa de Abertura -, estimado em 600 mil participantes. O impacto econômico também foi significativo. Os visitantes desembolsaram R$ 1,8 bilhões, segundo dados do Ministério do Turismo.

Mas a renovação da fé e da esperança é o principal legado que a JMJ Rio2013 deixará no coração dos jovens, de acordo com Dom Orani. “Os jovens levaram consigo uma experiência de fé, de esperança muito grande. Tenho certeza de que jamais esqueceremos. Os jovens já são protagonistas hoje. O meu coração está muito agradecido”, destacou. O Arcebispo disse ainda que está sendo viabilizada a criação de um instituto para a juventude que terá a responsabilidade de guardar as experiências da JMJ Rio2013 e trabalhar pelos jovens.

No total, mais de 3,5 milhões de pessoas participaram dos eventos da JMJ em Copacabana, Quinta da Boa Vista, Rio Centro e em diversas paróquias da cidade. A cerimônia de acolhida do Papa Francisco, na quinta-feira, 25, reuniu 1,2 milhões de pessoas em Copacabana, enquanto a Via-Sacra chegou a 2 milhões na sexta-feira, 26. Na vigília, cerca de 3,5 milhões de jovens estiveram na praia de Copacabana.

As inscrições foram 427 mil, com peregrinos de 175 países. Os inscritos com hospedagens foram cerca de 180 mil, enquanto as vagas disponibilizadas para hospedagem em casas de família e instituições chegaram a 356,4 mil.

O maior número de participantes era de latino-americanos. Os países com o maior número de inscritos foram, respectivamente, Brasil, Argentina, Estados Unidos, Chile, Itália, Venezuela, França, Paraguai, Peru e México. Do total dos inscritos internacionais, 72,7% estiveram no Brasil pela primeira vez e 86,9% nunca haviam participado de uma Jornada. Foram credenciados 6,4 mil jornalistas para cobrir a JMJ Rio2013 em 57 países.

Foram mais de 70 mil downloads no site oficial da JMJ Rio2013 e mais de 200 mil acessos. O facebook recebeu mais de 1,1 milhão de curtidas e o flickr superou 10 mil downloads.

Entre os peregrinos inscritos, 55% são do sexo feminino; 60% do público tem entre 19 e 34 anos. Foram 644 Bispos inscritos, dos quais 28 são Cardeais. Além disso, foram 7814 sacerdotes inscritos e 632 diáconos. Para cobrir a JMJ Rio2013 em 57 países, foram credenciados 6,4 mil jornalistas.

O evento também contou com 264 locais de catequese, em 25 idiomas. Foram 60 mil voluntários, mais de 800 artistas participantes dos Atos Centrais. Um total de 100 confessionários foram expostos na Feira Vocacional e no Largo da Carioca e 4 milhões de hóstias produzidas, 800 mil para Missa de Envio.

A geração de lixo foi inferior a outros eventos que acontecem em Copacabana, como o Réveillon. A Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) removeu 345 toneladas de resíduos orgânicos e 45 toneladas de materiais recicláveis, durante a JMJ Rio2013. O número representa cerca de 10% a menos do registrado na noite do último Ano Novo.


Entre os vários momentos significativos vividos junto ao Santo Padre, o Arcebispo do Rio destacou dois: a relação de carinho com as crianças e a oração ao Cristo Redentor. “Todas as vezes que nos deslocávamos de helicóptero, o Santo Padre olhava para o Cristo e rezava. Eu que estava atrás dele, pude presenciar várias vezes esses momentos de oração.

A proximidade do Papa com as pessoas traz um testemunho para o mundo de que a Igreja está perto das pessoas, como uma mãe de seus filhos, explicou Dom Orani. “A Igreja antes de mais nada anuncia uma boa notícia a todos”, disse. Outro legado deixado pela JMJ Rio2013 foi a atenção do poder público e da mídia para a Região Oeste, onde está Guaratiba.

A cruz da JMJ e o Ícone de Nossa Senhora serão entregues à Cracóvia, próxima cidade-sede, apenas em Roma. A tradição é que sejam enviados para o Pontifício Conselho para os Leigos e no domingo de Ramos do próximo ano, serão entregues aos jovens da Polônia em cerimônia que deverá acontecer em Roma.

JMJ 2013

Símbolos da JMJ regressam ao Vaticano daqui 15 dias



Rio de Janeiro (RV) - Em coletiva de imprensa realizada na manhã de terça-feira, o Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta afirmou que os símbolos da Jornada Mundial da Juventude, a Cruz Peregrina e o Ícone de Maria, serão encaminhados a Roma nos próximos 15 dias e ficarão em uma capela reservada no Vaticano.

Diferente do que aconteceu no Brasil, quando os símbolos foram entregues aos representantes brasileiros logo após o término da JMJ em Madri, em 2011, Cracóvia deverá seguir o mesmo procedimento de todas as demais jornadas. A cidade polonesa receberá os símbolos uma semana antes do Domingo de Ramos, no ano que vem, quando jovens brasileiros se encontrarão com os jovens de Cracóvia para entregar oficialmente a Cruz e o Ícone e trocar experiências.

Dom Orani explicou ainda que no caso do Brasil, a situação foi diferente porque o país tinha menos tempo para a organização da Jornada, visto que, por conta da realização da Copa do Mundo no Brasil em 2014, a Jornada Mundial da Juventude, que tradicionalmente de 3 em 3 anos, foi realizada com um ano de antecedência. O Arcebispo também afirmou que a o tamanho territorial do Brasil e o grande número de dioceses nas quais os símbolos deveriam peregrinar, também foi um motivo para que o país já recebesse os símbolos em agosto de 2011 e começassem a peregrinar pelo estado de São Paulo.

Esperança do Povo

Cardeal Ouellet: Papa Francisco, esperança de renovação



Rio de Janeiro (RV) - Está em andamento, no Rio de Janeiro, o encontro do Comitê de Coordenação do Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM) que se reuniu, no último domingo, com o Papa Francisco no final de sua viagem apostólica ao Brasil.

O Presidente da Pontifícia Comissão para a América Latina, Cardeal Marc Ouellet, conversou com Silvonei José sobre as perspectivas desse encontro eclesial, após a Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro.

Cardeal Ouellet: "Nutro a esperança de uma renovação da Igreja Católica em toda a América Latina. Acredito que será um momento que causará uma virada: um compromisso mais decisivo dos católicos e um orgulho de pertencer à Igreja. Acho que isso dará frutos também na vida social, na fraternidade, na busca pela justiça em muitos outros setores e não somente na nova evangelização. A América Latina encontra-se num momento chave de sua história para se tornar protagonista do Evangelho não apenas na América Latina, mas em todo o mundo. A eleição do Papa Francisco significa isto: é um momento de graça. É um grande momento para a América Latina, o fato de o Santo Padre ser o primeiro Papa latino-americano, Papa dos pobres, como é definido. Acredito que da América Latina deveria vir essa aspiração. Isso nos conduz ao Evangelho e nos leva todos a refletir, cardeais, bispos, sacerdotes e leigos, sobre o que é ser Igreja e qual é a sua missão no mundo. Portanto, existe um futuro de esperança, um renovado entusiasmo que nos vem desta missão continental, da experiência de Aparecida e da convicção de que há uma efusão do Espírito Santo que nos traz novidade e nos dá coragem diante do futuro." (MJ)


Jesuitas em Festa

Papa celebra Missa na Igreja de Jesus, na festa de Santo Inácio de Loyola



Cidade do Vaticano (RV) – Papa Francisco celebrou uma Santa Missa, nesta manhã de quarta-feira, na igreja de Jesus, em pleno centro de Roma, pela festa litúrgica de Santo Inácio de Loyola, fundador da Companhia de Jesus.

Tratou-se de uma Missa, em forma privada, como aquelas que o Papa celebra, todas as manhãs, na Capela da Casa Santa Marta, onde reside no Vaticano.

Participaram da celebração Eucarística o Prepósito-Geral da Companhia de Jesus, Pe. Adolfo Nicolás, que fez uma saudação inicial ao Santo Padre, o Secretário da Congregação para a Doutrina da Fé, Dom Luis Ladaria, e cerca de 800 pessoas, entre Jesuítas, colaboradores, funcionários, representantes de duas Congregações de Irmãs de inspiração inaciana.

Em sua homilia, o Papa Francisco exortou seus confrades Jesuítas "a colocarem Jesus no centro de suas vidas e não a própria pessoa" e a seguirem Cristo na Igreja e com a Igreja:

"Ser homens arraigados e alicerçados na Igreja: assim Jesus nos quer. Não pode haver caminhos paralelos ou isolados, mas sim caminhos de busca e criatividade. Isso é importante: ir às periferias, às muitas periferias. Por isso, é necessária a criatividade, mas sempre em comunidade, na Igreja, com essa pertença que nos dá a coragem de ir em frente. Servir Cristo é amar esta Igreja concreta e servi-la com generosidade e espírito de obediência."

O Santo Padre frisou que um Jesuíta procura Jesus, sabendo que Ele o procurou por primeiro e o conquistou. "Este é o coração de nossa experiência", disse Francisco recordando o Jesuíta seqüestrado na Síria:

"Ser conquistado por Cristo para oferecer a este Rei toda a nossa pessoa e todo o nosso trabalho. Dizer ao Senhor de pretender fazer tudo para seu maior serviço e louvor, imitá-lo também no suportar insultos, desprezo e pobreza. Penso ao nosso irmão na Síria neste momento. Ser conquistado por Cristo significa estar sempre voltado para aquilo que está diante de mim, em direção à meta de Cristo e perguntar-se com sinceridade: O que eu fiz por Cristo? O que faço por Cristo? O que devo fazer por Cristo?"

O Papa sublinhou que sentimos o sentimento humano e nobre que é a vergonha de não estar à altura, olhando a sabedoria de Cristo e nossa ignorância, a sua onipotência e nossa fraqueza, a sua justiça e nossas iniqüidades, a sua bondade e nossa maldade:

"Pedir a graça da vergonha; vergonha que vem do constante diálogo de misericórdia com Ele; vergonha que nos faz enrubescer diante de Jesus Cristo; vergonha que nos coloca em sintonia com o coração de Cristo, que se fez pecado por mim; vergonha que coloca em harmonia o nosso coração nas lágrimas e nos acompanha na seqüela cotidiana do meu Senhor. Isso nos leva sempre, individualmente ou como Companhia, à humildade, a viver esta grande virtude; humildade que nos torna conscientes a cada dia de que não somos nós que construímos o Reino de Deus, mas é sempre a graça do Senhor que age em nós; humildade que nos impulsiona a colocar todo o nosso ser não a nosso serviço ou de nossas ideias, mas a serviço de Cristo e da Igreja, como vasos de argila, frágeis, inadequados e insuficientes, nos quais existe um imenso tesouro que levamos e comunicamos."

Os Jesuítas são chamados, em diversos modos, a dar a sua vida pelos outros, como fizeram os dois ícones São Francisco Xavier e Padre Pedro Arrupe.

"Outro ícone que cito como exemplo é Padre Arrupe na última visita ao campo de refugiados, quando nos disse – o que ele mesmo dizia – 'digo isso como se fosse o meu canto do cisne: rezem'. A oração e a união com Jesus. Depois de dizer isso, entrou no avião e chegou a Roma com o acidente vascular cerebral, que deu início ao seu pôr-do-sol longo e exemplar. Dois crepúsculos, dois ícones que nos fará bem olhar e nos voltar para eles e pedir a graça de que os nossos pores-do-sol sejam como os deles."
Papa Francisco permaneceu na igreja de Jesus por cerca de duas horas. Depois da Santa Missa, visitou o quarto do Fundador da Companhia de Jesus, Santo Inácio de Loyola, na qual se deteve em oração; depois, permaneceu diante do relicário, que contém o braço de São Francisco Xavier, e diante do túmulo do Padre Pedro Arrupe, ex-Prepósito Geral e histórico “papa negro”, falecido há 20 anos.

Por fim, ao acender diante do altar uma lâmpada votiva, Papa Bergoglio se entreteve com seus coirmãos Jesuítas participando de um momento de convívio fraterno e festivo.

Ao término da celebração Eucarística, uma pequena multidão de pessoas, que se encontrava diante da igreja, na Praça de Jesus, aplaudiu o Pontífice com gritos de “viva o Papa”, enquanto um grupo entoava o canto “Papa, nós te amamos”. (MT/MJ)


PENSAMENTO DO DIA

TERÇA-FEIRA, 30 DE JULHO

"A vida que vale a pena gastar-se por grandes ideais, valorizar a dignidade de cada ser humano, e apostar em Cristo e no seu Evangelho. " Papa Francisco

Meditando o Evangelho de Hoje

Dia Litúrgico: Terça-feira da 17ª semana do Tempo Comum
Evangelho (Mt 13,36-43): Naquele tempo, Jesus deixou as multidões e foi para casa. Seus discípulos aproximaram-se dele e disseram: «Explica-nos a parábola do joio». Ele respondeu: «Aquele que semeia a boa semente é o Filho do Homem. O campo é o mundo. A boa semente são os que pertencem ao Reino. O joio são os que pertencem ao Maligno. O inimigo que semeou o joio é o diabo. A colheita é o fim dos tempos. Os que cortam o trigo são os anjos.

»Como o joio é retirado e queimado no fogo, assim também acontecerá no fim dos tempos: o Filho do Homem enviará seus anjos e eles retirarão do seu Reino toda causa de pecado e os que praticam o mal; depois, serão jogados na fornalha de fogo. Ali haverá choro e ranger de dentes. Então os justos brilharão como o sol no Reino de seu Pai. Quem tem ouvidos, ouça».
Comentário: Rev. D. Iñaki BALLBÉ i Turu (Rubí, Barcelona, Espanha)
Explica-nos a parábola do joio
Hoje, com a parábola do joio e do trigo, a Igreja nos convida a meditar sobre a convivência do bem e do mal. O bem e o mal dentro do nosso coração; o bem e o mal que vemos em outros, que vemos existir neste mundo.

«Explica-nos a parábola» (Mt 13,36), pedem os discípulos a Jesus. E nós, hoje, podemos fazer o propósito de ter mais cuidado com a nossa oração pessoal, com o nosso trato cotidiano com Deus. Senhor, podemos dizer-lhe, explique-me por que não avanço suficientemente em minha vida interior. Explique-me como posso lhe ser mais fiel, como posso buscar-lhe em meu trabalho, ou através dessa circunstância que não entendo, ou não quero. Como posso ser um apóstolo qualificado. A oração é isso, pedir explicações a Deus. Como é minha oração? É sincera? É constante? É confiante?

Jesus Cristo nos convida a ter os olhos fixos no céu, nossa morada eterna. Freqüentemente, vivemos enlouquecidos pela pressa, e quase nunca nos detemos para pensar que um dia próximo ou não, não o sabemos deveremos prestar contas a Deus de nossa vida, de como temos feito frutificar as qualidades que Ele nos tem dado. E o Senhor nos diz que no fim dos tempos haverá uma triagem. Devemos ganhar o Céu na terra, no dia-a-dia, sem esperar situações que possivelmente nunca virão. Devemos viver heroicamente o que é ordinário, o que aparentemente não possui nenhuma transcendência. Viver pensando na eternidade e ajudar os outros a pensar nela!: paradoxalmente, «esforça-se para não morrer o homem que há de morrer; e não se esforça para não pecar o homem que há de viver eternamente» (São João de Toledo).

Colheremos o que houvermos semeado. Devemos lutar para dar 100% hoje. Para que quando Deus nos chame a sua presença Lhe apresentemos as mãos cheias: de atos de fé, de esperança, de amor. Que se concretizam em coisas muito pequenas e em pequenos vencimentos que, vividos diariamente, nos fazem mais cristãos, mais santos, mais humanos.

Regresso do Papa


Papa regressa do Brasil e agradece a Nossa Senhora pelo bom êxito da JMJ




Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco chegou, na manhã desta segunda-feira, ao aeroporto romano de Ciampino, precisamente, às 11h24, concluindo assim a primeira Viagem Apostólica Internacional de seu Pontificado, viagem esta que o levou ao Brasil para a tão esperada Jornada Mundial da Juventude no Rio.

Ao chegar a Roma, antes de transferir-se para o Vaticano, o Santo Padre dirigiu-se imediatamente à Basílica de Santa Maria Maior, para agradecer a Nossa Senhora pelo bom êxito da JMJ no Rio de Janeiro. Segundo informações do Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Padre Federico Lombardi, o Papa se deteve por dez minutos, em oração, diante do altar da Virgem.

O Bispo de Roma colocou aos pés da imagem de Nossa Senhora uma camisa com as cores do Brasil e uma bola recebidas pelos voluntários no Rio de Janeiro.

Durante a viagem de retorno a Roma, o Pontífice concedeu uma longa entrevista aos jornalistas, que com ele viajavam no mesmo avião. Em cerca de quase uma hora e meia, o Papa fez um balanço da sua viagem, falando, em italiano, aos jornalistas com total liberdade:

Boa noite e muito obrigado! Esta foi uma viagem linda e me fez muito bem espiritualmente. Estou bastante cansado, mas com o coração alegre... Encontrar as pessoas faz bem, porque o Senhor trabalha em cada um de nós, trabalha em nosso coração: a sua riqueza é tão grande, que podemos receber muitas coisas boas dos outros. Esta é uma primeira coisa, deste balanço! Depois, quero dizer que a bondade do povo brasileiro é enorme! Seu coração é realmente grande! É um povo amável! Um povo que adora fazer festa! E, apesar do seu sofrimento, encontra sempre um jeitinho para ver os aspectos positivos em tudo! A alegria dos brasileiros é contagiosa”.

Continuando a fazer um balanço da sua viagem, o Papa Francisco falou ainda sobre a preocupação acerca da sua segurança pessoal, por parte dos organizadores:

Estava tudo cronometrado... Mas, era bonito… Só se pensava na segurança... aqui, ali.... mas tudo foi tão espontâneo nestes dias no Rio de Janeiro, tanto que a hipótese da segurança passou em segundo lugar. Com menos segurança e sem carro blindado, eu pude estar mais próximo do povo, abraçá-lo, cumprimentá-lo... A segurança é confiar no povo! É verdade, a gente sempre corre o risco de encontrar algum louco, que pode pôr em risco a vida. Mas, o Senhor sempre está presente... blindar o espaço entre o Bispo e seu povo é uma loucura! Eu prefiro esta loucura de estar entre seu povo, livremente; o contato com as pessoas faz sempre bem. E referindo-se à organização e à infraestrutura dos diversos momentos da JMJ, como a parte artística, religiosa, catequética, litúrgica, o Santo Padre disse que tudo foi muito lindo! Os brasileiros têm uma grande capacidade de se exprimir na arte... fizeram coisas maravilhosas! E, recordando a sua visita a Aparecida, disse: “Para mim, foi uma experiência religiosa muito forte. Lembrei-me da V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe, Conferência esta realizada em Aparecida. Eu queria ir ali, de forma privada, escondida, só para rezar. Mas, como fazê-lo diante de toda uma multidão de peregrinos e romeiros que vão para lá...”.

Neste contexto, o Santo Padre agradeceu o serviço prestado pelos jornalistas, durante a JMJ, apesar de ele mesmo não ter tido tempo de ler os jornais ou ver a televisão. Mas, pelo que lhe disserram, a mídia fez um bom trabalho. Eis o motivo pelo qual o Papa agradeceu pela preciosa colaboração da mídia.

Por fim, Papa Francisco falou sobre o número de jovens que participaram da JMJ. O Governador do RJ, disse o Papa, “falava de cerca de 3 milhões. Nem acredito! Mas, de fato, do altar, pude ver que toda a Praia de Copacabana, que tem cerca de 4 quilômetros, estava completamente lotada”! E, segundo as informações do arcebispo do RJ, Dom Orani João Tempesta, os jovens representavam 178 nações!




JMJ Polônia 2016

Primeiras reações na Polônia após o anúncio de Francisco
Papa convidou os jovens para a JMJ de 2016 em Cracóvia

Cracóvia será a capital da Jornada Mundial da Juventude de 2016. O papa Francisco fez o anúncio antes da oração do ângelus deste domingo, rezado com os jovens na missa de encerramento da JMJ do Rio de Janeiro.
Depois da JMJ de 1991, que foi realizada em Częstochowa, o país de Karol Wojtyła acolherá pela segunda vez os jovens do mundo inteiro para um novo encontro com o Santo Padre. A notícia foi recebida com entusiasmo, especialmente pelos jovens poloneses congregados na praia de Copacabana.
"Cracóvia e a Polônia têm o prazer de se tornar mais uma vez a cidade e o país dos jovens. Estamos encantados com o anúncio do santo padre Francisco de que a Jornada Mundial da Juventude vai ser em Cracóvia”, disse o cardeal Stanisław Dziwisz, arcebispo de Cracóvia e ex-secretário de João Paulo II, em conversa com a KAI (Agência Católica de Informação na Polônia).
A juventude do papa
ZENIT também conversou com alguns poloneses. "Eu acho uma boa ideia que a JMJ de 2016 seja na Polônia, em Cracóvia. Em particular, nós sabemos que até a Polônia está sofrendo atualmente uma crise de fé de muitas pessoas, a maioria delas, jovens. Eles estão vivendo uma crise espiritual e estão procurando desafogo no álcool e nas drogas”, declarou Kacper Kostrzewski, estudante do ensino médio. “Esperamos que, com o papa Francisco, com a oração em comum, a gente consiga cuidar de muitas almas. Também acredito que essa JMJ é um valioso presente do beato João Paulo II”, completou Kacper.
Para Dominika Majdzik, a JMJ em Cracóvia “vai ter um efeito positivo para a adesão dos jovens à Igreja. As pessoas vão poder melhorar e aprofundar na fé”, disse a jovem polonesa.
A Polônia é católica
Para o pe. Piotr Rutkowski, sacerdote que trabalha no santuário mariano de Wąsosz, na arquidiócesis de Częstochowa, "a decisão do papa Francisco reacendeu os corações com esperança e fé".
“É um grande presente para a Igreja na Polônia, mas também um compromisso, que vai abrir as portas dos nossos lares, paróquias e dioceses para os jovens do mundo. Vai ser grandioso para nós, já que vamos nos unir como uma comunidade fiel a Cristo e a Pedro”, considerou Rutkowski, recordando que em 2016 será comemorado o 1050º aniversário do batismo da Polônia. “Isso nos fará voltar às raízes e às fontes da nossa fé”.
Para o sacerdote polonês, “a Jornada Mundial da Juventude em Cracóvia vai ser uma oportunidade para que os jovens da Europa do Leste participarem, como aconteceu em Częstochowa em 1991”.

Papa Francisco



"O melhor meio para evangelizar os jovens são outros jovens"
O papa Francisco encerra a viagem apostólica ao Brasil e a saudade dá lugar à esperança de um futuro melhor a partir do que foi semeado em terra boa: a vida dos jovens.

Um jovem de "76 anos" conseguiu reunir numa praia três milhões e meio de jovens.
Ele conseguiu com suas palavras, mas, sobretudo, com as suas mostras de humanidade e de espiritualidade.
O papa Francisco se viu acompanhado por um frio incomum e por chuva em todos os cantos do Rio de Janeiro, mas, como bem disse o bispo da cidade no discurso de despedida, era uma chuva criadora, que ajuda os brotos a germinar e a terra a ser mais fecunda.
A volta do sol, da luz e do calor, no fim de semana, foi quase uma imagem daquele crescendo de respostas interiores, que os jovens foram encontrando na oração, nas catequeses, na proximidade dos sacramentos.
É este o fruto da Jornada Mundial da Juventude, é este o significado do saldo altamente positivo que o porta-voz da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, ressaltou na última conferência de imprensa.
Em entrevista ao repórter Gerson Camarotti, veiculada no programa Fantástico, da TV Globo, a primeira entrevista do seu pontificado, o papa Francisco respondeu à pergunta sobre o porquê do declínio dos católicos no Brasil e do crescimento dos evangélicos.
Ele disse que a Igreja é como uma mãe que não pode se comunicar somente através de documentos escritos. A proximidade é necessária. É necessário abraçar, beijar, tocar, ficar perto do filho e da filha.
É isto o que o papa Francisco tem feito desde a sua chegada ao pontificado.
É por esta razão que, na manhã de domingo, um jovem exibiu em Copacabana um cartaz em que estava escrito: “Papa Francisco, sou evangélico, mas eu amo você”.
Os jovens são utópicos e isso é bom. A utopia é respirar e olhar para frente. É este o sentido de nadar contra a corrente, expressão que o papa mencionou diversas vezes.
Ir em frente sem medo, para servir, é a ação, a qualidade e o propósito daqueles que são chamados por Cristo a fazer discípulos além de toda fronteira da segurança humana e geográfica.
As Jornadas Mundiais da Juventude são um belo evento, mas não são suficientes se, ao voltar para casa, não se é evangelizador, cristão vivo, capaz de transmitir a fé aos outros.
O evangelho é para todos e não para alguns. Ele não é apenas para aqueles que parecem mais próximos, mais receptivos, mais acolhedores. É para todos. Foi o que disse o papa Francisco.
"O melhor meio para evangelizar os jovens são outros jovens": é por isso que, durante a homilia, ele também mencionou o glorioso José Anchieta, o beato jesuíta espanhol enviado em missão ao Brasil quando tinha só 19 anos de idade.
Quando se está com o Senhor, não se pode ter medo; no seguimento do Senhor, não pode haver reservas. Servir, afinal, é a condição própria de quem segue a Cristo, que veio a nós não para ser servido, mas para servir.
O jovem, se amado, escutado, guiado, contagia de juventude.
No final da viagem apostólica ao Brasil, fará falta nas ruas do Rio de Janeiro aquele homem vestido de branco, lembrado com saudade, como disse dom Orani Tempesta.
O papa Francisco, que não escondeu as suas saudades precoces do Rio, será gratificado pela resposta dos jovens que, como resultado principal da Jornada Mundial da Juventude, farão do Campus Fidei de Guaratiba um novo bairro para os pobres, construído com os recursos voluntários dos próprios jovens em favor de outros jovens, como família que são; jovens sem terra, sem casa.
A próxima Jornada Mundial da Juventude estará de volta à Europa, na cidade polonesa de Cracóvia. Talvez lá também, graças aos peregrinos da Argentina, Francisco possa tomar de novo o seu chimarrão.

Essa bebida nacional argentina, que também é típica do sul do Brasil, além de ter propriedades medicinais, é um ritual de acolhida, de partilha, de fraternidade: é o que papa Francisco recebeu; é o papa Francisco trouxe à cidade maravilhosa, graças a uma juventude que sabe maravilhar.

Papa e a Juventude

Papa e povo, sintonia sem igual



Rio de Janeiro (RV) – “Uma sintonia sem igual”: assim, o Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro, Dom Paulo Cezar Costa, define a passagem do Papa Francisco pelo Rio de Janeiro, num primeiro balanço da Jornada Mundial da Juventude.

Eis o que disse ao correspondente da Rádio Vaticano, Silvonei José:

“Foram momentos de uma intensidade sem igual, de uma riqueza que não se pode medir. O Papa convidou a juventude do mundo para vir ao Rio de Janeiro; os jovens responderam, a cidade respondeu. A cidade do Rio de Janeiro esses dias se tornou uma cidade do mundo. Os jovens vieram, aqui fizeram um belíssimo encontro com Cristo, se encontrando com o Papa Francisco. A cidade se transformou nesses dias; o Papa com a sua simpatia, com o seu carisma, com a sua simplicidade. Ele foi amado, se tornou amado pelo povo brasileiro, já era amado; mas o povo sentiu o coração do Papa e o Papa sentiu o coração do povo. Foi uma sintonia sem igual. Como dizia Dom Orani, já sentimos saudades. O Papa nem tinha partido e nós já estávamos com saudade.”


PENSAMENTO DO DIA

SEGUNDA-FEIRA, 29 DE JULHO

"O que derruba as estruturas caducas, o que leva a mudar os corações dos cristãos é justamente a missionariedade." Papa Francisco

Santo de Hoje

SANTO DO DIA


Santa Marta
Irmã de Lázaro
Séc. I

29 de Julho - Santa Marta

As Escrituras contam que, em seus poucos momentos de descanso ou lazer, Jesus procurava a casa de amigos em Betânia, local muito agradável há apenas três quilômetros de Jerusalém. Lá moravam Marta, Lázaro e Maria, três irmãos provavelmente filhos de Simão, o leproso. Há poucas mas importantíssimas citações de Marta nas Sagradas Escrituras.

É narrado, por exemplo, o primeiro momento em que Jesus pisou em sua casa. Por isso existe a dúvida de que Simão fosse mesmo o pai deles, pois a casa é citada como se fosse de Marta, a mais velha dos irmãos. Mas ali chegando, Jesus conversava com eles e Maria estava aos pés do Senhor, ouvindo sua pregação. Marta, trabalhadora e responsável, reclamou da posição da irmã, que nada fazia, apenas ouvindo o Mestre. Jesus aproveita, então, para ensinar que os valores espirituais são mais importantes do que os materiais, apoiando Maria em sua ocupação de ouvir e aprender.

Fala-se dela também quando da ressurreição de Lázaro. É ela quem mais fala com Jesus nesse acontecimento. Marta disse a Jesus: "Senhor, se tivesses estado aqui, o meu irmão não teria morrido. Mas mesmo agora, eu sei que tudo o que pedires a Deus, Deus dará".

Trata-se de mais uma passagem importante da Bíblia, pois do evento tira-se um momento em que Jesus chora: "O pranto de Maria provoca o choro de Jesus". E o milagre de reviver Lázaro, já morto e sepultado, solicitado com tamanha simplicidade por Marta, que exemplifica a plena fé na onipotência do Senhor.

Outra passagem é a ceia de Betânia, com a presença de Lázaro ressuscitado, uma prévia da última ceia, pois ali Marta serve a mesa e Maria lava os pés de Jesus, gesto que ele imitaria em seu último encontro coletivo com os doze apóstolos.

Os primeiros a dedicarem uma festa litúrgica a santa Marta foram os frades franciscanos, em 1262, e o dia escolhido foi 29 de julho. Ela se difundiu e o povo cristão passou a celebrar santa Marta como a Padroeira dos Anfitriões, dos Hospedeiros, dos Cozinheiros, dos Nutricionistas e Dietistas.

Meditando o Evangelho de Hoje

Dia Litúrgico: 29 de Julho, Santa Marta
Evangelho (Lc 10,38-42): Naquele tempo, Jesus entrou num povoado, e uma mulher, de nome Marta, o recebeu em sua casa. Ela tinha uma irmã, Maria, a qual se sentou aos pés do Senhor e escutava a sua palavra. Marta, porém, estava ocupada com os muitos afazeres da casa. Ela aproximou-se e disse: «Senhor, não te importas que minha irmã me deixe sozinha com todo o serviço? Manda pois que ela venha me ajudar!». O Senhor, porém, lhe respondeu: «Marta, Marta! Tu te preocupas e andas agitada com muitas coisas.No entanto, uma só é necessária. Maria escolheu a melhor parte e esta não lhe será tirada».
Comentário: Rev. D. Antoni CAROL i Hostench (Sant Cugat del Vallès, Barcelona, Espanha)
Tu te preocupas e andas agitada com muitas coisas. No entanto, uma só é necessária
Hoje, também nós que estamos ocupados com muitas coisas devemos ouvir o que o Senhor nos recorda: «No entanto, uma só é necessária» (Lc 10,42): o amor, a santidade. Este é o objetivo, o horizonte que não podemos perder nunca de vista no meio de nossas ocupações cotidianas.

Porque ocupados estaremos sempre se obedecermos à indicação do Criador: «Sede fecundos e multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a!» (Gn 1,28). A Terra! O mundo: é aqui o nosso lugar de encontro com o Senhor. «Eu não rogo que os tires do mundo, mas que os guardes do maligno» (Jo 17,15). Sim, o mundo é o altar para nós e para nossa entrega a Deus e aos outros.

Somos do mundo, mas não podemos ser mundanos. Muito pelo contrário, somos chamados a ser como a bela expressão de João Paulo II sacerdotes da criação, sacerdotes do nosso mundo, de um mundo que amamos apaixonadamente.

Eis aqui a questão: o mundo e a santidade, o trabalho diário e a única coisa necessária. Não são duas realidades opostas: temos que procurar a confluência de ambas. E essa confluência se produz em primeiro lugar e sobre tudo em nosso coração, que é onde se pode unir o céu e a terra. Porque no coração humano é onde pode nascer o diálogo entre o Criador e a criatura.

É necessário, portanto, a oração. «O nosso tempo é um tempo em constante movimento, que freqüentemente desemboca no ativismo, com o risco fácil de acabar fazendo por fazer. Temos que resistir a essa tentação, procurando ser antes de fazer. Recordamos a este respeito a reprovação de Jesus a Marta: «Tu te preocupas e andas agitada com muitas coisas. No entanto, uma só é necessária (Lc 10,41-42)» (João Paulo II).

Não há oposição entre o ser e o fazer, mas sim há uma ordem de prioridade, de precedência: «Maria escolheu a melhor parte e esta não lhe será tirada» (Lc 10,42). 

PENSAMENTO DO DIA

DOMINGO, 28 DE JULHO

"A cultura da solidariedade é ver no outro não um concorrente ou um número, mas um irmão". Papa Francisco

Obrigado Papa Francisco

Papa despede-se do Brasil: "já estou sentindo saudades"



Rio de Janeiro (RV) – O Papa Francisco despediu-se do Brasil.Após encontrar-se com os voluntários no Rio Centro, o Papa Francisco seguiu com sua comitiva rumo ao Aeroporto do Galeão, para embarcar no avião que o levaria a Roma. A recepcioná-lo estava a Presidente Dilma Roussef.

No seu discurso, dirigindo-se a Presidente e às autoridades civis e religiosas presentes, o Papa disse que já começava a sentir saudades, “saudades do Brasil, deste povo tão grande e de grande coração; este povo tão amoroso. Saudades do sorriso aberto e sincero que vi em tantas pessoas, saudades do entusiasmo dos voluntários. Saudades da esperança no olhar dos jovens no Hospital São Francisco. Saudades da fé e da alegria em meio à adversidade dos moradores de Varginha. Tenho a certeza de que Cristo vive e está realmente presente no agir de tantos e tantos jovens e demais pessoas que encontrei nesta inesquecível semana. Obrigado pelo acolhimento e o calor da amizade que me foram demonstrados. Também disso começo a sentir saudades”.

Após, Francisco agradeceu a todos que fizeram com que estes dias se transformassem numa "celebração estupenda da nossa fé fecunda e jubilosa em Jesus Cristo”, recordando também “tantas pessoas que, no silêncio e na simplicidade, rezaram para que esta Jornada Mundial da Juventude fosse uma verdadeira experiência de crescimento na fé. Que Deus recompense a todos, como só Ele sabe fazer”.

Neste clima de gratidão e saudades, o Santo Padre pensou aos jovens, “protagonistas desse grande encontro”:

A partir do testemunho de alegria e de serviço de vocês, façam florescer a civilização do amor. Mostrem com a vida que vale a pena gastar-se por grandes ideais, valorizar a dignidade de cada ser humano, e apostar em Cristo e no seu Evangelho. Foi Ele que viemos buscar nestes dias, porque Ele nos buscou primeiro, Ele nos faz arder o coração para anunciar a Boa Nova nas grandes metrópoles e nos pequenos povoados, no campo e em todos os locais deste nosso vasto mundo. Continuarei a nutrir uma esperança imensa nos jovens do Brasil e do mundo inteiro: através deles, Cristo está preparando uma nova primavera em todo o mundo. Eu vi os primeiros resultados desta sementeira; outros rejubilarão com a rica colheita”!

O Papa dirigiu um pensamento final - sua “última expressão das saudades” - a Nossa Senhora Aparecida: “Naquele amado Santuário, ajoelhei-me em prece pela humanidade inteira e, de modo especial, por todos os brasileiros. Pedi a Maria que robusteça em vocês a fé cristã, que é parte da nobre alma do Brasil, como também de muitos outros países, tesouro de sua cultura, alento e força para construírem uma nova humanidade na concórdia e na solidariedade”.

“O Papa vai embora e lhes diz “até breve”, um “até breve” com saudades, e lhes pede, por favor, que não se esqueçam de rezar por ele. Este Papa precisa da oração de todos vocês. Um abraço para todos. Que Deus lhes abençoe!”.

Às 19h35min o avião de Alitália decolou do Aeroporto do Galeão, levando Francisco! (JE) 


No Coração do Brasil

JMJ Rio2013, o Brasil não vai esquecer!



Rio de Janeiro (RV) – O Rio, o Brasil, o mundo não vão jamais esquecer esses dias da Jornada Mundial da Juventude na Cidade Maravilhosa. Algo diferente aconteceu, e pudemos notar isso na tarde e na noite de ontem, sábado, na peregrinação dos jovens da Central do Brasil até a Praia de Copacabana, que com alegria e cantos, deram vida às ruas da capital fluminense. Muitos peregrinos caminharam em ritmo de batuque de samba, e muitos deles gritavam “Papa, eu cheguei”.

Participaram da Vigília de oração na noite de ontem, mais de 2 milhões de jovens. Já antes de chegar à Praia de Copacabana o Papa postou uma mensagem aos jovens em seu perfil no Twitter: "Queridos jovens, possam vocês aprender a rezar todos os dias: esse é o modo de conhecer Jesus e fazê-Lo entrar na própria vida".

Na parte da tarde, na espera do Papa, foi realizado o "Show do Futuro", com a participação de muitos artistas católicos, entre os quais Padre Marcelo Rossi. Os jovens participaram ainda das provas do flash mob que foi apresentado para o Papa neste domingo. É considerado o maior flash mob do mundo.

Embora inicialmente houvesse orientações para que as pessoas não acampassem na praia, os jovens montaram barracas e jogaram na areia de Copacabana seus sacos de dormir. Também a Avenida Atlântica foi usada nesta noite como dormitório. Um mosaico de cores, formado por jovens de todas as partes do mundo, na espera da alvorada, do sol do novo dia, da Santa Missa celebrada nesta manhã de domingo pelo Santo Padre.

Mais uma vez Copacabana ficou pequena para receber tantos jovens. Quase uma festa de final de ano no mês de julho na Praia mais famosa do mundo.

Nós ouvimos alguns peregrinos que vieram de Minas Gerais que falaram da alegria de estar participando da JMJ no Rio.

Ontem o Papa almoçou com mais de 300 bispos do Brasil e exortou os pastores a se aproximar mais das pessoas para entender melhor seus problemas. Francisco insistiu que os sacerdotes precisam sair de suas sacristias para ir na direção dos fiéis mais marginalizados da sociedade, sob o risco de perdê-los para outras igrejas. “Simplicidade”, disse, é “outra lição que a Igreja deve sempre lembrar”. O Diretor da Sala de Imprensa do Vaticano, Pe. Federico Lombardi, disse que certamente é o mais longo e estruturado discurso do Pontificado de Papa Francisco. “Ele expôs sua visão de Igreja e dos problemas da Igreja de hoje”.

O Papa terminou o seu discurso fazendo um apelo para que a Amazônia não seja destruída, dizendo que Deus confiou a floresta ao homem, “não para que a explorasse rudemente, mas para que tornasse ela um jardim”. 

Ide por todo o Mundo

Milhares na Vigília com Papa Francisco: "o verdadeiro Campus Fidei é o coração de vocês"



Cidade do Vaticano (RV) –  E na noite deste sábado o grande momento da XXVIII Jornada Mundial da Juventude: a Vigília dos Jovens. A transferência obrigatória de Guaratiba, devido ao tempo, acabou por transformar a Praia de Copacabana no Campus Fidei, acolhendo um público estimado em 3 milhões de pessoas.

Durante o percurso ao longo da Av. Atlântica, o Papa Francisco, com o mesmo carinho com que acenou, mandou beijos e abençoou, também recebeu da multidão beijos, acenos, lágrimas, gritos, bilhetes, faixas, bandeiras, expectativas, esperanças. À medida que o Papamóvel seguia o seu percurso, a multidão ficava mais eufórica e emocionada.

O Papa Francisco subiu ao palco às 18h30min, saudando os Cardeais e Bispos presentes no palco. Logo após, encenações sobre a vida de Francisco de Assis, testemunhos e apresentações musicais, deram prosseguimento à festa da fé.

Passado das 20h30min, o Santo Padre dirigiu-se aos jovens, citando São Francisco de Assis: “Acabamos de recordar a história de São Francisco de Assis. Diante do Crucifixo, ele escuta a voz de Jesus que lhe diz: «Francisco, vai e repara a minha casa». E o jovem Francisco responde, com prontidão e generosidade, a esta chamada do Senhor: repara a minha casa. Mas qual casa? Aos poucos, ele percebe que não se tratava fazer de pedreiro para reparar um edifício feito de pedras, mas de dar a sua contribuição para a vida da Igreja; tratava-se de colocar-se ao serviço da Igreja, amando-a e trabalhando para que transparecesse nela sempre mais a Face de Cristo”.

E prossegue afirmando que também hoje “o Senhor continua precisando de vocês, jovens, para a sua Igreja, também hoje ele chama a cada um de vocês para segui-lo na sua Igreja, para serem missionários”. Então o Papa pergunta: como? Para responder, ele usa três imagens que ajudam a entender o significado de ser discípulo missionário: a primeira, o campo como lugar onde se semeia; a segunda, o campo como lugar de treinamento; e a terceira, o campo como canteiro de obras.

Para meditar sobre o ‘campo como lugar onde se semeia’, o Santo Padre faz uso da Parábola do Semeador e lembrando a necessidade de mudar o local da Vigília em função do mau-tempo, disse:

“Queridos jovens, isso significa que o verdadeiro Campus Fidei é o coração de cada um de vocês, é a vida de vocês. E é na vida de vocês que Jesus pede para entrar com a sua Palavra, com a sua presença. Por favor, deixem que Cristo e a sua Palavra entrem na vida de vocês, e nela possam germinar e crescer”.

Ao perguntar que tipo de terreno ‘somos ou queremos ser’, o Papa cita as diferentes situações na vida onde caem as sementes e não dão fruto, mas acrescenta:

Mas, hoje, tenho a certeza que a semente está caindo numa terra boa, sei que vocês querem ser um terreno bom, não querem ser cristãos pela metade, nem “engomadinhos”, nem cristãos de fachada, mas sim autênticos. Tenho a certeza que vocês não querem viver na ilusão de uma liberdade que se deixe arrastar pelas modas e as conveniências do momento. Sei que vocês apostam em algo grande, em escolhas definitivas que deem pleno sentido para a vida. Jesus é capaz de oferecer-lhes isto. Ele é o «caminho, a verdade e a vida» (Jo 14,6)! Confiemos n’Ele. Deixemo-nos guiar por Ele!”

Após, ao meditar sobre ‘o campo como lugar de treinamento’, diz que Jesus oferece algo muito superior que a Copa do Mundo:

Oferece-nos a possibilidade de uma vida fecunda e feliz e nos oferece também um futuro com Ele que não terá fim: a vida eterna. Jesus, porém, nos pede que treinemos para estar “em forma”, para enfrentar, sem medo, todas as situações da vida, testemunhando a nossa fé. Como? Através do diálogo com Ele: a oração, que é diálogo diário com Deus que sempre nos escuta. através dos sacramentos, que fazem crescer em nós a sua presença e nos conformam com Cristo; através do amor fraterno, do saber escutar, do compreender, do perdoar, do acolher, do ajudar os demais, qualquer pessoa sem excluir nem marginalizar ninguém. Queridos jovens, que vocês sejam verdadeiros “atletas de Cristo””

O Papa prosseguiu então, meditando sobre ‘o campo como canteiro de obras’, dizendo que “quando o nosso coração é uma terra boa que acolhe a Palavra de Deus, quando se “sua a camisa” procurando viver como cristãos, nós experimentamos algo maravilhoso: nunca estamos sozinhos, fazemos parte de uma família de irmãos que percorrem o mesmo caminho; somos parte da Igreja, mais ainda, tornamo-nos construtores da Igreja e protagonistas da história” e acrescenta:

“Na Igreja de Jesus, nós somos as pedras vivas, e Jesus nos pede que construamos a sua Igreja; e não como uma capelinha, onde cabe somente um grupinho de pessoas. Jesus nos pede que a sua Igreja viva seja tão grande que possa acolher toda a humanidade, que seja casa para todos! Ele diz a mim, a você, a cada um: «Ide e fazei discípulos entre todas as nações»! Nesta noite, respondamos-lhe: Sim, também eu quero ser uma pedra viva; juntos queremos edificar a Igreja de Jesus! Digamos juntos: Eu quero ir e ser construtor da Igreja de Cristo!”.

Neste ponto, o Para refere-se às manifestações de jovens que ocorrem em diversas partes do mundo, dizendo:

No coração jovem de vocês, existe o desejo de construir um mundo melhor. Acompanhei atentamente as notícias a respeito de muitos jovens que, em tantas partes do mundo, saíram pelas ruas para expressar o desejo de uma civilização mais justa e fraterna. Mas, fica a pergunta: Por onde começar? Quais são os critérios para a construção de uma sociedade mais justa? Quando perguntaram a Madre Teresa de Calcutá o que devia mudar na Igreja, ela respondeu: você e eu!”.

Queridos amigos, não se esqueçam: Vocês são o campo da fé! Vocês são os atletas de Cristo! Vocês são os construtores de uma Igreja mais bela e de um mundo melhor. Elevemos o olhar para Nossa Senhora. Ela nos ajuda a seguir Jesus, nos dá o exemplo com o seu “sim” a Deus: «Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua Palavra» (Lc 1,38). Também nós o dizemos a Deus, juntos com Maria: faça-se em mim segundo a Tua palavra. Assim seja!" (JE)


Próxima JMJ

Cracóvia será a sede da próxima Jornada Mundial da Juventude em 2016, anunciou o Papa Francisco no Angelus



Rio de Janeiro (RV) – A próxima Jornada Mundial da Juventude será realizada em Cracóvia, na Polônia, em 2016. O anúncio foi feito pelo Papa Francisco, ao final da reflexão que precede a Oração marina do Angelus, recitada ao término da Missa de encerramento da JMJ Rio2013.

O Papa iniciou sua reflexão agradecendo a Deus as graças recebidas durante a Jornada Mundial da Juventude, e também ao Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta e ao Cardeal Rilko, pelas palavras a ele dirigidas. Por fim, agradeceu a todos os jovens pela alegria vivida nestes dias, “levo a cada um de vocês no meu coração”.

Francisco convidou todos a voltarem seu olhar à Mãe do Céu, a Virgem Maria, lembrando também a todos que nestas dias Jesus “repetiu com insistência o convite para serem seus discípulos-missionários. Vocês escutaram a voz do Bom Pastor que lhes chamou pelo nome e vocês reconheceram a voz que lhes chamava”. E perguntou:

Não é verdade que, nesta voz que ressoou nos seus corações, vocês sentiram a ternura do amor de Deus? Não é verdade que vocês experimentaram a beleza de seguir a Cristo, juntos, na Igreja? Não é verdade que vocês compreenderam melhor que o Evangelho é a resposta ao desejo de uma vida ainda mais plena?” 

Referindo-se a Virgem Imaculada - que sempre intercede por nós no Céu como uma boa mãe que cuida dos seus filhos – Francisco recordou que “cada vez que rezamos o Angelus, recordamos o acontecimento que mudou para sempre a história dos homens”. E falando das atitudes de Maria diante do anúncio do anjo e de sua visita à prima Isabel para realizar “um gesto de amor, de caridade, de serviço concreto, levando Jesus que trazia no ventre”, o Papa afirmou:

Eis aqui, queridos amigos o nosso modelo. Aquela que recebeu o dom mais precioso de Deus, como primeiro gesto de resposta, põe-se a caminho para servir e levar Jesus. Peçamos a Nossa Senhora que também nos ajude a transmitir a alegria de Cristo aos nossos familiares, aos nossos companheiros, aos nossos amigos, a todas as pessoas. Nunca tenham medo de ser generosos com Cristo! Vale a pena! Sair e ir com coragem e generosidade, para que cada homem e cada mulher possa encontrar o Senhor”. 

E ao final o tão esperado anúncio:

Queridos jovens, temos encontro marcado na próxima Jornada Mundial da Juventude, no ano de 2016 em Cracóvia, na Polônia. Pela intercessão materna de Maria, peçamos a luz do Espírito Santo sobre o caminho que nos levará a esta nova etapa da jubilosa celebração da fé e do amor de Cristo”. 

Após a Oração do Angelus, Papa Francisco incensou uma imagem de Nossa Senhora Aparecida, confiando a ela a próxima Jornada Mundial da Juventude. (JE)


Conclusão do JMJ 2013

Papa Francisco na Missa de conclusão da JMJ Rio 2013: "Ide, sem medo, servir"



Rio de Janeiro (RV) –  Mais de 3 milhões de pessoas, segundo estimativas, participaram da Missa de encerramento da Jornada Mundial da Juventude Rio2013 presidida pelo Papa Francisco na manhã deste domingo. Após o ‘maior flash mobe do mundo’, Francisco foi recebido no palco na Praia de Copacabana pouco depois das 10 horas, pelos Cardeais, Bispos e sacerdotes presentes.

Na celebração estavam presentes as Presidentes do Brasil e Argentina, Dilma Roussef e Cristina Kirchner, respectivamente, o Presidente da Bolívia, Evo Morales, o Presidente do Suriname e os Vice-presidentes do uruguai e do Panamá.

Os milhares de participantes da Vigília realizada na noite de sábado, viram-se obrigados a improvisar um local para recuperar as forças para o dia de hoje. Assim, as pequenas barracas, os sacos de dormir ou os pequenos cobertores nas areias de Copacabana e na Av. Atlântica, acabaram formando um grande mosaico de cores e formas.

O Papa chegou de helicóptero no Forte Copacabana, percorrendo a seguir a Av. Atlântica no papamóvel. Francisco subiu ao palco pouco depois das 10 horas para presidir a Missa que encerrou a JMJ. O Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, antes de iniciar a celebração, falou da Jornada no Rio, agradecendo ao Papa Francisco e a todos os presentes.

Alternando entre o português e o espanhol, o Papa Francisco centrou sua homilia no ‘discípulo e na missão’, refletindo sobre três pontos: ‘Ide’, ‘sem medo’ e ‘para servir’.

Na sua reflexão sobre o primeiro ponto, ‘ide’, Francisco observou que “a experiência deste encontro não pode ficar trancafiada na vida de vocês ou no pequeno grupo da paróquia, do movimento, da comunidade de vocês. Seria como cortar o oxigênio a uma chama que arde”. “A fé - disse o Papa - é uma chama que se faz tanto mais viva quanto mais é partilhada, transmitida, para que todos possam conhecer, amar e professar que Jesus Cristo é o Senhor da vida e da história”.

O Papa ressaltou que “partilhar a experiência da fé, testemunhar a fé, anunciar o Evangelho é o mandato que o Senhor confia a toda a Igreja, também a você”:

É uma ordem sim; mas não nasce da vontade de domínio ou de poder, nasce da força do amor, do fato que Jesus foi quem veio primeiro para junto de nós e nos deu não somente um pouco de Si, mas se deu por inteiro, deu a sua vida para nos salvar e mostrar o amor e a misericórdia de Deus. Jesus não nos trata como escravos, mas como homens livres, amigos, como irmãos; e não somente nos envia, mas nos acompanha, está sempre junto de nós nesta missão de amor”.

“O Evangelho é para todos, não apenas para alguns”, disse Francisco, pois seu anúncio não tem fronteiras nem limites. ”Não tenham medo de ir e levar Cristo para todos os ambientes, até as periferias existenciais, incluindo quem parece mais distante, mais indiferente. O Senhor procura a todos, quer que todos sintam o calor da sua misericórdia e do seu amor”, exortou.

“De forma especial – salientou - queria que este mandato de Cristo –‘Ide’ - ressoasse em vocês, jovens da Igreja na América Latina, comprometidos com a Missão Continental promovida pelos Bispos. O Brasil, a América Latina, o mundo precisa de Cristo! Este continente recebeu o anúncio do Evangelho, que marcou o seu caminho e produziu muito fruto", a crescentou:

Agora este anúncio é confiado também a vocês, para que ressoe com uma força renovada. A Igreja precisa de vocês, do entusiasmo, da criatividade e da alegria que lhes caracterizam! Um grande apóstolo do Brasil, o Bem-aventurado José de Anchieta, partiu em missão quando tinha apenas dezenove anos! Sabem qual é o melhor instrumento para evangelizar os jovens? Outro jovem! Este é o caminho a ser percorrido”.

Ao falar do segundo ponto, ‘sem medo’, o Santo Padre explicou que “quando vamos anunciar Cristo, Ele mesmo vai à nossa frente e nos guia. Ao enviar os seus discípulos em missão, Jesus prometeu: «Eu estou com vocês todos os dias» (Mt 28,20). E isto é verdade também para nós! Jesus não nos deixa sozinhos, nunca lhes deixa sozinhos! Sempre acompanha a vocês”!

O Papa enfatizou que os missionários são enviados em grupo, e que os jovens devem sentir “a companhia de toda a Igreja e também a comunhão dos santos nesta missão”:

Jesus não chamou os Apóstolos para viver isolados, chamou-lhes para que formassem um grupo, uma comunidade. Queria dar uma palavra também a vocês, queridos sacerdotes, que concelebram comigo esta Eucaristia: vocês vieram acompanhando os seus jovens, e é uma coisa bela partilhar esta experiência de fé! Mas esta é uma etapa do caminho. Continuem acompanhando os jovens com generosidade e alegria, ajudem-lhes a se comprometer ativamente na Igreja; que eles nunca se sintam sozinhos”.

Neste ponto, Francisco agradeceu ‘de coração’, “às pastorais da juventude, aos movimentos e novas comunidades que acompanham os jovens. Tão criativos e audazes!”.


Referindo-se à leitura proclamada, o Papa explicou o último ponto de sua reflexão, ‘servir’. “Para anunciar Jesus, Paulo fez-se «escravo de todos»”. “Evangelizar afirmou - significa testemunhar pessoalmente o amor de Deus, significa superar os nossos egoísmos, significa servir, inclinando-nos para lavar os pés dos nossos irmãos, tal como fez Jesus”.

Ao concluir, Francisco disse que seguindo as três palavras, ‘Ide’, ‘sem medo’, ‘para servir’, os jovens experimentarão “que quem evangeliza é evangelizado, quem transmite a alegria da fé, recebe alegria”. E acrescentou, que ao retornarem às suas casas, não devem ter medo “de ser generosos com Cristo, de testemunhar o seu Evangelho”:

Levar o Evangelho é levar a força de Deus, para extirpar e destruir o mal e a violência; para devastar e derrubar as barreiras do egoísmo, da intolerância e do ódio; para construir um mundo novo. Jesus Cristo conta com vocês! A Igreja conta com vocês! O Papa conta com vocês! Que Maria, Mãe de Jesus e nossa Mãe, lhes acompanhe sempre com a sua ternura: «Ide e fazei discípulos entre todas as nações»”.

No ofertório, foi apresentada uma criança com anencefalia (no colo do seu pai) como sinal de acolhida e oferta a Deus pela vida.

No sábado, de fato, após a saída da Catedral do Rio de Janeiro - onde celebrou com Bispos, sacerdotes, seminaristas e religiosos -, o Papa Francisco encontrou-se com um casal que lhe apresentou a sua pequena filha, nascida anencéfala. Eles não quiseram abortar, mesmo sendo permitido pela legislação.

Na oração dos fiéis, rezou-se pelas vítimas do acidente de trem ocorrido em Santiago de Compostela, na Espanha.

Após a comunhão, o Presidente do Pontifício Conselho dos leigos, Cardeal Stanislaw Rilko, fez seu pronunciamento. Após, cinco jovens representando os cinco continentes, receberam do Papa Francisco a cruz missionária.
(JE)


Notícias do Mundo

Abortistas profanam a Catedral de Santiago de Chile em plena Missa


Altar profanado

Eis mais um bom exemplo da tolerância e da disposição para o diálogo dos defensores do aborto.

Conforme noticiado pela Agencia Informativa Catolica Argentina (AICA), a Catedral de Santiago de Chile foi profanada no dia 25 de julho passado, data da comemoração de seu santo patrono, São Tiago Apóstolo, por centenas de abortistas que faziam uma manifestação naquela cidade. 

Quando houve a invasão da catedral, o arcebispo D. Ricardo Ezzatti, celebrava a Eucaristia com vários fiéis. Confessionários foram destruídos. Altares e imagens sacras foram pichados (como pode ser visto na imagem ao lado). Palavras de ordem blasfemas foram proferidas dentro da Catedral pela turba abortista. 

Diante do ocorrido, D. Ricardo Ezzatti publicou uma carta, que deverá ser lida em todas as paróquias de sua diocese, na qual ele relata o ocorrido e convoca os fiéis a participarem de um Ato de Desagravo que acontecerá no dia 31 de julho, quando a catedral será reaberta. A íntegra da carta segue abaixo.

É bom que fique claro que isto não é um caso isolado. Conforme já relatado, abortistas já vandalizaram uma entidade de apoio a mulheres grávidas na Espanha. Há relatos de grupos de mesma orientação também causando perturbação e tentando entrar em outras igrejas, como pode ser visto no blog Deus lo Vult!, de Jorge Ferraz. Ou seja, os incidentes vão se acumulando e as autoridades não fazem o necessário para coibir este tipo de atitude. Este filme já foi visto em épocas diferentes e seu resultado final nunca foi bom.

Por fim, é bom que se diga que tal tipo de coisa é emblemático dos métodos dos abortistas, que à falta de argumentos que sustentem sua causa, recorrem à violência e à intolerância contra os que lhe são contrários. Não há surpresa nisto, pois para quem é covarde com nascituros não deve ser difícil portar-se da mesma forma com tudo mais.


***



Texto de la carta del arzobispo 


Hermanos y hermanas en el Señor, 

Les escribo antes que termine el día de la festividad de Santiago Apóstol, Patrono de nuestra Arquidiócesis y de la ciudad de Santiago. Lo hago con dolor y al mismo tiempo con serenidad y el corazón en paz. 

Esta tarde la hermosa celebración eucarística de la Catedral Metropolitana, ha sido violentamente perturbada por un grupo de anárquicos que irrumpieron en el templo gritando consignas contra la vida y a favor del aborto. Por más de veinte minutos intentaron interrumpir la celebración, la que, a pesar de todo, gracias a la entereza de los fieles pudo llegar hasta el final. 

La intolerancia de los fanáticos y su violenta irracionalidad ha sido una grave ofensa a Dios y a toda la comunidad de los creyentes en Cristo, ha dejado huellas dolorosas en agresiones y maltrato a varias personas y en la destrucción y daño al patrimonio artístico religioso del principal templo del país. Frente a lo ocurrido: 

  • Invito a todos los fieles católicos a invocar humildemente el perdón de Dios por las ofensas de esos fanáticos. Una vez más, la violencia es la razón de quienes no saben usar la razón. Con Jesús en la Cruz pedimos: “Padre, perdónalos, porque no saben lo que hacen”.
  • Recuerdo que impedir la celebración de la Santa Misa y profanar un lugar sagrado son hechos que revisten una especial gravedad, por la intolerancia que suponen y por el agravio a la libertad religiosa y de culto. Esta garantía, derecho fundamental de toda persona humana, está reconocida tanto en nuestra Constitución Política como en todos los instrumentos internacionales ratificados por nuestro país.
  • Como un acto de reparación y para tomar conciencia de lo ocurrido el Templo Catedral permanecerá cerrado desde esta noche y hasta el miércoles 31 de julio. A las 12:30 horas de ese día tendrá lugar una celebración de desagravio, a la cual convoco a todos los feligreses de la Iglesia de Santiago.
  • Decreto que en las celebraciones eucarísticas de este sábado y domingo, en cada comunidad se ore por la Iglesia, por la cordura y la paz de todos los chilenos y, de manera especial, para que se destierre de entre nosotros toda intolerancia, odio y violencia.
  • Finalmente, no puedo callar mi desconcierto y desazón frente a quienes tienen la grave responsabilidad y obligación de garantizar la libertad y la seguridad de todas las personas. La Catedral Metropolitana es un lugar abierto al público, declarado Monumento Nacional, donde cada día acuden centenares de ciudadanos, que en estos últimos tiempos se han visto amenazados por la instalación de bombas y por otras agresiones
Esperamos a futuro gozar del resguardo preventivo al cual tenemos derecho. 

Con la bendición del Señor, los saludo con afecto fraterno y les deseo días de paz y prosperidad. 

Su Padre y Obispo, + Ricardo Ezzatti Andrello