São
José Operário
Basta traçar
um paralelo entre a vida cheia de sacrifícios de São José, que trabalhou a vida
toda para ver Cristo dar a vida pela humanidade, e a luta dos trabalhadores do
mundo todo, lutando para obter o respeito pelos seus direitos mínimos, para
entender os motivos que levaram o Papa Pio XII a instituir a festa de "São
José Operário", em 1955, na mesma data em que se comemora o dia do
trabalhador.
Afinal de
contas, esta é uma forma de a Igreja comemorar aquele fatídico dia primeiro de
Maio, em Chicago, em que operários de uma fábrica se revoltaram com a situação
desumana a que eram submetidos e com o desrespeito que os patrões demonstravam
em relação a qualquer direito humano. Eram trezentos e quarenta os que estavam
em greve e a polícia, sempre a serviço dos patrões, massacrou-os sem piedade.
Mais de cinquenta ficaram gravemente feridos e seis deles foram assassinados no
confronto desigual. Foi em homenagem a eles que se consagrou este dia.
São José é o
modelo ideal do operário. Sustentou a sua família durante toda a vida com o
trabalho artesanal, cumpriu sempre os seus deveres para com a comunidade,
ensinou ao filho a profissão de carpinteiro e, desta maneira suada e laboriosa,
permitiu que as profecias se cumprissem e que o seu povo fosse salvo, assim
como toda a humanidade.
Proclamando
São José como protector dos trabalhadores, a Igreja demonstra estar ao lado
deles, dando-lhes como patrono o mais exemplar dos homens, aquele que aceitou
ser o pai adotivo do Deus feito homem, mesmo pressentindo o que poderia
acontecer à sua família. Em vida, São José lutou pelos direitos da vida humana
e, agora, coloca-se ombro a ombro na luta pelos direitos humanos dos
trabalhadores do mundo, por meio dos membros da Igreja que aumentam as fileiras
dos que defendem os operários e o seu direito a uma vida digna.
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