S. Victor de Braga
Era
catecúmeno, natural da aldeia de Paços, perto de Braga. Ainda antes de receber
o Batismo, já vivia como cristão, abominando os ídolos e a sua falsa divindade.
Numa manhã,
Victor saiu para os campos e encontrou o cortejo que ia honrar a deusa Ceres.
Quiseram que ele se associasse ao cortejo ou, pelo menos, se deixasse coroar de
flores como estavam todos os jovens da sua idade. Como recusasse, foi levado a
tribunal onde confessou seguir a lei de Cristo. Fê-lo com tal entusiasmo que
calou os juízes.
Então o
Governador mandou vir lâminas incandescentes que começaram a retalhar o seu
corpo. Como nem assim deixasse de confessar a sua fé, levando alguns a
questionar a sua própria consciência, o Governador mandou cortarem-lhe a
cabeça.
Santa Teresa de Jesus dos Andes
Teresa dos
Andes, tal como ficou conhecida, é a primeira santa que viveu no século XX a
ser canonizada. Nascida em 1900, morre antes de completar os 20 anos, com
apenas onze meses de vida religiosa.
Por ocasião
da sua canonização, a 21 de Março de 1993, João Paulo II declarou: “A uma
sociedade secularizada que vive de costas voltadas para Deus, apresento com
viva alegria como modelo de eterna juventude da Igreja esta carmelita chilena.
Ela dá-nos o testemunho límpido de uma existência que proclama aos homens e às
mulheres de hoje que é no amor, na adoração e serviço a Deus que reside a
grandeza e a alegria, a liberdade e plena realização da criatura humana.”
Juana
Fernandez Solar, assim era o seu nome de batismo, nasce no dia 13 de Julho de
1900 em Santiago do Chile, no seio de uma família de tradição católica, uma das
mais ricas do país, tendo beneficiado de uma infância privilegiada. Tímida e
engraçada, é acarinhada por todos. Mas os mimos estragam e torna-se caprichosa.
Preguiçosa, rebelde e de caráter orgulhoso, custa-lhe obedecer. Mas nem tudo
são defeitos: esforça-se por melhorar o seu feitio enquanto a sua sensibilidade
e generosidade aproximam-na dos pobres.
Partilha com
os seus irmãos os tempos livres, mas não se coíbe de apreciar e procurar a
solidão e o silêncio. Na verdade, Juana, após cada comunhão, entretém-se
longamente com Jesus, que ela descobre presente no seu íntimo, ao ponto de
exasperar os familiares que aguardam por ela. Mas é com Ele que ela se sente
bem. Jesus responde às suas questões, guia-a, ilumina-a. De tudo isso, ela tem
a certeza. Jesus é o seu noivo, muito rico e muito belo, pois Ele é o Senhor do
universo. Passa horas junto ao sacrário, em oração. É o seu primeiro e único
amor da sua vida. Jesus fá-la perceber que a quer como carmelita.
Juana
cresce. Jovem adolescente, a sua formosura e posição social atrai a atenção de
muitos jovens pretendentes. Mas ela apenas se preocupa em assistir os mais
necessitados e amparar os da sua casa. É que a sua família, por má gestão,
arruína-se. Os pais separam-se, o irmão mais velho, Luto, seduzido pela
modernidade afasta-se de Deus enquanto outro irmão, Miguel, poeta dotado, cai
na dependência do álcool. A todos, Juana tenta ajudar, aconselhando uns e
procurando curar os ressentimentos de outros. É um ano difícil, gasto em favor
dos outros, separada da sua amiga e confidente Rebeca, é na oração que ela
encontra força. Confrontada com as diversas solicitações que o mundo propõe,
abandona-se à vontade de Deus. Já nada a pode separar de Deus. É hora de se
consagrar definitivamente a Ele, no Carmelo.
Tendo obtido
o consentimento do seu pai, transpõe a porta do pequeno convento “Los Andes” no
dia 7 de Maio de 1919. Tem dezenove anos.
A separação
da família foi, naturalmente, difícil para Juana e os seus. Porém, a nova
postulante – agora chamada Teresa de Jesus – não olha para trás. Está à escuta
daquilo que Deus espera dela, numa oferta incondicional pela salvação da
humanidade.
“Por eles
totalmente me entrego, para que também eles fiquem a ser teus inteiramente, por
meio da Verdade” (Jo 17, 19). Teresa faz suas estas palavras de Jesus. Nunca,
como agora, ela se sentiu tão próxima da sua família, dos seus amigos, de
todos. Torna-se a sua advogada junto de Deus, colhendo os frutos da sua doação:
a mãe serena, perdoando ao marido, associando-se à Ordem Terceira Carmelita;
Luto recupera a paz e Rebeca far-se-á, também ela, carmelita.
Teresa é uma
autêntica torrente de fogo, impetuosidade e fervor no amor que tem por Deus. As
religiosas apercebem-se que a jovem caminha a passos largos, adaptando-se à
vida da comunidade, aos trabalhos e costumes da Ordem, aceitando tudo com
alegria e serenidade, por amor a Jesus: “Procuro renunciar a tudo para possuir
Aquele que é Tudo”.
A sua
solicitude por todos não conhece limites, não fazendo acepção de pessoas, nem
olhando a sacrifícios: “Sobre a Cruz está o amor, e amando somos felizes.”
Na Sexta
feira Santa de 1920, Teresa consume-se em febre. Os médicos não dão qualquer
esperança. Adormece amorosamente em Deus no dia 12 de Abril do mesmo ano.
Beato Lourenço Mendes
Religioso
dominicano, virtuoso e benemérito, que construiu, à custa de esmolas e
sacrifícios, a ponte sobre o Tâmega em Cavez, no lugar onde passa a fronteira
entre o Minho e Trás-os-Montes. Tal construção foi envolvida de prodígios que a
todos atestavam a proteção divina para os trabalhos.
Consta que
nasceu em Chaves e faleceu a 27 de janeiro de 1280. Está sepultado na igreja de
S. Domingos, em Guimarães, numa capela lateral do lado do Evangelho.
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