Audiência geral: A Ressurreição de Cristo é nossa força!, exclama o Papa Francisco
"Papa Francisco é a primavera da Igreja"
VATICANO, 03 Abr. 13 / 01:37 pm (ACI/EWTN Noticias).- Ante milhares de fiéis presentes na Praça de São Pedro na manhã de hoje, o Papa Francisco retomou as catequeses sobre o Ano da Fé e alentou todos a deixar-se iluminar e transformar pela ressurreição de Cristo, que é a força e a esperança do fiel.
Depois de recordar que o Credo afirma que o Senhor ressuscitou ao terceiro dia, o Santo Padre sublinhou que "esta breve confissão de fé anuncia propriamente o Mistério Pascal, com as primeiras aparições do Ressuscitado a Pedro e aos Doze: a Morte e a Ressurreição de Jesus são propriamente o coração da nossa esperança. Sem esta fé na morte e na ressurreição de Jesus a nossa esperança será frágil, e não será nem sequer esperança".
"Infelizmente, sempre se procurou obscurecer a fé na Ressurreição de Jesus, e também entre os próprios crentes se insinuaram dúvidas. Um pouco daquela fé "água de rosas", como dizemos nós; não é a fé forte. E isto por superficialidade, às vezes por indiferença, ocupados por mil coisas que são consideradas mais importantes que a fé, ou por uma visão somente horizontal da vida".
O Pontífice destacou que "é propriamente a Ressurreição que nos abre à esperança maior, porque abre a nossa vida e a vida do mundo ao futuro eterno de Deus, à felicidade plena, à certeza de que o mal, o pecado, a morte podem ser vencidos. E isto leva a viver com mais confiança as realidades cotidianas, enfrentá-las com coragem e com compromisso".
"A Ressurreição de Cristo ilumina com uma luz nova estas realidades cotidianas. A Ressurreição de Cristo é a nossa força!", exclamou.
Francisco explicou logo que as primeiras testemunhas deste crucial acontecimento foram mulheres, que encontram o sepulcro vazio: "as mulheres são movidas por amor e estão prontas para aceitar este anúncio com fé: acreditam, e imediatamente o transmitem, não o guardam para si mesmas, transmitem-no".
"A alegria de saber que Jesus está vivo, a esperança que enche o coração, não se pode conter. Isto também deve ser feito na nossa vida. Sintamos a alegria de ser cristãos! Nós cremos em um Ressuscitado que venceu o mal e a morte! Tenhamos a coragem de "sair" para levar esta alegria e esta luz a todos os lugares da nossa vida!".
"A Ressurreição de Cristo é a nossa maior certeza; é o tesouro mais precioso! Como não compartilhar com os outros este tesouro, esta certeza? Não é somente para nós, é para transmiti-la, para doá-la aos outros, compartilhá-la com os outros. É propriamente o nosso testemunho".
O Papa explicou que as mulheres no Evangelho têm um papel primitivo: " as primeiras testemunhas da Ressurreição são as mulheres. E isto é belo. E isto é um pouco a missão das mulheres: das mães, das mulheres! Dar testemunho aos filhos, aos sobrinhos, que Jesus está vivo, está vivo, ressuscitou. Mães e mulheres, sigam adiante com este testemunho!"
"Para Deus conta o coração, o quanto estamos abertos a Ele, se somos como as crianças que confiam. Mas isto nos faz refletir também sobre como as mulheres, na Igreja e no caminho de fé, tiveram e têm também hoje um papel particular no abrir as portas ao Senhor, no segui-Lo e no comunicar a sua Face, porque o olhar de fé tem sempre necessidade do olhar simples e profundo do amor".
Depois de ressaltar que "o encontro com o Ressuscitado transforma, dá uma nova força à fé, um fundamento inabalável", Francisco alentou: "Deixemo-nos iluminar pela Ressurreição de Cristo, deixemo-nos transformar pela sua força, para que também através de nós no mundo os sinais de morte deixem o lugar aos sinais de vida".
Aos jovens que estavam presentes na Praça de São Pedro, o Papa lhe disse que " levem adiante esta certeza: o Senhor está vivo e caminha ao nosso lado na vida. Essa é a missão de vocês! Levem adiante esta esperança".
"Estejam ancorados nesta esperança: esta âncora que está no céu; segurem forte a corda, estejam ancorados e levem adiante a esperança.? Vocês, testemunhas de Jesus, levem adiante o testemunho de que Jesus está vivo e isto nos dará esperança, dará esperança a este mundo um pouco envelhecido pelas guerras, pelo mal, pelo pecado. Avante, jovens!", concluiu.
Em português, o Pontífice saudou em especial um grupo de brasileiros do Paraná: "Alegrai-vos e exultai, porque o Senhor Jesus ressuscitou! Deixai-vos iluminar e transformar pela força da Ressurreição de Cristo, para que as vossas existências se convertam num testemunho da vida que é mais forte do que o pecado e a morte. Feliz Páscoa para todos!".






Meditando o Evangelho de hoje

Evangelho (Lc 24,35-48): Então os dois contaram o que tinha acontecido no caminho, e como o tinham reconhecido ao partir o pão. Ainda estavam falando, quando o próprio Jesus apareceu no meio deles e lhes disse: «A paz esteja convosco!». Eles ficaram assustados e cheios de medo, pensando que estavam vendo um espírito. Mas ele disse: «Por que estais preocupados, e por que tendes dúvidas no coração?”. Vede minhas mãos e meus pés: sou eu mesmo! Tocai em mim e vede! Um espírito não tem carne, nem ossos, como estais vendo que eu tenho». E dizendo isso, ele mostrou-lhes as mãos e os pés. Mas eles ainda não podiam acreditar, tanta era sua alegria e sua surpresa. Então Jesus disse: «Tendes aqui alguma coisa para comer?». Deram-lhe um pedaço de peixe assado. Ele o tomou e comeu diante deles.

Depois disse-lhes: «São estas as coisas que eu vos falei quando ainda estava convosco: era necessário que se cumprisse tudo o que está escrito sobre mim na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos». Então ele abriu a inteligência dos discípulos para entenderem as Escrituras, e disse-lhes: «Assim está escrito: o Cristo sofrerá e ressuscitará dos mortos ao terceiro dia, e no seu nome será anunciada a conversão, para o perdão dos pecados, a todas as nações, começando por Jerusalém. Vós sois as testemunhas destas coisas».


Comentário: Rev. D. Joan Carles (Sabadell, Barcelona, Espanha)

A paz esteja convosco
Hoje, Cristo ressuscitado saúda os discípulos, novamente, com o desejo da paz: «A paz esteja convosco» (Lc 24,36). Assim afasta os temores e pressentimentos que os Apóstolos acumularam durante os dias de paixão e de solidão.

Ele não é um fantasma, é totalmente real, mas, às vezes, o medo na nossa vida vai tomando corpo como se fosse a única realidade. Em ocasiões é a falta de fé e de vida interior o que vai mudando as coisas: o medo passa a ser a realidade e Cristo vai-se desbotando da nossa vida. Por outro lado, a presença de Cristo na vida do cristão afasta as dúvidas, ilumina a nossa existência, especialmente os recantos que nenhuma explicação humana pode esclarecer. São Gregório de Nazianzo exorta-nos: «Deveríamos envergonharmo-nos ao prescindir da saudação da paz, que o Senhor nos deixou quando ia sair do mundo. A paz é um nome e uma coisa saborosa, que sabemos provem de Deus, segundo diz o Apóstolo aos filipenses: “A paz de Deus”; e que é de Deus o mostra também quando diz aos efésios: “Ele é a nossa paz”».

A ressurreição de Cristo é o que dá sentido a todas as vicissitudes e sentimentos, o que nos ajuda a recuperar a calma e a serenarmos nas trevas da nossa vida. As outras pequenas luzes que encontramos na vida só têm sentido nesta Luz.

«Era necessário que se cumprisse tudo o que está escrito sobre mim na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos». Então «ele abriu a inteligência dos discípulos para entenderem as Escrituras» (Lc 24, 44-45), como já o havia feito com os discípulos de Emaús. Também quer o Senhor abrir-nos a nós o sentido das Escrituras para a nossa vida; deseja transformar o nosso pobre coração num coração que seja também ardente, como o seu: com a explicação da Escritura e a fração do Pão, a Eucaristia. Por outras palavras: a tarefa do cristão é ir vendo como a sua história Ele a quer converter em história de salvação.






Santo Isidoro de Sevilha
Nasceu em Sevilha, em 560. Santo Isidoro era irmão de São Leandro, de São Fulgêncio e de Santa Florentina. Foi educado pelo seu irmão São Leandro, bispo de Sevilha. No ano de 600, sucedeu-o no governo da diocese. Em 619, reuniu e presidiu o II Sínodo Sevilhano e, em 633 presidiu ao IV Concílio de Toledo.
Bispo influente e popular, foi considerado um dos homens mais ativos e empenhados nos problemas do seu tempo. Organizou a vida da Igreja; criou seminários e zelou pela formação dos futuros sacerdotes. Unificou a liturgia e regulamentou a vida monástica. O seu grande mérito consistiu em salvar a cultura antiga. Era chamado de doutor insigne do nosso século, novíssimo ornamento da Igreja Católica, o último no tempo, mas não na doutrina, o homem mais sábio dos últimos séculos, cujo nome deve ser pronunciado com reverência. É chamado também o último Padre da Igreja do Ocidente. A sua obra "Etimologias", composta por 20 volumes, é uma síntese de todo o saber antigo e do seu tempo. Para além destas obras, escreveu também diversos tratados de moral, comentários exegéticos, etc.

Nenhum comentário:

Postar um comentário