Em visita à Favela da Varginha Papa conversou e rezou com pastor e fieis
reunidos na porta de sua Igreja evangélica
Quarta coletiva de Imprensa com Pe. Federico
Lombardi, SJ, diretor da Sala de Imprensa do Vaticano
Mãos congeladas,
chuva constante e muita alegria no coração. Assim estavam os jovens na festa de
acolhida do Papa Francisco na noite de ontem em Copacabana. Com essas
circunstâncias, às 20h30 dessa quinta-feira, no Media Center do Forte de
Copacabana, Pe. Federico Lombardi, diretor da Sala de Imprensa Vaticana,
juntamente com Pe. Márcio Queiroz, diretor de comunicação da JMJ, concederam a
coletiva de imprensa resumindo esse quarto dia do Santo Padre Francisco em solo
brasileiro.
A agenda do
Papa começou com uma atividade muito importante, foi o que referiu o Porta-voz
do vaticano. O Pontífice celebrou uma missa com a presença de todos os
seminaristas da arquidiocese, do seminário maior, propedêutico e do seminário
Redemptoris Mater, juntamente com os seus formadores. Umas 300 pessoas no
total. Na homilia o Santo Padre disse aos seminaristas que levam tesouros em
vasos de barro, e que portanto deveriam, conscientes disso, buscar com muita
frequência a confissão e a adoração eucarística.
Logo após o Papa
recebeu a Chave da Cidade e abençoou as bandeiras da Olimpíada e da
paraolimpíada de 2016. Abençoou e cumprimentou diversos deportistas, dentre os
quais Oscar Schmidt, jogador de basquete brasileiro que luta contra o câncer.
“Mas, não vi Pelé. Não sei se estava, mas não o vi”, disse Pe. Lombardi.
“Fomos à paróquia
do Pe. Márcio em Varginha, como vocês puderam ver pela televisão”. Dessa visita
Pe. Lombardi destacou duas coisas: primeiramente “durante a visita vi os olhos
do Papa cheios de lágrimas”, o que mostra que ele estava emocionado e muito
feliz com o que estava vivendo. Em segundo lugar “destaco quando o Papa entrou
na pequena casa da família, 4 por 5 metros”. Ali, disse Pe. Lombardi, havia
umas 20 pessoas, da criança recém-nascida, à senhora de 93 anos. O Papa
conversou, tirou fotos e rezou com eles.
O sacerdote afirmou
que a família só foi avisada à meia noite do dia anterior quando “liguei e
perguntei se ela sabia guardar segredo e se tinha problema cardíaco”, disse Pe.
Márcio. Em seguida “perguntei-lhe se podia receber o Papa na sua casa”. A
senhora, emocionada, disse ao padre que toda a família tinha se reunido na sua
casa para ver o Papa no Rio, todos são da Paraíba, e que isso estava sendo um
grande presente.
Até mesmo um
encontro ecumênico aconteceu de forma espontânea, quando ao sair da casa da
família – disse pe. Márcio – o Papa parou em frente de uma Igreja evangélica,
cujo pastor e fieis estavam na porta e tinham o desejo de cumprimentar o Papa.
O Pontífice cumprimentou-os e rezou com eles um Pai Nosso“.
“Com a visita ao
hospital ontem à tarde e com esta na comunidade de Varginha, acho que o Papa
conseguiu ter esses dois encontros tão desejados com os pobres e sofredores”,
afirmou Pe. Lombardi.
Sobre o famoso
encontro com os argentinos, Pe. Lombardi confirmou o número de aproximadamente
30 mil peregrinos, a maioria fora da Catedral. Papa Francisco falou na catedral
que os jovens deveriam “hacer líos” nas suas dioceses, bagunçar as suas
dioceses, “no sentido de sair do fechamento, pois é a sua clássica
mensagem de missionariedade, embora crie terremotos, é necessário”... disse o
porta-voz da Santa Sé.
Pe. Lombardi
confirmou a notícia de que a missa de envio do Papa já não será em Guaratiba,
mas em Copacabana. “Os organizadores se reuniram com as autoridades e viram que
não era prudente que os jovens passassem a noite ali”. Depois de ligarem para o
Papa com o fim de saber o seu parecer, o Pontífice mostrou-se completamente de
acordo, dado que os organizadores do evento tinham chegado à conclusão de que
não era prudente realizar o encontro naquelas circunstâncias.
Na manhã da
sexta-feira, às 7h30 o Papa Francisco vai celebrar a missa privada na
residência so Sumaré. Às 10h ouvirá confissões na Quinta da Boa Vista, em São
Cristóvão, na Zona Norte. Em seguida, se encontrará com 5 jovens detentos no
Palácio São Joaquim, residência do Arcebispo do Rio de Janeiro, “Um
encontro muito pequeno”, mas que o Papa tem no coração. Às 12h o Papa rezará o
Angelus da janela do Palácio São Joaquim. Após a oração o Papa almoçará com 12
jovens. A previsão é que pela tarde o Papa chegue por volta das 17h45 em
Copacabana, do Posto 6 até o Leme. Às 18h começará o terceiro evento Central da
JMJ, com a celebração da Via Sacra.
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