Rezar com a Sagrada escritura
- A leitura espiritual das Sagradas Escrituras
A leitura
espiritual é a leitura dos livros místicos e tratados espirituais, dos quais
buscamos não só o conhecimento das coisas espirituais senão principalmente o
gosto e afeto das mesmas.
A leitura espiritual tem quatro fins principais: alimentar a alma,
elevar a alma a Deus, ajudar de modo preparatório a oração e fomentar o
recolhimento interior. Evidentemente não serve qualquer livro de leitura
“espiritual”, pois nem todos os escritos produzem tais frutos. A Sagrada
Escritura é, em tal sentido, o livro básico da ‘leitura espiritual’, ainda que
não seja o único (pode alcançar-se estes frutos com os escritos espirituais dos
Padres e dos ‘mestres espirituais’ da época medieval e moderna).
“A Igreja, diz o catecismo, recomenda insistentemente a todos os
fieis... a leitura assídua da Escritura para que adquiram “a ciência suprema de
Jesus Cristo”(Flp 3,8), “pois desconhecer as Escrituras é desconhecer a Cristo”
diz São Jerônimo”(19).
A leitura espiritual nos ajuda a adquirir conhecimentos
espirituais, é a base de nossas convicções de fé e o estimulo para uma entrega
generosa a Deus.
Uma leitura corrida das Sagradas Escrituras, seja de toda a Bíblia
ou de algum livros em particular, se enquadraria nesta categoria. No entanto é
muito importante.
Muitos católicos não lêem a Bíblia porque a consideram uma leitura
muito “larga” ou que requer muito “empenho”. E de fato é, mas não tanto como
parece. Tenha-se em conta que se cada dia lêssemos quatro capítulos da Bíblia,
terminaríamos de ler-la completamente menos de um ano (mas precisamente em oito
meses).
Quem quiser ler a Bíblia de modo corrido, especialmente se é a
primeira vez que ler, o recomendaríamos uma ordem particular: se deve começar
pelo novo testamento (pois este ilumina o antigo), ante tudo pelos Evangelhos,
logo depois o Atos dos apóstolos e as cartas de São Paulo e os outros
apóstolos, finalmente o Apocalipse. Recém depois de ter lido o Novo Testamento,
convém embarcar-se na leitura do Antigo, do qual pode fazer-se na ordem em que
estão publicados os livros nas nossas Bíblias.
É sempre recomendável ler as introduções que nos situa no contexto
histórico e nas mente do autor inspirado; lamentavelmente muitas versões tem
introduções contagiadas de ideias racionalistas(20).
Ninguém pode ser feliz se não for amado
O amor gera a vida; o egoísmo produz a morte. A psicologia mostra hoje, com toda clareza, que as graves perversões morais têm quase sempre como causa principal uma "frustração amorosa".
Os jovens se encaminham para as drogas, para o sexo vazio, para o alcoolismo e para tantas violências, porque são carentes de amor, 'desnutridos' de amor. A pior anemia é a do amor. Leva à morte do espírito. Ninguém pode ser feliz se não for amado, se não fizer uma experiência de amor. Se isso é importante na infância e na adolescência, também na vida conjugal isso é verdade. E esse "amor conjugal" começa a ser aprendido e treinado no namoro. Na longa viagem da vida conjugal, que começa no namoro, você precisa levar a bagagem do amor. Você amará de verdade o seu namorado não só porque ele é simpático, bonito ou porque é um atleta, mas porque você quer o bem dele e quer ajudá-lo a ser ainda melhor, com a sua ajuda.
Muitas vezes, você quis e procurou uma namorada perfeita, ou um rapaz ideal, mas saiba que isso não existe. A primeira exigência do amor é aceitar o outro como ele é, com todas as suas qualidades e defeitos. Só assim você poderá ajudá-lo a crescer, amando-o como ele é. Alguém já disse que o amor é mais forte do que a morte e capaz de remover montanhas.
O amor tem uma força misteriosa; quando você ama o outro gratuitamente, sem cobrar nada em troca, você desperta-o para si mesmo, revela-o a si mesmo, dá-lhe ânimo e vida, "ressuscita-o". É com a chama de uma vela que você acende outra. Da mesma forma é com a doação da sua vida que você faz a vida do outro reviver. Desde o namoro você precisa saber que "amar não é querer alguém construído, mas construir alguém querido". É claro que um casal se aproxima pelo coração, mas cresce pelo amor, que transcende os sentimentos e se enraíza na razão.
Todo relacionamento humano só terá sentido se implicar no crescimento dos envolvidos. De modo especial no namoro e no casamento isso é fundamental. A ordem de Deus ao casal é esta: "crescei". Deus não nos dá uma "ajuda adequada" (cf. Gên 2, 18) para "curtirmos a vida" a dois; mas para crescermos a dois. Isso vale desde o namoro. E o que faz crescer é o "fermento" do amor.
São Paulo expressou as exigências do verdadeiro amor melhor do que ninguém: "O amor é paciente, O amor é bondoso. Não tem inveja. O amor não é orgulhoso. Não é arrogante. Nem escandaloso. Não busca os seus próprios interesses, Não se irrita, Não guarda rancor. Não se alegra com a injustiça, Mas se rejubila com a verdade. Tudo desculpa. Tudo crê, Tudo espera, Tudo suporta. O amor jamais acabará" (I Cor 13, 4-7).
Medite um pouco sobre cada linha deste hino do amor e pergunte a si mesmo se você está vivendo isso no seu namoro.
Desde o namoro é preciso ter em mente que a beleza do amor está exatamente na construção da pessoa amada. É uma missão para gente madura, com grandeza de alma. Construir uma pessoa é educá-la em todos os aspectos, e isso é uma obra do coração.
O amor tudo suporta, tudo crê, tudo espera; o amor não passa jamais.
Celebrar ou não celebrar Halloween?
O QUE É A FESTA DE HALLOWEEN?
O Halloween é uma festa muito comum nos EUA e Europa e é celebrada no dia 31 de Outubro. A comemoração veio dos antigos povos bárbaros Celtas, que habitava a Grã-Bretanha há mais de 2000 anos.
Os Celtas realizavam a colheita nessa época do ano, e, segundo um antigo ritual, para eles os espíritos das pessoas mortas voltariam a Terra durante a noite, e queriam, entre outras coisas, se alimentar e assustar as pessoas. Então os Celtas costumavam se vestir com máscaras assustadoras para afastar estes espíritos.
Esse episódio era conhecido como o “Samhaim”. Com o passar do tempo, os cristãos chegaram à Grã-Bretanha, converteram os Celtas e outros povos da Ilha, especialmente através de São Patrício no século IV e V; e com o grande São Columbano no século VI. Com isso, a Igreja Católica transformou este ritual pagão, em uma festa religiosa. Esta estratégia religiosa foi ensinada por São Leão Magno e São Gregório Magno. Ela passou a ser celebrada nesta mesma época e, ao invés de honrar espíritos e forças ocultas, o povo recém catequizado, deveria honrar os santos, daí veio o “All Hallows Day”: o Dia de Todos os Santos.
Mas, a tradição entre estes povos continuou, e além de celebrarem o Dia de Todos os Santos, os não convertidos ao Cristianismo celebravam também a noite da véspera do Dia de Todos os Santos com as máscaras assustadoras e com comida. A noite era chamada de “All Hallows Evening”, abreviando-se, veio o Halloween.
Vemos assim que a tradição de comemorar as bruxas ou outros espíritos, não é cristã e deve ser evitada, ainda que tenha apenas uma conotação folclórica. Devemos, sim, celebrar o dia de todos os Santos. Esses são reais e verdadeiros, são modelos de vida para nós e, diante de Deus intercedem por nós sem cessar.
É bom lembrar a recomendação de São Paulo: “As coisas que os pagãos sacrificam, sacrificam-nas a demônios e não a Deus. E eu não quero que tenhais comunhão com os demônios. Não podeis beber ao mesmo tempo o cálice do Senhor e o cálice dos demônios. Não podeis participar ao mesmo tempo da mesa do Senhor e da mesa dos demônios. Ou queremos provocar a ira do Senhor? Acaso somos mais fortes do que ele?” (1 Cor 10,19-22).
Do livro “Falsas Doutrinas – seitas e religiões”
Prof. Felipe Aquino.*
Prof. Felipe Aquino.*
Halloween não é uma simples festa à fantasia!
Muitas pessoas confundem a festa de Halloween, que é comemorada no dia 31 de outubro, com uma simples festa à fantasia, mas na verdade, o dia das bruxas não passa de uma festa pagã e que não tem nada de cristão. Em alguns países, as crianças se fantasiam e saem em grupos batendo de porta em porta dizendo, em coro, a frase: “doces ou travessuras?”, mas na verdade elas estão dizendo “Ou você me dá um doce, ou te amaldiçôo”. Jesus quer que sejamos bons e que não nos identifiquemos nem com as bruxas nem com os monstros, pois nós somos filhos de Deus.
Para ser um sinal de vida e santidade os cristãos sempre tem a oportunidade de celebrar e ser diferente. No Instituto Canção Nova celebramos a Festa de Todos os Santos, principalmente com as nossas crianças nos vestindo de nosso santo de devoção, conhecendo a sua vida e vivendo a alegria da santidade e a intercessão daqueles que viveram antes de nós e hoje se encontram na Vida eterna. Celebre os santos e não as bruxas!
Acredito que devamos celebrar sim o Dia de Todos os Santos, enfatizando o verdadeiro sentido da morte, da santidade e da Vida dada a nós por Jesus Cristo nosso Senhor.
Clique em comentários e deixe a sua opinião, como você celebra o dia de Todos os Santos e Finados?
“Deus, dá-me a sabedoria para mudar as coisas que eu posso mudar; paciência para aceitar as coisas que eu não posso mudar e discernimento para saber a diferença”.
UM SANTO PARA CADA DIA
Santo Afonso Rodrigues
Diante da "galeria" de santos da Companhia de Jesus, voltamos o nosso olhar, talvez, para o mais simples e humilde dos Irmãos: Santo Afonso Rodrigues. Natural de Segóvia na Espanha, veio à luz aos 25 de julho de 1532.
Pertencente a uma família cristã, teve que interromper seus estudos no primário, pois com a morte do pai, assumiu os compromissos com o comércio. Casou-se com Maria Soares que amou tanto quanto os dois filhos, infelizmente todos, com o tempo, faleceram. Ao entrar em crise espiritual, Afonso entrega-se à oração, à penitência e dirigido por um sacerdote, descobriu o seu chamado a ser Irmão religioso e assim, assumiu grandes dificuldades como a limitação dos estudos. Vencendo tudo em Deus, Afonso foi recebido na Companhia de Jesus como Irmão e depois do noviciado foi enviado para o colégio de formação.
No colégio, desempenhou os ofícios de porteiro e a todos prestava vários serviços, e dentre as virtudes heróicas que conquistou na graça e querendo ser firme na fé, foi a obediência sua prova de verdadeira humildade. Santo Afonso sabia ser simples Irmão pois aceitava com amor toda ordem e desejo dos superiores, como expressão da vontade de Deus.
Tinha como regra: "Agradar somente a Deus, cumprir sempre e em toda parte a Vontade Divina". Este santo encantador, com sua espiritualidade ajudou a muitos, principalmente São Pedro Claver quanto ao futuro apostolado na Colômbia. Místico de muitos carismas, Santo Afonso Rodrigues, sofreu muito antes de morrer em 31 de outubro de 1617.
Santo Afonso Rodrigues, rogai por nós!
Jovens de várias cidades participam da Jornada Diocesana da Juventude
A Jornada Diocesana da Juventude, reuniu aproximadamente duas mil pessoas neste domingo (28) , no complexo esportivo Jorge Antonio Salomão, no Jardim Água Boa em Dourados.
O encontro, também chamado de "Bote Fé", foi uma forma de manifestação de fé, louvor, agradecimento e, sobretudo, de incentivo a juventude, que em um mundo cheio de incertezas, precisa se posicionar com coragem para conseguir viver na verdade de Cristo.
Também serviu como preparação para a grande Jornada Mundial da Juventude, marcada para acontecer no Rio de Janeiro em 2013, com a presença do Papa Bento XVI.
O evento foi realizado das 8 ás 15h horas, finalizado com uma missa celebrada pelo Bispo Dom Redovino Rizzardo e co-celebrada por padres que participaram do encontro com a juventude.
Entre os presentes, estavam jovens de Ponta-Porã, Coronel Sapucaia, Douradina, Rio Brilhante, Fátima do Sul e Itaporã.
O Tema principal do evento, “Bote Fé, na vida; na igreja; no mundo; no amor; na família e em Jesus” foi abordado na palestra feita pelo Padre Crispim Guimarães.
O evento contou com a organização do Padre Alexandre Mosquelli, da Milícia Imaculada Conceição
A Rádio Coração FM fez a cobertura e divulgação do evento com entrevistas ao vivo durante o Programa Igreja Viva, que vai ao ar nos domingos das 9:00 ás 11:00 , apresentado pelo comunicador Carlinhos.
Rezar com a Sagrada escritura
2. A Bíblia pilar da vida cristã
Um dos
pilares do trabalho espiritual que tem que fazer todo cristão de modo diário e
permanente é o contato com a Sagrada Escritura, pois a palavra de Deus faz com
cada individuo o que faz com a Igreja: 1° o faz nascer e viver, 2° O sustem ao
largo de sua historia, 3° o penetra e anima, com a potencia do Espírito Santo[1].
Como disse
São Paulo a Timóteo, as “Sagradas letras” possam dar-nos “a sabedoria que leva
a salvação mediante a fé de Cristo Jesus” (2 Tim 3,15).
Temos
necessidade de dedicar-nos a Sagrada Escritura.
Por este motivo, os padres da igreja
foram, como teólogos principalmente “comentadores da Bíblia”. De muitos deles
nos tem chegado comentários de muitos (e em alguns casos de quase todos) os
livros da Bíblia. E isso que eles contam
com elementos muito rudimentares para ler La, analisá-la e estudá-la. Mas o dedicavam suas vidas.
O exemplo mais preclaro de São
Jerônimo, quem submarca a alegria
e a importância de familiarizar-se com os textos bíblicos: “Não te parece que,
já aqui, na terra, estamos no reino do céu quando vivemos entre estes textos,
quando meditamos eles, quando não conhecemos e buscamos mais nada?”
(Ep.53,10). É sua a frase “ignorar a
Escritura é ignorar a Cristo”. Mas o
ignora não só o que não a lê senão que a lê sem estudá-la ou sem tratar de
entendê-la.
Verdadeiramente “enamorado” da
palavra de Deus, se perguntava: Como é possível sem a ciência das Escrituras,
através do qual se aprende a conhecer a Cristo mesmo, que a vida dos crentes?”(Ep.133,13),
se converte em estimulo e manancial da
vida cristã para todas as situações e para todas as pessoas.
Ler a Sagrada Escritura é falar com
Deus: “Se oras –escreve a uma jovem nobre de Roma- falas com o Esposo; se lês é
ele que te fala”(Ep. 22,25). O estudo e
a meditação da Escritura fazem sábio e sereno o homem (cf. In Eph., prólogo). Para penetrar de uma maneira cada vez mais profunda
na palavra de Deus faz falta a aplicação constante e progressiva. Isso significa que devemos estudar e comentar
a Escritura aos fieis, mais que outros temas.
Uma romana
dava estes conselhos para a educação cristã de sua filha: “Estude todos os dias
alguma passagem das Sagradas Escrituras (...). Que a oração acompanhe a leitura
e a leitura a oração (...). Ame os livros divinos em vez das joias e dos
vestidos de seda” (Ep. 107, 9.12). Com a meditação e a ciência das Escrituras
se “mantém o equilíbrio da alma” (Ad Eph., prólogo). Só um profundo espírito de
oração e a ajuda do Espírito Santo podem introduzir-nos na compreensão da
Bíblia “Ao interpretar a Sagradas Escrituras sempre necessitamos da ajuda do
Espírito Santo” (In Mich. 1, 1, 10, 15).
São
Jerônimo, durante toda a sua vida, se caracterizou por um amor a Sagradas
Escrituras, um amor que sempre tratou de suscitar nos fieis. A uma de suas
filhas espirituais lhe recomendava ama a Sagradas Escrituras, e a sabedoria te
amará; ama-a ternamente e te custodiará; honra-a e receberá suas caricias. que
seja para ti como teus colores e teus pingentes” (Ep. 130, 20).
A tradição
continuou com a mesma força entre os teólogos medievais: “o teólogo medieval,
dizia Vosté, sempre se dedicava a Bíblia”(17).
Falando sobre Santo Tomaz, o P. Congar tem este eloquente elogio: “Santo
Tomaz jamais ensinou a Suma, mas consagrou a primeira hora do dia, aquela em
que a atenção ainda esta fresca, a ‘primeira hora’ para comentar o texto
sagrado. Assim, ao mesmo tempo em que as questões dialéticas se desenvolvem por
si mesmas, a Escolástica encontrava um equilíbrio no contato direto com a
palavra de Deus, não somente para evocar alguns textos como argumentos, senão
para fazer comentário sistemático e continuo”.
Devemos,
pois, examinar com toda a sinceridade como é nossa relação com as Sagradas
Escrituras: nosso amor e nosso trato cotidiano. Quantas vezes temos lida a
Bíblia completa? E pelo menos os Evangelhos? Quantas cabeças se abaixam com
vergonha diante desta pergunta!
Sendo as
sagradas Escrituras Palavra viva e eficaz de Deus,o trato familiar e profundo
com a mesma Escritura é eficazmente reparador
e santificante . Senão nos diz nada é por causa de nossa
Superficialidade. Devemos ter com a
Bíblia um trato mais profundo do que solemos, devemos não só ler La senão que
estuda-la, se possível ler comentários sobre ela ( sempre que nos conste que
são bons e conformes com a doutrina sã da Igreja) os que tem mais luzes deviam
animar-se a enfrentar os livros especializados que nos induzem a este mundo
misterioso, especialmente baixo o guia seguro do magistério e dos grandes
padres e teólogos, com muita tentativa de não cair desbarrancados na critica
racionalista.
E em
particular os sacerdotes deveriam tomar consciência de que são “explicadores da
Sagrada Escritura”, comentadores ainda mais que não sejam para seu proveito
pessoal e o de seus fieis.
Este contato
se pode realizar de diversas maneiras: pela leitura espiritual, pelo estudo,
pela meditação e pela lectio divina.
Entenda o significado da logomarca do Ano da Fé
O Ano da Fé é um tempo próprio para redescobrir, aprofundar e viver a fé católica. Esse período foi aberto oficialmente pelo Papa Bento XVI no dia 11 deste mês com uma Santa Missa realizada no Vaticano.
Até o dia 24 de novembro de 2013, quando será encerrado o Ano da Fé, o Santo Padre propõe várias atitudes para os católicos crescerem nessa virtude, entre elas, estudar o Catecismo da Igreja Católica (CIC), melhorar o testemunho cristão e crescer em obras de caridade.
Uma logomarca vai acompanhar toda a trajetória do Ano da Fé, carregada de um significado próprio. Entenda cada parte deste logo:
No campo quadrado e com borda, encontra-se simbolicamente representada a nau, imagem da Igreja, que navega sobre águas sutilmente esboçadas.
O mastro principal é uma cruz que iça as velas. Estas por sua vez, realizam o Trigama de Cristo (IHS). E, ao fundo das velas, aparece o sol que associado ao Trigama remete à Eucaristia.
Divorciados em segunda união podem comungar apenas espiritualmente
O Sacramento da Eucaristia passa em primeiro lugar pela Comunhão espiritual, para depois receber a Comunhão Eucarística, na boca
O Prefeito para a Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, Cardeal Antonio Cañizares Llovera, considerou que a Eucaristia é o pilar fundamental da Nova Evangelização, e recordou que os divorciados em nova união, podem participar Dela de maneira espiritual.
O Cardeal Cañizares explicou que a Eucaristia é imprescindível porque “quando se vive em sua realidade de mistério, suscita o envio, o comunicar que se participou da Eucaristia no mundo”.
“A Eucaristia sempre suscita homens novos, mulheres novas, e uma realidade nova onde se viva o amor e haja testemunhas do Deus vivo, como o único e necessário. Por isso, a Eucaristia é imprescindível para a Nova Evangelização. Não haverá Nova Evangelização se não centrarmos muito mais a Eucaristia em nossa vida, dos sacerdotes e de todos os fiéis cristãos”.
Quanto à administração deste Sacramento aos divorciados que voltaram a casar, o purpurado afirmou que as pessoas em situação irregular “podem participar da celebração da Eucaristia, mas não podem aproximar-se plenamente, porque não vivem a comunhão plena com a Igreja”.
A autoridade vaticana recordou que a comunhão na Eucaristia “significa e realiza precisamente essa comunhão plena na Igreja”, e nestes casos em que as situações são sempre dolorosas, a Igreja se aproxima destas pessoas e propõe “a comunhão espiritual, que é o desejo de comunhão”.
O Sacramento da Eucaristia passa em primeiro lugar pela Comunhão espiritual, que é a forma em que a pessoa se une pessoalmente a Cristo no momento da redenção do Santo Sacrifício, para depois receber a Comunhão Eucarística, na boca. Segundo a Exortação Apostólica Familiaris Consortio do beato João Paulo II, sem a primeira, não pode existir a segunda.
A Igreja Católica explicou através da Congregação da Doutrina para a Fé em sua carta a todos os bispos do mundo de 1994, que os divorciados que voltaram a casar não podem participar da Comunhão, porque o matrimônio "é a imagem da relação entre Cristo e sua Igreja".
Dentro deste marco, para aproximar-se dos Sacramentos da Penitência e da Eucaristia, devem buscar sanar a irregularidade matrimonial pelo Tribunal dos Processos Matrimoniais.
João Paulo II também havia assinalado que a Igreja espera destes casais que participem da vida eclesial até onde seja possível: a participação da Missa, na adoração Eucarística, nas devoções piedosas e na Eucaristia de maneira espiritual.
UM SANTO PARA CADA DIA
São Frumêncio
A história do santo de hoje se entrelaça com a conversão de uma multidão de africanos ao amor de Cristo e à Salvação. São Frumêncio nasceu em Liro da Fenícia. Quando menino, juntamente com o irmão Edésio, acompanhava um filósofo de nome Merópio, numa viagem em direção às Índias. A embarcação, cruzando o Mar Vermelho, foi assaltada e só foram poupados da morte os dois jovens, Frumêncio e Edésio, que foram levados escravos para Aksum (Etiópia) a serviço da Corte.
Deste mal humano, Deus tirou um bem, pois ao terem ganhado o coração do rei Ezana com a inteligência e espírito de serviço, fizeram de tudo para ganhar o coração da África para o Senhor. Os irmãos de ótima educação cristã, começaram a proteger os mercadores cristãos de passagem pela região e, com a permissão de construírem uma igrejinha, começaram a evangelizar o povo. Passados quase vinte anos, puderam voltar à pátria e visitar os parentes: Edésio foi para Liro e Frumêncio caminhou para partilhar com o Patriarca de Alexandria, Santo Atanásio, as maravilhas do Ressuscitado na Etiópia e também sobre a necessidade de sacerdotes e um Bispo. Santo Atanásio admirado com os relatos, sabiamente revestiu Frumêncio com o Poder Sacerdotal e nomeou-o Bispo sobre toda a Etiópia, isto em 350.
Quando voltou, Frumêncio foi acolhido com alegria como o "Padre portador da Paz". Continuou a pregação do Evangelho no Poder do Espírito, ao ponto de converterem o rei Ezana, a rainha, e um grande número de indígenas, isto pelo sim dos jovens irmãos e pela perseverança de Frumêncio. Quase toda a Etiópia passou a dobrar os joelhos diante do nome que está acima de todo o nome: Jesus Cristo.
São Frumêncio, rogai por nós! São João de Capistrano, rogai por nós!
Rezar com a Sagrada escritura
Quanto amamos a Bíblia?
“Toda a escritura é inspirada por Deus e útil
para ensinar para argüir, para corrigir e para educar na justiça; assim o homem
de Deus se encontra perfeito e preparado para toda obra boa” (2Tim.3,16-17).
1.
Um livro
proibido para os fieis?
No começo da
evangelização da América, Frei Juan de Zumárraga, primeiro Bispo do México
(1528-1548), o primeiro que viu a imagem de Nossa Senhora de Guadalupe milagrosamente
estampada na tilma do índio Juan Diego, desejava que todos os naturais pudessem
ler a Bíblia em suas próprias línguas. “Não aprovo a opinião, dizia, do que
dizem que os idiotas [as pessoas que carecem de instrução] não [devem ler] as
divinas letras na língua que o vulgo usa, porque Jesus Cristo o que quer é que
seus segredos largamente se divulguem. E assim eu desejaria, por certo, que
qualquer mulherzinha lesse o evangelho e as cartas de São Paulo. E digo ainda mais, que pluguiese a Deus que
estivessem traduzidas em todas as línguas do mundo para que não somente leia os
índios senão também outras nações bárbaras [possam] ler e conhecer, porque não há
duvidas que o primeiro degrau para a cristandade é conhecê-la em alguma
maneira”[1].
Quer Jesus que
seus segredos largamente se divulguem!
Ao mesmo tempo em que
o grande Bispo do México escreve estas palavras, em Espanha a inquisição se
sentia obrigada a proibir as traduções da Bíblia em língua popular, não para
impedir que os fieis a lessem, senão porque naquele momento não viam outro modo
de preservá-los das heréticas interpretações como, ante os olhos de todos, se
via no exemplo dos paises afetados pelos reformadores protestantes. Poderá
discutir-se sobre o caminho empregado para tal fim , sobre sua oportunidade ou
exageração (que logo nos resultados concretos se demonstrou não carente da
devida cautela, de fato Espanha resistiu a heresia de maneira que não fizeram
também as católicas França e Itália.
Escrevia Dom Marcelino Menéndez e Pelayo em
sua imortal Historia dos heterodoxos espanhóis: “A ninguém escandalize a
sabia cautela dos inquisidores do século XVI. Postas as Sagradas escrituras em
romance [= as línguas modernas derivada do latim] sem nota nem aclaração
alguma, entregadas ao capricho e a interpretação individual de leigos e dos que
não são doutos, de mulheres e meninos, são como espada em mão de um furioso, e
só servem para alimentar o cego e irreflexivo fanatismo, de que deram tão
amarga mostra os anabatista, os puritanos, e todo a multidão de seitas,
bíblicas nascidas ao calor da Reforma. Como entregar sem comentários ao povo
livros antiguíssimo, em língua e em estilo semíticos ou gregos, feitos de
frases, modismo e locuções hebréias ou gerado de altíssimo sentido místico e
profético? Como há de distinguir o ignorante o que é historia e o que é lei, o
que é lei antiga e o que é lei nova, o que se propõe para imitação ou para o
castigo, o que é símbolo ou figura? Como há de penetrar os diversos sentidos do
sagrado texto?
A que loucuras não
teriam arrastado a irreflexiva leitura de Apocalipse?
Para evitar pois, que
propagasse os videntes e profetas e tornassem os dias do Evangelho Eterno e
aqueles outros que os mineiros de Turingia desfaziam com seus martelos as
cabeças dos fariseus, vedou sabiamente a Igreja o uso da Bíblia em romances,
reservando a concede-los em casos especiais”[2].
A Igreja já tinha
aplicado semelhantes proibições ante outros perigos semelhantes, como no tempo
dos valdenses o tinha feito um concilio de Tolosa e reproduzindo Dom Jaime o
conquistador em 1233. A finalidade defensiva era clara, como demonstra o fato
de que passado o perigo, a proibição ficou esquecida e hoje possuímos uma Bíblia catalana completa
que parece ser traduzida no século XV, e vários fragmentos, alguns muito
considerável, de outras versões diferentes. E consta que em 1478 se imprimiu em
Valencia uma tradução catalana das Sagradas Escrituras, que interviram Fr.
Bonifácio Ferrer, irmão de São Vicente, e outros teólogos[3]. E ademais, segue dizendo o grande escritor
espanhol, “em Castilla, onde o perigo de heresia era menor, não ouve nunca tal
proibição assim vemos que Dom Alfonso é sábio, em sua Grande e geral
historia, escrita a imitação da Historia escolástica, de Pedro
coméstor, intercalou boa parte Livros Sagrados traduzidos ou extraídos em modo
vulgar. Em 1430,aos pedidos e persuasão do mestre de Calatrava, D. Luis de
Gusmán, fez rabi Moseh Arragel uma tradução completa, notabilíssima como
língua, que todavia faz inédita na biblioteca dos Duques de Alba. Isto sem
contar outras muitas versões, anônimas e parciais, que se conservam em El
Escorial e as que fez dos evangelhos e das Cartas de São Paulo o converso de
Martin de Lucena, a quem dizia o Macabeu, aos pedidos do Marquês de Santillana”[4].
Creio que é inolvidável que esta medida, “de força
maior” se se quer, partia de um temor fundado que em alguns passava a raia da
exageração. Assim, por exemplo, teólogos do porte de Melchor Cano tinham que a
Bíblia lida por pessoas simples pudessem alimentar as heresias dos falsos
místicos protestantes, “os iluminados”, e em conseqüência insistia em
negar-lhes tal privilégio: “Por mais que as mulheres reclamem com insaciável
apetite comer deste fruto (ler a Sagrada Escritura) é necessário vedá-lo e por
faca de fogo, para que o povo não chegue a ele”[5]; e
também “a experiência tem ensinado que a lição de semelhantes livros em
especial com liberdade de ler a Sagrada Escritura,ou toda ou em grande parte
dela é transladá-la ao vulgar tem feito muito dano as mulheres e aos ignorantes
[=gente sem instrução=]”[6]. Não estava de acordo Santa Tereza de Jesus,
que se queixava escrevendo: “Que tão pouco temos que ficar, as mulheres, fora
de gozar as riquezas do Senhor” e “tenho por certo que nos consolemos e deleitemos
em suas palavras e obras”[7]. No livro
da vida escreve a santa: “quando tiraram muitos livros de romance,que não
se lessem, eu senti muito, porque muitos me davam recreação ler-los e eu já não
podia deixar-los em latim; me disse o Senhor . Não tenha pena que Eu te darei
livro vivo”[8]. Os livros de romance a
que se refere a santa eram não só obras de autores estrangeiros de duvidosa
ortodoxia, senão também de alguns espirituais espanhóis, como São João de
Ávila, São Francisco de Borja, Barnabé de Palma, Bartolomeu de Carranza, Luis
de Granada; e também, com já temos indicado mais acima, a mesma Sagrada
Escritura.
O texto de Zúmarraga, já citado, demonstra que tal
postura não era universal. Há autores como Menéndez e Pelagio, que minimizam o
prejuízo causado pela proibição entre a gente sensível[9], o
que não se condice com o “eu senti muito”da Santa avilense; mas quizá que esta
se referia mais que nada aos autores espirituais e não tanto a Sagradas Escrituras.
De todos modos mais adiante
esta rigor amansou, e ainda em Espanha ficou em vigor a quarta regra do Índice
tridentino, que deixa ao bom juízo do Bispo ou do inquisidor, prévio conselho
do pároco ou confessor do interessado, conceder ou não a leitura da Bíblia em
língua vulgar por licença in scriptis”[10]
Como já temos dito estas
proibições, de todos os modos, não tiveram caráter universal. De fato, não estiveram de acordo com o rigor
dos eclesiásticos espanhóis, os Bispos italianos e franceses do concilio de
Trento.
Ao mesmo tempo, os missionários em terras governadas pela
coroa espanhola, traduziam partes da Bíblia, em particular os evangelhos e as
epistolas, e alguns livros do antigo testamento como o livro de Jó e de Tobias[11].
Assim fizeram em torno de 1530-1540, os franciscanos Frei Arnaldo de Bassac,
(traduziu epistolas e evangelhos que cantam que se cantam na Igreja por todo
ano), Frei Bernardino de Sahagún (escreveu uma apostila sobre as cartas e
Evangelhos dominical), Frei Alonso de Molina (traduziu os evangelhos do ano
todo), Frei Juan de Ramanones (traduziu fragmentos da Sagrada Escritura para
seu exercício e para utilidade dos pregadores dos índios), Frei Luis Rodriguez
(traduziu o livro dos provérbios). Todos estes fizeram do latim ao náhuatl. Frei Maturino Gilberti, o.f.m., Traduziu
Parcialmente a Bíblia para o
tarasco.
E tem-se em conta que a
Inquisição começou a funcionar na America desde o 5 de junho de 1538.
Precisamente, em 1572 o Santo Oficio de México faz uma consulta ao Frei Alonso
de Molina sobre a versão da Bíblia a língua do povo[12].
O qual respondeu o teólogo
que se proibira os índios ter textos da Sagrada escritura sem exposição mas não sem ela (com notas interpretativas), “e que
devem gozar delas como os outros cristãos”[13]. E de mesmo tenor é a resposta do Frei Domingo
da Anunciação, O.P. [14]
Os missionários pois afirmaram com toda a força e claridade o lugar central que
a Bíblia ocupou ( e ocupa) na obra evangelizadora da Igreja.
Daí que seja uma grande injustiça a acusação do
protestantismo que não se cansa de afirmar que a Igreja proibiu a leitura da
Bíblia a seus fieis, confundindo uma disposição temporal, determinada por
serias razões teológicas e pelo bem mesmo de seus fieis. Como expressa Menédez
e Pelagio: “A que se reduzem as declamações dos protestantes? Longe de estar privados os espanhóis do
século XVI do manjar das Sagradas Escrituras, penetrava em todas as almas assim
o espírito como a letra delas e nossos doutores não se fartavam de encarecer e
recomendar seus estudos, como pode ver-se em muitas passagens recopiados por
Vilanova”[15].
[1] Almoina, J.,Rumbos
Heterodoxos no México, Trujillo (1974), 158-159. Tomo estes dados de Vital
Alonso, A Bíblia no novo mundo,
Revista Bíblica, ano 50 (1988),126. Tenho modificado as palavras que no
original figuram no espanhol antigo e tenho introduzido alguns colchetes com
explicações.
[2] Menéndez e Pelagio,
Historia dos Heterodoxos espanhóis, Livro V,V (“O -índice expurgatório-
internamente considerado”)
[3] Ibidem.
[4] Ibidem.
[5] A. cavalheiro, Conquenses ilustres, II, Madrid (1871),
cit, por O. Steggink, Experiência e
realismo em Santa Tereza e São João da Cruz, Madrid (1974), 169.
[6] Cit. Por M. Andrés, A teologia espanhola no século XVI, II,
Madrid (1978), 573.
[7] Santa Tereza de Jesus, conceitos de amor a Deus, n.8.
[8] Santa Tereza de Jesus, Livro da vida, 25, 5, 5. Se trata do
“índice de livros proibidos” , publicado pelo inquisidor Fernando de Valdés em
Valladolid no 17 de agosto de 1559.
[9] “Para dizer a verdade, a
privação não era grande; porque quem não sabia latim no século XVI? Pois todo o soubesse ainda que fosse um rapaz
estudante de gramática, estava autorizado para ler a vulgata sem notas. E o
povo e as mulheres teriam a sua disposição as traduções em versos dos livros
poéticos, que jamais se proibiram, certos comentários e paráfrases e muitos
livros de devoção, que se lhes dava, primorosamente engastada, uma boa parte do
divino texto. Fácil seria fazer uma
formosa Bíblia reunindo e concordando os lugares que traduzem nossos
ascéticos”(Menéndez e Pelagio, historia
dos heterodoxos espanhóis, Livro V,V).
[10] Ibidem.
[11] Para os sados que seguem
cf. Vital Alonso, A Bíblia no novo mundo
,op. Cit., 126-131.
[12] Livros e livretos do
século XVI publicados do arquivo da nação, México 1914. Citado por Zulaica, R., Os franciscanos e a
imprenta no México no século XVI, México (1939), 93-94.
[13] “Será em detrimento dos
naturais, o tirar os ministros do Evangelho, qualquer coisa das Escrituras
ditas acima traduzidas em dita língua é muito dificultosa e difícil de
aprender, e que com muito trabalho se tem traduzido nela e declarado o melhor
que se possa em sua língua, conforme ao verdadeiro frasis, e maneira de falar
dos ditos naturais (...) Quanto ao quarto que se pergunta, digo: que se proíba
e vede que os índios não tenha coisa da Sagrada Escritura sem exposição empero
com ela que parecem que devem gozar dela como os outros cristãos” (citado em
Zulaica , R., op cit., 94-95).
[14] “Respondemos: que falando
em rigor, precisamente o livro que não se pode excluir para poder pregar e
ensinar é as Epistolas e Evangelhos, que anda de mão, e ainda, este seria
necessário corrigir e por em mais perfeição dos que comumente anda” (livros e
livretos, op. cit., 83-84).
[15] Menéndéz e pelagio,
Historia dos heterodoxos espanhóis, Livro V,V.
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