JMJ Rio 2013 - Vídeo Promocional


Rezar com a Sagrada escritura


  1. A leitura espiritual das Sagradas Escrituras

A leitura espiritual é a leitura dos livros místicos e tratados espirituais, dos quais buscamos não só o conhecimento das coisas espirituais senão principalmente o gosto e afeto das mesmas.

A leitura espiritual tem quatro fins principais: alimentar a alma, elevar a alma a Deus, ajudar de modo preparatório a oração e fomentar o recolhimento interior. Evidentemente não serve qualquer livro de leitura “espiritual”, pois nem todos os escritos produzem tais frutos. A Sagrada Escritura é, em tal sentido, o livro básico da ‘leitura espiritual’, ainda que não seja o único (pode alcançar-se estes frutos com os escritos espirituais dos Padres e dos ‘mestres espirituais’ da época medieval e moderna).

“A Igreja, diz o catecismo, recomenda insistentemente a todos os fieis... a leitura assídua da Escritura para que adquiram “a ciência suprema de Jesus Cristo”(Flp 3,8), “pois desconhecer as Escrituras é desconhecer a Cristo” diz São Jerônimo”(19).

A leitura espiritual nos ajuda a adquirir conhecimentos espirituais, é a base de nossas convicções de fé e o estimulo para uma entrega generosa a Deus.

Uma leitura corrida das Sagradas Escrituras, seja de toda a Bíblia ou de algum livros em particular, se enquadraria nesta categoria. No entanto é muito importante.

Muitos católicos não lêem a Bíblia porque a consideram uma leitura muito “larga” ou que requer muito “empenho”. E de fato é, mas não tanto como parece. Tenha-se em conta que se cada dia lêssemos quatro capítulos da Bíblia, terminaríamos de ler-la completamente menos de um ano (mas precisamente em oito meses).

Quem quiser ler a Bíblia de modo corrido, especialmente se é a primeira vez que ler, o recomendaríamos uma ordem particular: se deve começar pelo novo testamento (pois este ilumina o antigo), ante tudo pelos Evangelhos, logo depois o Atos dos apóstolos e as cartas de São Paulo e os outros apóstolos, finalmente o Apocalipse. Recém depois de ter lido o Novo Testamento, convém embarcar-se na leitura do Antigo, do qual pode fazer-se na ordem em que estão publicados os livros nas nossas Bíblias.

É sempre recomendável ler as introduções que nos situa no contexto histórico e nas mente do autor inspirado; lamentavelmente muitas versões tem introduções contagiadas de ideias racionalistas(20).


Ninguém pode ser feliz se não for amado


O amor gera a vida; o egoísmo produz a morte. A psicologia mostra hoje, com toda clareza, que as graves perversões morais têm quase sempre como causa principal uma "frustração amorosa".
Os jovens se encaminham para as drogas, para o sexo vazio, para o alcoolismo e para tantas violências, porque são carentes de amor, 'desnutridos' de amor. A pior anemia é a do amor. Leva à morte do espírito. Ninguém pode ser feliz se não for amado, se não fizer uma experiência de amor. Se isso é importante na infância e na adolescência, também na vida conjugal isso é verdade. E esse "amor conjugal" começa a ser aprendido e treinado no namoro. Na longa viagem da vida conjugal, que começa no namoro, você precisa levar a bagagem do amor. Você amará de verdade o seu namorado não só porque ele é simpático, bonito ou porque é um atleta, mas porque você quer o bem dele e quer ajudá-lo a ser ainda melhor, com a sua ajuda.
Muitas vezes, você quis e procurou uma namorada perfeita, ou um rapaz ideal, mas saiba que isso não existe. A primeira exigência do amor é aceitar o outro como ele é, com todas as suas qualidades e defeitos. Só assim você poderá ajudá-lo a crescer, amando-o como ele é. Alguém já disse que o amor é mais forte do que a morte e capaz de remover montanhas.
O amor tem uma força misteriosa; quando você ama o outro gratuitamente, sem cobrar nada em troca, você desperta-o para si mesmo, revela-o a si mesmo, dá-lhe ânimo e vida, "ressuscita-o". É com a chama de uma vela que você acende outra. Da mesma forma é com a doação da sua vida que você faz a vida do outro reviver. Desde o namoro você precisa saber que "amar não é querer alguém construído, mas construir alguém querido". É claro que um casal se aproxima pelo coração, mas cresce pelo amor, que transcende os sentimentos e se enraíza na razão.
Todo relacionamento humano só terá sentido se implicar no crescimento dos envolvidos. De modo especial no namoro e no casamento isso é fundamental. A ordem de Deus ao casal é esta: "crescei". Deus não nos dá uma "ajuda adequada" (cf. Gên 2, 18) para "curtirmos a vida" a dois; mas para crescermos a dois. Isso vale desde o namoro. E o que faz crescer é o "fermento" do amor.
São Paulo expressou as exigências do verdadeiro amor melhor do que ninguém: "O amor é paciente, O amor é bondoso. Não tem inveja. O amor não é orgulhoso. Não é arrogante. Nem escandaloso. Não busca os seus próprios interesses, Não se irrita, Não guarda rancor. Não se alegra com a injustiça, Mas se rejubila com a verdade. Tudo desculpa. Tudo crê, Tudo espera, Tudo suporta. O amor jamais acabará" (I Cor 13, 4-7).
Medite um pouco sobre cada linha deste hino do amor e pergunte a si mesmo se você está vivendo isso no seu namoro.
Desde o namoro é preciso ter em mente que a beleza do amor está exatamente na construção da pessoa amada. É uma missão para gente madura, com grandeza de alma. Construir uma pessoa é educá-la em todos os aspectos, e isso é uma obra do coração.
O amor tudo suporta, tudo crê, tudo espera; o amor não passa jamais.

Celebrar ou não celebrar Halloween?


O QUE É A FESTA DE HALLOWEEN?
O Halloween é uma festa muito comum nos EUA e Europa e é celebrada no dia 31 de Outubro. A comemoração veio dos antigos povos bárbaros Celtas, que habitava a Grã-Bretanha há mais de 2000 anos.
Os Celtas realizavam a colheita nessa época do ano, e, segundo um antigo ritual, para eles os espíritos das pessoas mortas voltariam a Terra durante a noite, e queriam, entre outras coisas, se alimentar e assustar as pessoas. Então os Celtas costumavam se vestir com máscaras assustadoras para afastar estes espíritos.
Esse episódio era conhecido como o “Samhaim”. Com o passar do tempo, os cristãos chegaram à Grã-Bretanha, converteram os Celtas e outros povos da Ilha, especialmente através de São Patrício no século IV e V; e com o grande São Columbano no século VI. Com isso, a Igreja Católica transformou este ritual pagão, em uma festa religiosa. Esta estratégia religiosa foi ensinada por São Leão Magno e São Gregório Magno. Ela passou a ser celebrada nesta mesma época e, ao invés de honrar espíritos e forças ocultas, o povo recém catequizado, deveria honrar os santos, daí veio o “All Hallows Day”: o Dia de Todos os Santos.
Mas, a tradição entre estes povos continuou, e além de celebrarem o Dia de Todos os Santos, os não convertidos ao Cristianismo celebravam também a noite da véspera do Dia de Todos os Santos com as máscaras assustadoras e com comida. A noite era chamada de “All Hallows Evening”, abreviando-se, veio o Halloween.
Vemos assim que a tradição de comemorar as bruxas ou outros espíritos, não é cristã e deve ser evitada, ainda que tenha apenas uma conotação folclórica. Devemos, sim, celebrar o dia de todos os Santos. Esses são reais e verdadeiros, são modelos de vida para nós e, diante de Deus intercedem por nós sem cessar.
É bom lembrar a recomendação de São Paulo: “As coisas que os pagãos sacrificam, sacrificam-nas a demônios e não a Deus. E eu não quero que tenhais comunhão com os demônios. Não podeis beber ao mesmo tempo o cálice do Senhor e o cálice dos demônios. Não podeis participar ao mesmo tempo da mesa do Senhor e da mesa dos demônios. Ou queremos provocar a ira do Senhor? Acaso somos mais fortes do que ele?” (1 Cor 10,19-22).
Do livro “Falsas Doutrinas – seitas e religiões”
Prof. Felipe Aquino.*
Halloween não é uma simples festa à fantasia!
Muitas pessoas confundem a festa de Halloween, que é comemorada no dia 31 de outubro, com uma simples festa à fantasia, mas na verdade, o dia das bruxas não passa de uma festa pagã e que não tem nada de cristão. Em alguns países, as crianças se fantasiam e saem em grupos batendo de porta em porta dizendo, em coro, a frase: “doces ou travessuras?”, mas na verdade elas estão dizendo “Ou você me dá um doce, ou te amaldiçôo”. Jesus quer que sejamos bons e que não nos identifiquemos nem com as bruxas nem com os monstros, pois nós somos filhos de Deus.
Para ser um sinal de vida e santidade os cristãos sempre tem a oportunidade de celebrar e ser diferente. No Instituto Canção Nova celebramos a Festa de Todos os Santos, principalmente com as nossas crianças nos vestindo de nosso santo de devoção, conhecendo a sua vida e vivendo a alegria da santidade e a intercessão daqueles que viveram antes de nós e hoje se encontram na Vida eterna. Celebre os santos e não as bruxas!
Acredito que devamos celebrar sim o Dia de Todos os Santos, enfatizando o verdadeiro sentido da morte, da santidade e da Vida dada a nós por Jesus Cristo nosso Senhor.
Clique em comentários e deixe a sua opinião, como você celebra o dia de Todos os Santos e Finados?
“Deus, dá-me a sabedoria para mudar as coisas que eu posso mudar; paciência para aceitar as coisas que eu não posso mudar e discernimento para saber a diferença”.

UM SANTO PARA CADA DIA



Santo Afonso Rodrigues

Diante da "galeria" de santos da Companhia de Jesus, voltamos o nosso olhar, talvez, para o mais simples e humilde dos Irmãos: Santo Afonso Rodrigues. Natural de Segóvia na Espanha, veio à luz aos 25 de julho de 1532.
Pertencente a uma família cristã, teve que interromper seus estudos no primário, pois com a morte do pai, assumiu os compromissos com o comércio. Casou-se com Maria Soares que amou tanto quanto os dois filhos, infelizmente todos, com o tempo, faleceram. Ao entrar em crise espiritual, Afonso entrega-se à oração, à penitência e dirigido por um sacerdote, descobriu o seu chamado a ser Irmão religioso e assim, assumiu grandes dificuldades como a limitação dos estudos. Vencendo tudo em Deus, Afonso foi recebido na Companhia de Jesus como Irmão e depois do noviciado foi enviado para o colégio de formação.
No colégio, desempenhou os ofícios de porteiro e a todos prestava vários serviços, e dentre as virtudes heróicas que conquistou na graça e querendo ser firme na fé, foi a obediência sua prova de verdadeira humildade. Santo Afonso sabia ser simples Irmão pois aceitava com amor toda ordem e desejo dos superiores, como expressão da vontade de Deus.
Tinha como regra: "Agradar somente a Deus, cumprir sempre e em toda parte a Vontade Divina". Este santo encantador, com sua espiritualidade ajudou a muitos, principalmente São Pedro Claver quanto ao futuro apostolado na Colômbia. Místico de muitos carismas, Santo Afonso Rodrigues, sofreu muito antes de morrer em 31 de outubro de 1617.
Santo Afonso Rodrigues, rogai por nós!

Jovens lotam Jorjão para Jornada Diocesana da Juventude - Rádio Coração

Jovens lotam Jorjão para Jornada Diocesana da Juventude - Rádio Coração

Jovens de várias cidades participam da Jornada Diocesana da Juventude


A Jornada Diocesana da Juventude, reuniu aproximadamente duas mil pessoas neste domingo (28) , no complexo esportivo Jorge Antonio Salomão, no Jardim Água Boa em Dourados.
O encontro, também chamado de "Bote Fé", foi uma forma de manifestação de fé, louvor, agradecimento e, sobretudo, de incentivo a juventude, que em um mundo cheio de incertezas, precisa se posicionar com coragem para conseguir viver na verdade de Cristo.
Também serviu como preparação para a grande Jornada Mundial da Juventude, marcada para acontecer no Rio de Janeiro em 2013, com a presença do Papa Bento XVI.
O evento foi realizado das 8 ás 15h horas, finalizado com uma missa celebrada pelo Bispo Dom Redovino Rizzardo e co-celebrada por padres que participaram do encontro com a juventude.
Entre os presentes, estavam jovens de Ponta-Porã, Coronel Sapucaia, Douradina, Rio Brilhante, Fátima do Sul e Itaporã.
O Tema principal do evento, “Bote Fé, na vida; na igreja; no mundo; no amor; na família e em Jesus” foi abordado na palestra feita pelo Padre Crispim Guimarães.
O evento contou com a organização do Padre Alexandre Mosquelli, da Milícia Imaculada Conceição
A Rádio Coração FM fez a cobertura e divulgação do evento com entrevistas ao vivo durante o Programa Igreja Viva, que vai ao ar nos domingos das 9:00 ás 11:00 , apresentado pelo comunicador Carlinhos.

Rezar com a Sagrada escritura


2. A Bíblia pilar da vida cristã

Um dos pilares do trabalho espiritual que tem que fazer todo cristão de modo diário e permanente é o contato com a Sagrada Escritura, pois a palavra de Deus faz com cada individuo o que faz com a Igreja: 1° o faz nascer e viver, 2° O sustem ao largo de sua historia, 3° o penetra e anima, com a potencia do Espírito Santo[1].
Como disse São Paulo a Timóteo, as “Sagradas letras” possam dar-nos “a sabedoria que leva a salvação mediante a fé de Cristo Jesus” (2 Tim 3,15).

Temos necessidade de dedicar-nos a Sagrada Escritura.

            Por este motivo, os padres da igreja foram, como teólogos principalmente “comentadores da Bíblia”. De muitos deles nos tem chegado comentários de muitos (e em alguns casos de quase todos) os livros da Bíblia.  E isso que eles contam com elementos muito rudimentares para ler La, analisá-la e estudá-la.  Mas o dedicavam suas vidas.        
            O exemplo mais preclaro de São Jerônimo,         quem submarca a alegria e a importância de familiarizar-se com os textos bíblicos: “Não te parece que, já aqui, na terra, estamos no reino do céu quando vivemos entre estes textos, quando meditamos eles, quando não conhecemos e buscamos mais nada?” (Ep.53,10).  É sua a frase “ignorar a Escritura é ignorar a Cristo”.  Mas o ignora não só o que não a lê senão que a lê sem estudá-la ou sem tratar de entendê-la.

            Verdadeiramente “enamorado” da palavra de Deus, se perguntava: Como é possível sem a ciência das Escrituras, através do qual se aprende a conhecer a Cristo mesmo, que a vida dos crentes?”(Ep.133,13), se converte em  estimulo e manancial da vida cristã para todas as situações e para todas as pessoas.

            Ler a Sagrada Escritura é falar com Deus: “Se oras –escreve a uma jovem nobre de Roma- falas com o Esposo; se lês é ele que te fala”(Ep. 22,25).   O estudo e a meditação da Escritura fazem sábio e sereno o homem  (cf. In Eph., prólogo).  Para penetrar de uma maneira cada vez mais profunda na palavra de Deus faz falta a aplicação constante e progressiva.  Isso significa que devemos estudar e comentar a Escritura aos fieis, mais que outros temas.

Uma romana dava estes conselhos para a educação cristã de sua filha: “Estude todos os dias alguma passagem das Sagradas Escrituras (...). Que a oração acompanhe a leitura e a leitura a oração (...). Ame os livros divinos em vez das joias e dos vestidos de seda” (Ep. 107, 9.12). Com a meditação e a ciência das Escrituras se “mantém o equilíbrio da alma” (Ad Eph., prólogo). Só um profundo espírito de oração e a ajuda do Espírito Santo podem introduzir-nos na compreensão da Bíblia “Ao interpretar a Sagradas Escrituras sempre necessitamos da ajuda do Espírito Santo” (In Mich. 1, 1, 10, 15). 

São Jerônimo, durante toda a sua vida, se caracterizou por um amor a Sagradas Escrituras, um amor que sempre tratou de suscitar nos fieis. A uma de suas filhas espirituais lhe recomendava ama a Sagradas Escrituras, e a sabedoria te amará; ama-a ternamente e te custodiará; honra-a e receberá suas caricias. que seja para ti como teus colores e teus pingentes” (Ep. 130, 20).

A tradição continuou com a mesma força entre os teólogos medievais: “o teólogo medieval, dizia Vosté, sempre se dedicava a Bíblia”(17).  Falando sobre Santo Tomaz, o P. Congar tem este eloquente elogio: “Santo Tomaz jamais ensinou a Suma, mas consagrou a primeira hora do dia, aquela em que a atenção ainda esta fresca, a ‘primeira hora’ para comentar o texto sagrado. Assim, ao mesmo tempo em que as questões dialéticas se desenvolvem por si mesmas, a Escolástica encontrava um equilíbrio no contato direto com a palavra de Deus, não somente para evocar alguns textos como argumentos, senão para fazer comentário sistemático e continuo”.

Devemos, pois, examinar com toda a sinceridade como é nossa relação com as Sagradas Escrituras: nosso amor e nosso trato cotidiano. Quantas vezes temos lida a Bíblia completa? E pelo menos os Evangelhos? Quantas cabeças se abaixam com vergonha diante desta pergunta!

Sendo as sagradas Escrituras Palavra viva e eficaz de Deus,o trato familiar e profundo com a mesma Escritura é eficazmente reparador e santificante . Senão nos diz nada é por causa de nossa Superficialidade.  Devemos ter com a Bíblia um trato mais profundo do que solemos, devemos não só ler La senão que estuda-la, se possível ler comentários sobre ela ( sempre que nos conste que são bons e conformes com a doutrina sã da Igreja) os que tem mais luzes deviam animar-se a enfrentar os livros especializados que nos induzem a este mundo misterioso, especialmente baixo o guia seguro do magistério e dos grandes padres e teólogos, com muita tentativa de não cair desbarrancados na critica racionalista.

E em particular os sacerdotes deveriam tomar consciência de que são “explicadores da Sagrada Escritura”, comentadores ainda mais que não sejam para seu proveito pessoal e o de seus fieis.

Este contato se pode realizar de diversas maneiras: pela leitura espiritual, pelo estudo, pela meditação e pela lectio divina.


[1] Instrumentum laboris para o Sínodo da  Palavra (2008), cap.4.



Entenda o significado da logomarca do Ano da Fé


O Ano da Fé é um tempo próprio para redescobrir, aprofundar e viver a fé católica. Esse período foi aberto oficialmente pelo Papa Bento XVI no dia 11 deste mês com uma Santa Missa realizada no Vaticano.
Até o dia 24 de novembro de 2013, quando será encerrado o Ano da Fé, o Santo Padre propõe várias atitudes para os católicos crescerem nessa virtude, entre elas, estudar o Catecismo da Igreja Católica (CIC), melhorar o testemunho cristão e crescer em obras de caridade.
Uma logomarca vai acompanhar toda a trajetória do Ano da Fé, carregada de um significado próprio. Entenda cada parte deste logo:
No campo quadrado e com borda, encontra-se simbolicamente representada a nau, imagem da Igreja, que navega sobre águas sutilmente esboçadas.
O mastro principal é uma cruz que iça as velas. Estas por sua vez, realizam o Trigama de Cristo (IHS). E, ao fundo das velas, aparece o sol que associado ao Trigama remete à Eucaristia.

Divorciados em segunda união podem comungar apenas espiritualmente

O Sacramento da Eucaristia passa em primeiro lugar pela Comunhão espiritual, para depois receber a Comunhão Eucarística, na boca
O Prefeito para a Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, Cardeal Antonio Cañizares Llovera, considerou que a Eucaristia é o pilar fundamental da Nova Evangelização, e recordou que os divorciados em nova união, podem participar Dela de maneira espiritual.
O Cardeal Cañizares explicou que a Eucaristia é imprescindível porque “quando se vive em sua realidade de mistério, suscita o envio, o comunicar que se participou da Eucaristia no mundo”.
“A Eucaristia sempre suscita homens novos, mulheres novas, e uma realidade nova onde se viva o amor e haja testemunhas do Deus vivo, como o único e necessário. Por isso, a Eucaristia é imprescindível para a Nova Evangelização. Não haverá Nova Evangelização se não centrarmos muito mais a Eucaristia em nossa vida, dos sacerdotes e de todos os fiéis cristãos”.
Quanto à administração deste Sacramento aos divorciados que voltaram a casar, o purpurado afirmou que as pessoas em situação irregular “podem participar da celebração da Eucaristia, mas não podem aproximar-se plenamente, porque não vivem a comunhão plena com a Igreja”.
A autoridade vaticana recordou que a comunhão na Eucaristia “significa e realiza precisamente essa comunhão plena na Igreja”, e nestes casos em que as situações são sempre dolorosas, a Igreja se aproxima destas pessoas e propõe “a comunhão espiritual, que é o desejo de comunhão”.
O Sacramento da Eucaristia passa em primeiro lugar pela Comunhão espiritual, que é a forma em que a pessoa se une pessoalmente a Cristo no momento da redenção do Santo Sacrifício, para depois receber a Comunhão Eucarística, na boca. Segundo a Exortação Apostólica Familiaris Consortio do beato João Paulo II, sem a primeira, não pode existir a segunda.
A Igreja Católica explicou através da Congregação da Doutrina para a Fé em sua carta a todos os bispos do mundo de 1994, que os divorciados que voltaram a casar não podem participar da Comunhão, porque o matrimônio "é a imagem da relação entre Cristo e sua Igreja".
Dentro deste marco, para aproximar-se dos Sacramentos da Penitência e da Eucaristia, devem buscar sanar a irregularidade matrimonial pelo Tribunal dos Processos Matrimoniais.
João Paulo II também havia assinalado que a Igreja espera destes casais que participem da vida eclesial até onde seja possível: a participação da Missa, na adoração Eucarística, nas devoções piedosas e na Eucaristia de maneira espiritual.

UM SANTO PARA CADA DIA



São Frumêncio

A história do santo de hoje se entrelaça com a conversão de uma multidão de africanos ao amor de Cristo e à Salvação. São Frumêncio nasceu em Liro da Fenícia. Quando menino, juntamente com o irmão Edésio, acompanhava um filósofo de nome Merópio, numa viagem em direção às Índias. A embarcação, cruzando o Mar Vermelho, foi assaltada e só foram poupados da morte os dois jovens, Frumêncio e Edésio, que foram levados escravos para Aksum (Etiópia) a serviço da Corte.
Deste mal humano, Deus tirou um bem, pois ao terem ganhado o coração do rei Ezana com a inteligência e espírito de serviço, fizeram de tudo para ganhar o coração da África para o Senhor. Os irmãos de ótima educação cristã, começaram a proteger os mercadores cristãos de passagem pela região e, com a permissão de construírem uma igrejinha, começaram a evangelizar o povo. Passados quase vinte anos, puderam voltar à pátria e visitar os parentes: Edésio foi para Liro e Frumêncio caminhou para partilhar com o Patriarca de Alexandria, Santo Atanásio, as maravilhas do Ressuscitado na Etiópia e também sobre a necessidade de sacerdotes e um Bispo. Santo Atanásio admirado com os relatos, sabiamente revestiu Frumêncio com o Poder Sacerdotal e nomeou-o Bispo sobre toda a Etiópia, isto em 350.
Quando voltou, Frumêncio foi acolhido com alegria como o "Padre portador da Paz". Continuou a pregação do Evangelho no Poder do Espírito, ao ponto de converterem o rei Ezana, a rainha, e um grande número de indígenas, isto pelo sim dos jovens irmãos e pela perseverança de Frumêncio. Quase toda a Etiópia passou a dobrar os joelhos diante do nome que está acima de todo o nome: Jesus Cristo.
São Frumêncio, rogai por nós! São João de Capistrano, rogai por nós!

Romaria de Nossa Senhora Aparecida


Rezar com a Sagrada escritura


Quanto amamos a Bíblia?

 “Toda a escritura é inspirada por Deus e útil para ensinar para argüir, para corrigir e para educar na justiça; assim o homem de Deus se encontra perfeito e preparado para toda obra boa” (2Tim.3,16-17).

1.        Um livro proibido para os fieis?

No começo da evangelização da América, Frei Juan de Zumárraga, primeiro Bispo do México (1528-1548), o primeiro que viu a imagem de Nossa Senhora de Guadalupe milagrosamente estampada na tilma do índio Juan Diego, desejava que todos os naturais pudessem ler a Bíblia em suas próprias línguas. “Não aprovo a opinião, dizia, do que dizem que os idiotas [as pessoas que carecem de instrução] não [devem ler] as divinas letras na língua que o vulgo usa, porque Jesus Cristo o que quer é que seus segredos largamente se divulguem. E assim eu desejaria, por certo, que qualquer mulherzinha lesse o evangelho e as cartas de São Paulo.  E digo ainda mais, que pluguiese a Deus que estivessem traduzidas em todas as línguas do mundo para que não somente leia os índios senão também outras nações bárbaras [possam] ler e conhecer, porque não há duvidas que o primeiro degrau para a cristandade é conhecê-la em alguma maneira”[1].

Quer Jesus que seus segredos largamente se divulguem!

Ao mesmo tempo em que o grande Bispo do México escreve estas palavras, em Espanha a inquisição se sentia obrigada a proibir as traduções da Bíblia em língua popular, não para impedir que os fieis a lessem, senão porque naquele momento não viam outro modo de preservá-los das heréticas interpretações como, ante os olhos de todos, se via no exemplo dos paises afetados pelos reformadores protestantes. Poderá discutir-se sobre o caminho empregado para tal fim , sobre sua oportunidade ou exageração (que logo nos resultados concretos se demonstrou não carente da devida cautela, de fato Espanha resistiu a heresia de maneira que não fizeram também as católicas França e Itália.
      Escrevia Dom Marcelino Menéndez e Pelayo em sua imortal Historia dos heterodoxos espanhóis: “A ninguém escandalize a sabia cautela dos inquisidores do século XVI. Postas as Sagradas escrituras em romance [= as línguas modernas derivada do latim] sem nota nem aclaração alguma, entregadas ao capricho e a interpretação individual de leigos e dos que não são doutos, de mulheres e meninos, são como espada em mão de um furioso, e só servem para alimentar o cego e irreflexivo fanatismo, de que deram tão amarga mostra os anabatista, os puritanos, e todo a multidão de seitas, bíblicas nascidas ao calor da Reforma. Como entregar sem comentários ao povo livros antiguíssimo, em língua e em estilo semíticos ou gregos, feitos de frases, modismo e locuções hebréias ou gerado de altíssimo sentido místico e profético? Como há de distinguir o ignorante o que é historia e o que é lei, o que é lei antiga e o que é lei nova, o que se propõe para imitação ou para o castigo, o que é símbolo ou figura? Como há de penetrar os diversos sentidos do sagrado texto?

A que loucuras não teriam arrastado a irreflexiva leitura de Apocalipse?
Para evitar pois, que propagasse os videntes e profetas e tornassem os dias do Evangelho Eterno e aqueles outros que os mineiros de Turingia desfaziam com seus martelos as cabeças dos fariseus, vedou sabiamente a Igreja o uso da Bíblia em romances, reservando a concede-los em casos especiais”[2].

A Igreja já tinha aplicado semelhantes proibições ante outros perigos semelhantes, como no tempo dos valdenses o tinha feito um concilio de Tolosa e reproduzindo Dom Jaime o conquistador em 1233. A finalidade defensiva era clara, como demonstra o fato de que passado o perigo, a proibição ficou esquecida  e hoje possuímos uma Bíblia catalana completa que parece ser traduzida no século XV, e vários fragmentos, alguns muito considerável, de outras versões diferentes. E consta que em 1478 se imprimiu em Valencia uma tradução catalana das Sagradas Escrituras, que interviram Fr. Bonifácio Ferrer, irmão de São Vicente, e outros teólogos[3].  E ademais, segue dizendo o grande escritor espanhol, “em Castilla, onde o perigo de heresia era menor, não ouve nunca tal proibição assim vemos que Dom Alfonso é sábio, em sua Grande e geral historia, escrita a imitação da Historia escolástica, de Pedro coméstor, intercalou boa parte Livros Sagrados traduzidos ou extraídos em modo vulgar. Em 1430,aos pedidos e persuasão do mestre de Calatrava, D. Luis de Gusmán, fez rabi Moseh Arragel uma tradução completa, notabilíssima como língua, que todavia faz inédita na biblioteca dos Duques de Alba. Isto sem contar outras muitas versões, anônimas e parciais, que se conservam em El Escorial e as que fez dos evangelhos e das Cartas de São Paulo o converso de Martin de Lucena, a quem dizia o Macabeu, aos pedidos do Marquês de Santillana”[4].
Creio que é inolvidável que esta medida, “de força maior” se se quer, partia de um temor fundado que em alguns passava a raia da exageração. Assim, por exemplo, teólogos do porte de Melchor Cano tinham que a Bíblia lida por pessoas simples pudessem alimentar as heresias dos falsos místicos protestantes, “os iluminados”, e em conseqüência insistia em negar-lhes tal privilégio: “Por mais que as mulheres reclamem com insaciável apetite comer deste fruto (ler a Sagrada Escritura) é necessário vedá-lo e por faca de fogo, para que o povo não chegue a ele”[5]; e também “a experiência tem ensinado que a lição de semelhantes livros em especial com liberdade de ler a Sagrada Escritura,ou toda ou em grande parte dela é transladá-la ao vulgar tem feito muito dano as mulheres e aos ignorantes [=gente sem instrução=]”[6].  Não estava de acordo Santa Tereza de Jesus, que se queixava escrevendo: “Que tão pouco temos que ficar, as mulheres, fora de gozar as riquezas do Senhor” e “tenho por certo que nos consolemos e deleitemos em suas palavras e obras”[7].  No livro da vida escreve a santa: “quando tiraram muitos livros de romance,que não se lessem, eu senti muito, porque muitos me davam recreação ler-los e eu já não podia deixar-los em latim; me disse o Senhor . Não tenha pena que Eu te darei livro vivo”[8]. Os livros de romance a que se refere a santa eram não só obras de autores estrangeiros de duvidosa ortodoxia, senão também de alguns espirituais espanhóis, como São João de Ávila, São Francisco de Borja, Barnabé de Palma, Bartolomeu de Carranza, Luis de Granada; e também, com já temos indicado mais acima, a mesma Sagrada Escritura.
O texto de Zúmarraga, já citado, demonstra que tal postura não era universal. Há autores como Menéndez e Pelagio, que minimizam o prejuízo causado pela proibição entre a gente sensível[9], o que não se condice com o “eu senti muito”da Santa avilense; mas quizá que esta se referia mais que nada aos autores espirituais e não tanto a Sagradas Escrituras. 
De todos modos mais adiante esta rigor amansou, e ainda em Espanha ficou em vigor a quarta regra do Índice tridentino, que deixa ao bom juízo do Bispo ou do inquisidor, prévio conselho do pároco ou confessor do interessado, conceder ou não a leitura da Bíblia em língua vulgar por licença in scriptis[10]
 
Como já temos dito estas proibições, de todos os modos, não tiveram caráter universal.  De fato, não estiveram de acordo com o rigor dos eclesiásticos espanhóis, os Bispos italianos e franceses do concilio de Trento.
            Ao mesmo tempo, os missionários em terras governadas pela coroa espanhola, traduziam partes da Bíblia, em particular os evangelhos e as epistolas, e alguns livros do antigo testamento como o livro de Jó e de Tobias[11]. Assim fizeram em torno de 1530-1540, os franciscanos Frei Arnaldo de Bassac, (traduziu epistolas e evangelhos que cantam que se cantam na Igreja por todo ano), Frei Bernardino de Sahagún (escreveu uma apostila sobre as cartas e Evangelhos dominical), Frei Alonso de Molina (traduziu os evangelhos do ano todo), Frei Juan de Ramanones (traduziu fragmentos da Sagrada Escritura para seu exercício e para utilidade dos pregadores dos índios), Frei Luis Rodriguez (traduziu o livro dos provérbios). Todos estes fizeram do latim ao náhuatl.  Frei Maturino Gilberti, o.f.m., Traduziu

Parcialmente a Bíblia para o tarasco.
E tem-se em conta que a Inquisição começou a funcionar na America desde o 5 de junho de 1538. Precisamente, em 1572 o Santo Oficio de México faz uma consulta ao Frei Alonso de Molina sobre a versão da Bíblia a língua do povo[12].
O qual respondeu o teólogo que se proibira os índios ter textos da Sagrada escritura sem exposição mas não sem ela (com notas interpretativas), “e que devem gozar delas como os outros cristãos”[13].  E de mesmo tenor é a resposta do Frei Domingo da Anunciação, O.P. [14] Os missionários pois afirmaram com toda a força e claridade o lugar central que a Bíblia ocupou ( e ocupa) na obra evangelizadora da Igreja.
            Daí que seja uma grande injustiça a acusação do protestantismo que não se cansa de afirmar que a Igreja proibiu a leitura da Bíblia a seus fieis, confundindo uma disposição temporal, determinada por serias razões teológicas e pelo bem mesmo de seus fieis. Como expressa Menédez e Pelagio: “A que se reduzem as declamações dos protestantes?  Longe de estar privados os espanhóis do século XVI do manjar das Sagradas Escrituras, penetrava em todas as almas assim o espírito como a letra delas e nossos doutores não se fartavam de encarecer e recomendar seus estudos, como pode ver-se em muitas passagens recopiados por Vilanova”[15].




[1] Almoina, J.,Rumbos Heterodoxos no México, Trujillo (1974), 158-159. Tomo estes dados de Vital Alonso, A Bíblia no novo mundo, Revista Bíblica, ano 50 (1988),126. Tenho modificado as palavras que no original figuram no espanhol antigo e tenho introduzido alguns colchetes com explicações.
[2] Menéndez e Pelagio, Historia dos Heterodoxos espanhóis, Livro V,V (“O -índice expurgatório- internamente considerado”)
[3] Ibidem.
[4] Ibidem.
[5] A. cavalheiro, Conquenses ilustres, II, Madrid (1871), cit, por O. Steggink, Experiência e realismo em Santa Tereza e São João da Cruz, Madrid (1974), 169.
[6] Cit. Por M. Andrés, A teologia espanhola no século XVI, II, Madrid (1978), 573. 
[7] Santa Tereza de Jesus, conceitos de amor a Deus, n.8.
[8] Santa Tereza de Jesus, Livro da vida, 25, 5, 5. Se trata do “índice de livros proibidos” , publicado pelo inquisidor Fernando de Valdés em Valladolid no 17 de agosto de 1559.
[9] “Para dizer a verdade, a privação não era grande; porque quem não sabia latim no século XVI?  Pois todo o soubesse ainda que fosse um rapaz estudante de gramática, estava autorizado para ler a vulgata sem notas. E o povo e as mulheres teriam a sua disposição as traduções em versos dos livros poéticos, que jamais se proibiram, certos comentários e paráfrases e muitos livros de devoção, que se lhes dava, primorosamente engastada, uma boa parte do divino texto.  Fácil seria fazer uma formosa Bíblia reunindo e concordando os lugares que traduzem nossos ascéticos”(Menéndez e Pelagio, historia dos heterodoxos espanhóis, Livro V,V).    
[10] Ibidem.
[11] Para os sados que seguem cf. Vital Alonso, A Bíblia no novo mundo ,op. Cit., 126-131.
[12] Livros e livretos do século XVI publicados do arquivo da nação, México 1914.  Citado por Zulaica, R., Os franciscanos e a imprenta no México no século XVI, México (1939), 93-94.   
[13] “Será em detrimento dos naturais, o tirar os ministros do Evangelho, qualquer coisa das Escrituras ditas acima traduzidas em dita língua é muito dificultosa e difícil de aprender, e que com muito trabalho se tem traduzido nela e declarado o melhor que se possa em sua língua, conforme ao verdadeiro frasis, e maneira de falar dos ditos naturais (...) Quanto ao quarto que se pergunta, digo: que se proíba e vede que os índios não tenha coisa da Sagrada Escritura sem exposição empero com ela que parecem que devem gozar dela como os outros cristãos” (citado em Zulaica , R., op cit., 94-95).   
[14] “Respondemos: que falando em rigor, precisamente o livro que não se pode excluir para poder pregar e ensinar é as Epistolas e Evangelhos, que anda de mão, e ainda, este seria necessário corrigir e por em mais perfeição dos que comumente anda” (livros e livretos, op. cit., 83-84). 
[15] Menéndéz e pelagio, Historia dos heterodoxos espanhóis, Livro V,V.