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Papa a Bartolomeu I: “Com confiança, rumo à plena comunhão”


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Cidade do Vaticano (RV) - Bento XVI enviou ao Arcebispo de Constantinopla e Patriarca Ecumênico Bartolomeu I uma mensagem por ocasião do Dia de Santo André, padroeiro deste Patriarcado ortodoxo. O Cardeal Kurt Koch, Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, presente em Istambul com uma delegação da Santa Sé, entregou a mensagem pontifícia ao Patriarca.

O intercâmbio de delegações entre a Igreja de Roma e a Igreja de Constantinopla, que se realiza todos os anos por ocasião dos respectivos santos padroeiros, Santo André, no Fanar, e Pedro e Paulo, no Vaticano, reflete uma forma concreta de comunhão e proximidade entre as duas Igrejas cristãs.

Em sua mensagem, o Papa afirma estar confiante no caminho para a restauração da plena comunhão, profunda e real, ainda que imperfeita, que não se baseia em razões humanas de cortesia ou conveniência, mas na fé comum no Senhor Jesus Cristo. Bento XVI se diz grato a Sua Santidade por seu apoio contínuo e ativo, graças ao qual têm sido feitos progressos neste campo.

O Papa colheu a ocasião para agradecer o Santo Sínodo do Patriarcado Ecumênico por ter enviado um delegado fraterno para participar da Assembléia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, com o tema "A nova evangelização para a transmissão da fé cristã".

“O desafio mais urgente temos sempre hoje é levar o anúncio do amor misericordioso de Deus aos homens do nosso tempo, muitas vezes distraídos e incapazes de fazer uma reflexão profunda sobre o sentido de sua própria existência. A Igreja não tem outra mensagem que "o Evangelho de Deus" e outro método que a proclamação apostólica, sustentada e assegurada pelo testemunho da santidade de vida dos pastores e do povo de Deus. O Senhor Jesus nos disse que a messe é grande e não podemos aceitar que se perdeu por causa de nossas fraquezas e nossas divisões”.

Enfim, na mensagem, o Papa garante que “com todos os irmãos e irmãs católicos, se une ao Patriarca ecumênico em suas orações pela plena comunhão a que aspiramos, que é um dom de Deus”.
(CM)
Vaticano: "A paz requer decisões corajosas"


Cidade do Vaticano (RV) - A Santa Sé acolheu “positivamente” a decisão da Assembleia Geral das Nações Unidas com a qual a Palestina se tornou “Estado Observador não-membro” e recordou a sua posição, que defende a concessão a Jerusalém de um estatuto especial, garantido internacionalmente. Tal estatuto garantiria a liberdade de religião e de consciência, a identidade e o caráter sagrado de Jerusalém como Cidade Santa, o respeito e a liberdade de acesso a seus lugares sagrados.

“A paz precisa de decisões corajosas e a votação desta quinta-feira refletiu o sentimento da maioria da comunidade internacional, reconhecendo aos palestinos uma presença mais significativa nas Nações Unidas” – afirma a nota do Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Padre Federico Lombardi. Para a Santa Sé, “este documento é a base jurídica para a existência de dois Estados, como previsto 65 anos atrás, quando Israel foi constituído, em respeito à Resolução 181 da ONU de 29 de novembro de 1947, e a Palestina não viu a luz”.

“A Santa Sé considera que o atual resultado não representa, por si só, uma solução eficaz aos problemas existentes na região, que só terão uma resposta adequada se houver um empenho efetivo em construir a paz e a estabilidade na justiça e no respeito das legítimas aspirações, de israelenses e palestinos”.

“E é por isso – continua a nota – que a Santa Sé convidou várias vezes os responsáveis dos dois povos a retomar as negociações com boa vontade e buscar sinceramente soluções que sejam alicerces seguros para a paz duradoura”.

Além disso, “a Santa Sé dirigiu um apelo à Comunidade internacional para que aumente seus esforços e incentive sua criatividade para adotar adequadas iniciativas que ajudem a obter uma paz duradoura, no respeito dos direitos dos dois povos”.

Com o estatuto de "Estado observador" - até agora exclusivo da Santa Sé -, a Palestina pode solicitar admissão a outras instituições da ONU e instaurar processos por crimes de guerra contra líderes israelenses junto ao Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) e do Tribunal Penal Internacional em Haia (TPI).
(CM)

O Jovem e o Advento

Para junto de quem você irá, no advento?

Advento é uma palavra que vem do verbo latino: advenire, que se traduz por “vir para perto, chegar bem junto de”. Na linguagem cristã católica, advento é o tempo que precede a grande festa do Natal. São as quatro semanas preparatórias para o natalício de Jesus Cristo. O significado da palavra é muito sugestivo. Advento é a atitude, é a decisão de alguém vir para perto de você. Ou também, de você se achegar bem perto de alguém. Quem é aquele que quer chegar bem perto de você? Que quer tempo, bastante tempo para ir chegando pertinho de você? E por que quer vir para junto de você, nas quatro semanas do advento?
Quem é aquele de quem você quer aproximar-se mais, junto de quem você deseja ir durante o tempo do advento?
Parece-me que se trata de alguém que muito ama você, já que ele tem um tempo marcado e longo para vir. Tenho a sensação que se trata de um personagem muito significativo, pois a proposta do tempo de aproximação é longa. Quem é que vem para junto de você?... Para junto de quem você irá, no advento? O personagem não poderia ser mais maravilhoso: Jesus ressuscitado. Sim, Jesus vivo, seu salvador pessoal, senhor de sua vida, seu mestre divino, seu amigo mais incondicional.
É Ele quem quer vir para junto de você, no advento. Mas sei também que você irá ao seu encontro, para estar junto dele.
Este encontro de vocês dois, desejado pelos dois, preparado carinhosamente por vocês, esperado ansiosamente pelos dois, transformar-se-á em Natal! Fará acontecer Natal! Trará o Natal para dentro do seu coração! Você será Natal!... Jesus vivo terá chegado e envolvido sua vida com seu amor salvador, com sua palavra de vida, com sua presença tão honrosa e transformadora.
Tempo de advento é para isto: para esperar ansiosamente aquele que vem para perto, para dentro de você. Nesta espera, preparar-se em espírito, mente e corpo para o grande encontro com Jesus.
Tempo de advento é para você caminhar ao seu encontro, como quem não consegue ficar esperando... Nesta caminhada, preparar seu coração para acolher com muito carinho aquele que vem.
Este encontro entre você e Jesus, encontro que se chama Natal, Natal do coração, Natal de verdade, Natal celestial, deixará rastros maravilhosos de graças e luzes, de sabedoria de vida jovem e de felicidade.
Advento: Jesus vem vindo. Jovem, vá a seu encontro!

O judeu errante

Na lenda do “judeu errante” está escondido o retrato do homem

O título se refere a uma lenda muito difundida na Europa medieval, relacionada com um personagem criado pelas tradições orais da cristandade primitiva. Nela, se narrava que Assuero, contemporâneo de Jesus, residia em Jerusalém e exercia a profissão de sapateiro. Sua loja ficava na rua que levava ao Monte Calvário, para onde se dirigiam os condenados à morte por crucificação.
Na manhã de uma sexta-feira, quem passou diante de sua oficina foi Jesus. Alquebrado pelo peso da cruz, ele caiu e ficou estirado no chão. Dirigindo seu rosto ensanguentado para Assuero, pediu-lhe um copo de água. Mas o que recebeu, foi um pontapé e uma imprecação: «Vá para frente, seu condenado! Você não pode parar!». Com um olhar de serenidade e compaixão, Jesus lhe respondeu: «Assuero, o meu peregrinar está para terminar. O seu, porém, se prolongará até a minha volta, no final dos tempos!».
Foi assim que o “judeu errante” iniciou a sua longa trajetória, percorrendo sem parar povoados e ambientes, assumindo os semblantes de todas as raças, numa busca inútil de acolhida e de piedade, que jamais encontrará, por tê-las negado a Jesus.
Na lenda do “judeu errante” está escondido o retrato do homem. Sua sede de felicidade é infinita. É ela que o torna mesquinho ou grande, livre ou escravo. É um molde que precisa ser ocupado, um vazio que busca ser preenchido, um desejo que brota de uma carência que só encontra plenitude em Deus.
O povo de antigamente – no tempo em que a experiência se transformava em sabedoria – cunhou um provérbio para definir os conflitos existenciais: “Saco vazio não para de pé!”. Só fica erguido se está cheio. Mas, cuidado: o que lhe dá firmeza é o conteúdo. Quanto mais sólido, maior a estabilidade! Mais ou menos como acontece com as árvores: somente as que têm raízes profundas enfrentam as tempestades de copa erguida. As demais racham e caem ao soprar de uma aragem...
Foi o que entenderam os dependentes químicos em recuperação na Fazenda da Esperança: eles inventaram e colocaram à disposição do público um boneco de metal, denominado “homem novo”. Ele só consegue ficar em pé quando lhe é colocado em seus braços estendidos o Evangelho, aberto numa página que fala de per si: «Quem ouve as minhas palavras e as põe em prática é uma pessoa sensata, que constrói a sua casa sobre a rocha» (Mt 7,24). Tirando-lhe a luz e a força que brotam da Palavra de Deus, ele perde o equilíbrio e vai para o chão.
O homem não pode esquecer que é imagem de um Deus/Trindade e pretender partir para opções que apaguem o amor – sem o qual ninguém se torna pessoa – ou o substituam por ídolos que nada conseguem senão esvaziá-lo, como são o ter, o prazer e o poder. Quando isso acontece, instaura-se nele um círculo vicioso. É impossível saciar o espírito satisfazendo as emoções e os instintos! Pelo medo de perder o que pensa possuir ou de não conseguir o que lhe parece indispensável, ele é empurrado para a ansiedade e, daí, para a depressão e o suicídio.
No fundo, é a estória do judeu errante que se repete. O caminho que leva à liberdade interior é diferente. Ele foi resumido por Jesus nestas palavras: «Quem quer salvar a sua vida, vai perdê-la; e quem a perde por causa de mim, a encontrará» (Mt 10,39). Sair de si mesmo, deixar de lado os apegos e preconceitos para estabelecer relações baseadas na gratuidade e na verdade: eis a estrada a ser seguida por quem não quer repetir o equívoco de Assuero. Ao se fechar diante da situação dolorosa de Jesus, negando-lhe o apoio solicitado, ele iniciou uma jornada sem volta.
Para o povo nômade da Bíblia, o homem é um migrante em viagem rumo à pátria: «Diante de ti, Senhor, sou apenas um peregrino e um forasteiro, como todos os meus antepassados» (Sl 39,13). Contudo, diferentemente do que aconteceu com o judeu errante, a passagem do cristão pelas estradas do mundo é fonte de graças para quantos têm a alegria de se encontrarem em seu caminho: «Felizes as pessoas que encontram em ti a sua força e decidem no seu coração fazer da vida uma santa viagem! Quando atravessam vales áridos, elas os transformam num manancial. Seu vigor cresce à medida que caminham, até se encontrarem com Deus, em Sião» (Sl 84,6-8). É caminhando que se abrem horizontes e se fortalece a esperança!
Dom Redovino Rizzardo, sc
Bispo de Dourados
em-mail: redovinorizzardo@gmail.com

UM SANTO PARA CADA DIA



Santo André Apóstolo

Hoje a Igreja está em festa, pois celebramos a vida de um escolhido do Senhor para pertencer ao número dos Apóstolos.
Santo André nasceu em Betsaida, no tempo de Jesus, e de início foi discípulo de João Batista até que aproximou-se do Cordeiro de Deus e com São João, começou a segui-lo, por isso André é reconhecido pela Liturgia como o "protocleto", ou seja, o primeiro chamado: "Primeiro a escutar o apelo, ao Mestre, Pedro conduzes; possamos ao céu chegar, guiados por tuas luzes!"
Santo André se expressa no Evangelho como "ponte do Salvador", porque é ele que se colocou entre seu irmão Simão Pedro e Jesus; entre o menino do milagre da multiplicação dos pães e Cristo; e, por fim, entre os gentios (gregos) e Jesus Cristo. Conta-nos a Tradição que depois do Batismo no Espírito Santo em Pentecostes, Santo André teria ido pregar o Evangelho na região dos mares Cáspio e Negro.
Apóstolo da coragem e alegria, Santo André foi fundador das igrejas na Acaia, onde testemunhou Jesus com o seu próprio sangue, já que foi martirizado numa cruz em forma de X, a qual recebeu do santo este elogio: "Salve Santa Cruz, tão desejada, tão amada. Tira-me do meio dos homens e entrega-me ao meu Mestre e Senhor, para que eu de ti receba o que por ti me salvou!"
Santo André Apóstolo, rogai por nós!

Superior Geral do IVE ao Brasil

Visita de Pe. Walker, Superior Geral do IVE ao Brasil

Na manhã do dia 16 de Setembro, por graça especial de Deus, chegou ao Brasil, em São Paulo, o Pe. Carlos Walker, Superior Geral do Instituto do Verbo Encarnado.

A recepção aconteceu no Seminário Maior Beato José de Anchieta, onde foi recebido com um café da manhã junto com todos os padres da província, irmãos, seminaristas e noviços.


Durante a semana o padre pregou Exercícios Espirituais de Santo Inácio aos sacerdotes de nossa Província. “Foi muito bom e frutuoso”, relatou o Pe. Oswaldo. O Pe. Maciel, reitor do Seminário Menor, também participou do retiro: “foi o fruto maior de sua vinda ao Brasil”, disse. Durante esta semana de silêncio os seminaristas menores estiveram rezando pelos sacerdotes.  



No sábado, dia 22, foi a vez do Seminário Menor receber a ilustre visita.

Após o almoço tocamos algumas músicas brasileiras e, encantado, o padre entusiasmou os jovens com perspectivas de um futuro promissor para a missão do Instituto no Brasil. Nós, também, tivemos a graça e a surpresa de ouvir Pe. Walker tocar uma música brasileira. “Estou enferrujado”, disse modestamente, e tomando um de nossos violões tocou uma música de Heitor Villa Lobos, um dos maiores compositores brasileiros no gênero clássico, ao estilo bossa nova. O Pe. Walker manifestou sua alegria ao ver no Instituto seminaristas e religiosos “100% brasileiros” e disse que esta província crescerá e dará muitos frutos à Santa Igreja.

No dia 23 de Setembro celebrou a Santa Missa no Seminário Maior junto a toda família religiosa. Após a Santa Missa tivemos uma palestra na qual Pe. Walker falou sobre a importância das constituições para uma congregação e para os membros do IVE, da fidelidade ao carisma do Instituto e depois respondeu a várias perguntas feitas pelos religiosos e religiosas.

Nos dias 23 e 24 de setembro foi a vez do Noviciado Santo Antônio de Sant’Anna Galvão receber a visita de Pe. Walker que com sua simplicidade e alegria conquistou e motivou todos os noviços a perseverarem em sua vocação. Foram dias muito ricos de testemunho de comunhão, fidelidade ao carisma do instituto e zelo missionário. Pe. Walker fez questão de visitar todos os ambientes do noviciado, se demonstrando muito feliz com tudo que viu.

Depois de visitar todas as casas de nossa província o padre se despediu agradecendo e animando os missionários de nossa Província de Nossa Senhora Aparecida.
        
         Nós agradecemos a Deus por estes dias de diálogo com nosso Superior Geral e rezamos para que a congregação no mundo inteiro cresça em união ao nosso genuíno carisma com o com Pe. Walker e com a Santa Igreja.

A paternidade responsável

Sede fecundos e multiplicai-vos

Pela sua própria natureza, a instituição matrimonial e o amor conjugal estão ordenados à procriação e à educação dos filhos, os quais constituem o ponto alto da sua missão e a sua coroa. Os filhos são, sem dúvida, o mais excelente dom do matrimônio e contribuem muitíssimo para o bem dos próprios pais. O mesmo Deus que disse: "não é bom que o homem esteja só" (Gn 2,18) e que "desde o princípio fez o homem varão e mulher" (Mt 19, 4), querendo comunicar-lhe uma participação especial na Sua obra criadora, abençoou o homem e a mulher dizendo: "Sede fecundos e multiplicai-vos" (Gn 1,28).
Por isso, o culto autêntico do amor conjugal e toda a vida familiar que dele nasce, sem pôr de lado os outros fins do matrimônio, tendem a que os esposos, com fortaleza de ânimo, estejam dispostos a colaborar com o amor do Criador e do Salvador, que, por meio deles, aumenta continuamente e enriquece a sua família» (Catecismo, 1652). Por isso, entre «os esposos que deste modo satisfazem a missão que Deus lhes confiou, devem ser especialmente lembrados aqueles que, de comum acordo e com prudência, aceitam com grandeza de ânimo educar uma prole numerosa» (Gaudium et Spes, 50).
O estereótipo da família, apresentada pela cultura atualmente dominante, opõe-se à família numerosa, justificado por razões econômicas, sociais, de saúde etc. Mas «o verdadeiro amor mútuo transcende a comunidade de marido e mulher e estende-se aos seus frutos naturais, os filhos. O egoísmo, pelo contrário, acaba por rebaixar esse amor à simples satisfação do instinto e destrói a relação que une pais e filhos. Dificilmente haverá quem se sinta bom filho – verdadeiro filho – de seus pais, se puder vir a pensar que veio ao mundo contra a vontade deles, que não nasceu de um amor limpo, mas de uma imprevisão ou de um erro de cálculo (…).
Vejo com clareza que os ataques às famílias numerosas provêm da falta de fé, são produto de um ambiente social incapaz de compreender a generosidade, um ambiente que tende a encobrir o egoísmo e certas práticas inconfessáveis com motivos aparentemente altruístas» (São Josemaria Escrivá, Temas Atuais do Cristianismo).
Assista também: "Matrimônio: Amor Sobrenatural", com padre José Augusto
Mesmo com uma atitude generosa face à paternidade, os esposos podem encontrar-se «em situações em que, pelo menos temporariamente, não lhes é possível aumentar o número de filhos» (Gaudium et Spes, 51). «Se existem motivos sérios para distanciar os nascimentos, que derivem ou das condições físicas ou psicológicas dos cônjuges, ou de circunstâncias exteriores, a Igreja ensina que então é lícito ter em conta os ritmos naturais imanentes às funções geradoras, para usar do matrimônio só nos períodos infecundos e, deste modo, regular a natalidade» (Paulo VI, Enc. Humanae Vitae, 16).
É intrinsecamente má «toda a ação que, ou em previsão do ato conjugal, ou durante a sua realização, ou também durante o desenvolvimento das suas consequências naturais, se proponha, como fim ou como meio, tornar impossível a procriação» (Paulo VI, Enc. Humanae Vitae, 16).
Mesmo que se procure atrasar uma nova concepção, o valor moral do ato conjugal realizado no período infecundo da mulher é diferente do efetuado com o recurso a um meio contraceptivo. «O ato conjugal, ao mesmo tempo que une profundamente os esposos, torna-os aptos para a geração de novas vidas, segundo leis inscritas no próprio ser do homem e da mulher. Salvaguardando estes dois aspectos essenciais, unitivo e procriador, o ato conjugal conserva integralmente o sentido de amor mútuo e verdadeiro e a sua ordenação para a altíssima vocação do homem para a paternidade» (Paulo VI, Enc. Humanae Vitae, 12).
Mediante o recurso à contracepção, exclui-se o significado procriativo do ato conjugal; o uso do matrimônio nos períodos infecundos da mulher respeita a inseparável conexão dos significados unitivos e procriativos da sexualidade humana. No primeiro caso, comete-se um ato positivo para impedir a procriação, eliminando do ato conjugal a sua potencialidade própria em ordem à procriação; no segundo, só se omite o uso do matrimônio nos períodos fecundos da mulher, o que por si não lesa nenhum outro ato conjugal da sua capacidade procriadora no momento da sua realização (João Paulo II, Familiaris Consortio, 32).
Assim, a paternidade responsável, tal como a proclama a Igreja, não admite de nenhum modo a mentalidade contraceptiva; antes pelo contrário, responde a determinada situação provocada por circunstâncias pontuais, que em si não se desejam, mas suportam-se, e que podem contribuir, com a ajuda da oração, por unir mais os cônjuges e toda a família.
Rafael Díaz
http://www.opusdei.org.br

Escolhido local da Vigília com o Papa na JMJ Rio2013


Bento XVI virá ao Brasil para a Jornada Mundial da Juventude em julho de 2013 no Rio de Janeiro
Guaratiba, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, foi o local escolhido para a Vigília e a Missa de encerramento da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que irá acontecer de 23 a 28 de julho de 2013, na capital carioca.
O anúncio foi feito pelo prefeito da cidade, Eduardo Paes, e pelo Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, na manhã desta quarta-feira, 28, durante o II Encontro Preparatório para a Jornada Mundial da Juventude Rio2013.
A informação foi divulgada no site oficial da JMJ e será anunciada durante coletiva de imprensa, que conta com a presença do presidente do Pontifício Conselho para os Leigos, Cardeal Stanislaw Rylko, do Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, que também é presidente do Comitê Organizador Local (COL) e do coordenador geral da JMJ, monsenhor Joel Amado.
Até então, a Vigília e a Missa de encerramento da JMJ aconteceriam na Base Aérea Santa Cruz. A mudança foi cogitada após a visita do responsável pelas viagens do Papa Bento XVI, Alberto Gasbarri, aos locais da JMJ, em outubro deste ano.
A Praia de Copacabana permanece como um dos locais dos principais eventos da JMJ, acolhendo a abertura da JMJ 2013, a recepção ao Papa e a Via-Sacra com o jovens.
O II Encontro Preparatório para a JMJ Rio2013 termina nesta quinta-feira, 29. O evento reúne no Rio de Janeiro, desde domingo, 25, cerca de 200 delegados ligados às Conferências Episcopais, Movimentos e Novas Comunidades, vindos de 75 países.

UM SANTO PARA CADA DIA



São Francisco Antônio Fasani

O santo de hoje nasceu em Lucera (Itália), a 6 de agosto de 1681, e lá morreu a 29 de novembro de 1742. Foi beatificado no dia 15 de abril de 1951 e canonizado a 13 de abril de 1986 pelo Papa João Paulo II. Fez os estudos no convento dos Frades Menores Conventuais. Sentindo o chamamento divino, ingressou no noviciado da mesma Ordem. Fez a profissão em 1696 e a 19 de setembro de 1705 recebeu a Ordenação Sacerdotal. Doutorou-se em Teologia e tornou-se exímio pregador e diretor de almas. Exerceu os cargos de Superior do convento de Lucera e de Ministro Provincial.
"Ele fez do amor, que nos foi ensinado por Cristo, o parâmetro fundamental da sua existência. O critério basilar do seu pensamento e da sua ação. O vértice supremo das suas aspirações", afirmou o Papa João Paulo II a respeito de São Fasani.
São Fasani apresenta-se-nos de modo especial como modelo perfeito de Sacerdote e Pastor de almas. Por mais de 35 anos, no início do século XVIII, São Francisco Fasani dedicou-se, em Lucera, e também nos territórios ao redor, às mais diversificadas formas de ministério e do apostolado sacerdotal.
Verdadeiro amigo do seu povo, ele foi para todos irmão e pai, eminente mestre de vida, por todos procurado como conselheiro iluminado e prudente, guia sábio e seguro nos caminhos do Espírito, defensor dos humildes e dos pobres. Disto é testemunho o reverente e afetuoso título com que o saudaram os seus contemporâneos e que ainda hoje é familiar ao povo de Lucera: ele, outrora como hoje, é sempre para eles o "Pai Mestre".
Como Religioso, foi um verdadeiro "ministro" no sentido franciscano, ou seja, o servo de todos os frades: caridoso e compreensivo, mas santamente exigente quanto à observância da Regra, e de modo particular em relação à prática da pobreza, dando ele mesmo incensurável exemplo de regular observância e de austeridade de vida.
São Francisco Antônio Fasani, rogai por nós!
Pobreza moral, espiritual e material: por quê? Ouça o nosso especial


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Cidade do Vaticano (RV) - De um lado, a pobreza escolhida e proposta por Jesus; de outro, a pobreza a ser combatida para tornar o mundo mais justo e solidário.

Na homilia na Missa na Solenidade de Maria Mãe de Deus, em 1º de janeiro de 2009, Bento XVI fazia a distinção entre essas duas pobrezas, uma positiva, a de Jesus, e a outra negativa, a do homem.

Deus escolheu a pobreza de Jesus. Quis nascer assim mas poderíamos acrescentar imediatamente: quis viver, e também morrer assim. Dizia o Apóstolo S. Paulo, "Não se trata de vos pordes em dificuldade para aliviar os outros, mas que haja igualdade" (8, 13).

O segundo aspecto é o da indigência do homem, que Deus não quer e que deve ser "combatida"; uma pobreza que impede que as pessoas e as famílias vivam segundo a sua dignidade; uma pobreza que ofende a justiça e a igualdade e que, como tal, ameaça a convivência pacífica.

Neste sentido negativo, inserem-se também as formas de pobreza não material que se encontram até nas sociedades ricas e progredidas: marginalização, miséria relacional, moral e espiritual.

E são justamente a esses aspectos que dedicamos os próximos minutos deste especial sobre a pobreza, suas causas e consequências.

Começamos com o teólogo Paulo Suess, que faz sua reflexão sobre os pobres no espírito e como essa pobreza se manifesta no Brasil:

Para o Secretário-Executivo da Comissão Brasileira de Justiça e Paz, Professor Pedro Gontijo outro mal que acomete o Brasil é a pobreza moral, que se manifesta individualmente, nas comunidades, nas empresas e também na política.

Já o Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Justiça, Caridade e Paz, Dom Guilherme Werlang, considera uma incongruência que um país tão rico de recursos naturais, como o Brasil, tenha um número tão elevado de pobres.
(BF/CM)

Duc in altum - Navega Mar a Dentro


5. Conclusão

Por tudo isso se deve concluir que a magnanimidade é a medida normal” da santidade. Se se quer ser verdadeiramente virtuoso há que ser magnânimo. Estando embarcado em uma empresa que por sua mesma essência, é algo sobre-humano, encara-la ao meio é loucura. Por isso se pode resumir o que foi dito nos versos do poeta(44):

Pois todo aquele que vive sem loucura
É menos cuerdo que o que ele pensa
E pois princesa prometida imensamente
É melhor do que escrava bem segura

Pois a chaga de amor nunca se cura
Senão mais honda fazendo-la e extensa
Como a renuncia da recompensa
E o tomar por presença a figura.

A fuer de dom Inácio e São Quixote
Deixando o velho pássaro na mão
Escolhi os cem pássaros em vôo

E se me pode ver ao estricote
Pisoteando o grão da terra
Que é minha maneira de olhar o céu.