O verdadeiro sentido do Natal para os católicos


No presépio havia ovelhas e bodes, porque Deus veio salvar os bons e os pecadores.

E a Virgem envolveu o menino em panos.

Fez isso, é claro, porque o pequeno tinha frio, e por pudor.

Mas simbolicamente porque aquele Menino - que era o Verbo de Deus feito homem—, que era a palavra de Deus humanada, tinha que ser envolta em panos, pois que a palavra de Deus, na Sagrada Escritura, aparece envolta em mistério, pois não convém que a palavra de Deus seja profanada. Daí estar escrito: “A glória de Deus consiste em encobrir a palavra; e a glória dos reis está em investigar o discurso” (Prov, XXV, 2).

E “Um Menino nasceu para nós, um filho nos foi dado, e o império foi posto sobre os seus ombros, e seu nome será maravilhoso, Deus Poderoso, Conselheiro, o Deus eterno, o Príncipe da Paz” (Is. IX, 5).

Porque todos os homens, em Adão, haviam adquirido uma dívida infinita para com Deus, já que toda culpa gera dívida conforme a pessoa ofendida. E a ofensa de Adão a Deus produzira dívida infinita, que nenhum homem poderia pagar, pois todo mérito humano é finito. Só Deus tem mérito infinito. Portanto, desde Adão, nenhum homem poderia salvar-se. Todos nasceriam, viveriam e iriam para o inferno. E a humanidade jazia então nas sombras da morte.
Mas porque Deus misericordiosamente se fez homem, no seio de Maria, era um Homem que pagaria a dívida dos homens, porque esse Menino, sendo Deus, teria mérito infinito, podendo pagar a dívida do homem. Por isso, quando Ele morreu por nós, foi condenado por Pilatos, representando o maior poder humano — o Império — que O apresentou no tribunal dizendo: “Eis o Homem”.  (Jo XIX, 5)

Ele era O Homem.

Era um homem que pagava os pecados dos homens assumindo a nossa natureza e nossas culpas, mas sem o pecado. Era Deus-Menino sofrendo frio e fome por nossos confortos ilícitos e nossa gula, na pobreza e no desprezo, por nossa ambição e nosso orgulho.

E os pastores e os Reis O encontraram com Maria sua Mãe, para mostrar que só encontra a Cristo quem O busca com sua Mãe.

E para demonstrar que diante de Jesus, ainda que Menino, todo poder deve dobrar o joelho.

E os pastores levaram ao Deus Menino suas melhores ovelhas, e seus melhores cabritos, enquanto os Reis Lhe levaram mirra, incenso e ouro. A mirra da penitência. O incenso da adoração. O ouro do poder.

Tudo é de Cristo.

Todos, levando esses dons, reconheciam que Ele era Deus, o Senhor de todas as coisas, Ele que dá todas as ovelhas e cabras aos pastores. Ele que dá aos Reis o poder e o ouro.

Deus é o Supremo Senhor de todas as coisas. Ele é o Soberano Absoluto a quem devemos tudo. E para reconhecer que Ele é a fonte de todos os bens que temos é que devemos levar-Lhe em oferta o melhor do que temos.

JMJRio2013 é destaque em coletiva no Vaticano



RealAudioMP3 Cidade do Vaticano (RV) – Uma América unida: com este auspício, se realizará no Vaticano, de 9 a 12 de dezembro, o Congresso Internacional “Ecclesia in America”, 15 anos depois da Exortação Apostólica pós-sinodal de João Paulo II.

Na coletiva de imprensa realizada esta terça-feira, na Sala de Imprensa da Santa Sé, estavam presentes o Presidente da Pontifícia Comissão para a América Latina (CAL), Card. Marc Ouellet, o Secretário da CAL, Prof. Guzmán Carriquiry Lecour e o Cavaleiro Supremo dos Cavaleiros de Colombo, Dr. Carl Anderson.

Para o Cardeal Ouellet, este Congresso é o símbolo daquilo que a América deveria ser: um único continente, um único patrimônio e um testemunho comum de fé. Estará diretamente relacionado com dois grandes eventos da catolicidade: o Ano da Fé e o recente Sínodo dos Bispos sobre a Nova Evangelização.

Passados quinze anos, afirma o Cardeal, as Igrejas no norte, no centro e no sul do continente desenvolveram problemas e desafios comuns: migração, narcotráfico, consumo de drogas e aumento da violência, principalmente entre os jovens. Pobreza e indigência ainda fazem parte da América.

Para enfrentar esses problemas, Card. Ouellet aposta sentido de comunhão, um sentido de pertença à Igreja, criando redes de amizade em todo o continente.

Já o Professor Carriquiry destacou a originalidade desse Congresso, que não fica restrito a palestras e conferências. Mas alterna momentos acadêmicos, de reflexão teológica-pastoral, com trabalhos de grupo, celebrações litúrgicas e expressões de devoção.

“O Congresso enfrentará questões reais, do ponto de vista da Igreja. Não se trata de um evento político, mas temas como corrupção, drogas, corrida armamentista e a situação dos índios e dos afro-americanos estarão presentes nos debates.”

O Programa Brasileiro estava na coletiva e perguntou ao Prof. Carriquiry se este Congresso se insere também em vista da visita de Bento XVI ao Rio de Janeiro, em 2013, para a Jornada Mundial da Juventude:

“Há um grupo de trabalho que se concentrará sobre o problema das novas gerações, dos jovens no continente americano. Mas mais do que isso, insistimos muito com o Arcebispado do Rio de Janeiro sobre sua presença neste Congresso, porque este evento dará a possibilidade de encontrar muitos bispos canadenses, dos EUA e de outros países da América Latina, sobretudo os norte-americanos, que algumas vezes manifestam certo receio por causa daquilo que entreveem como situação de violência no Brasil. Estou absolutamente convencido de que o governo do Estado do Rio de Janeiro e o governo brasileiro, como já foi dito, garantirão a segurança durante toda a realização da JMJ. Portanto, esperamos uma grandíssima participação dos jovens, do sul, do centro e do norte da América no Rio de Janeiro. É uma ocasião providencial para todo o continente, para a América Latina de modo especial. Aguardamos a JMJ como um evento de importância capital, inclusive dentro do Ano da Fé e da transmissão da fé às novas gerações. O Arcebispo do Rio não estará presente, porque está se dedicando totalmente à organização da JMJ, mas envia um Bispo Auxiliar para poder compartilhar com todos os participantes os passos preparatórios e esperanças que a Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro está suscitando.”

O Congresso Internacional ‘Ecclesia in America” é organizado pela Pontifícia Comissão pela América para a América Latina, pelos Cavaleiros de Colombo, com a colaboração do Instituto Superior dos Estudos Guadalupanos.
(BF)

Papa preside Missa do Galo. Confira programação de Natal



Cidade do Vaticano (RV) – Na noite desta segunda-feira, 24 de dezembro, o Papa Bento XVI preside a tradicional Missa do Galo na Basílica de S. Pedro.

A Celebração Eucarística será transmitida pela Rádio Vaticano, com comentários em português, a partir das 21h50 horário de Roma (18h50 – horário de Brasília).

A partir desta segunda, começa uma programação intensa para o Santo Padre. No dia de Natal, às 11h50 (08h50 – horário Brasília), há a Benção Urbi et Orbi, seguida das saudações do Pontífice em várias de línguas da sacada principal da Basílica de São Pedro.

Quarta-feira, 26, dia de Santo Estevão protomártir, o Papa reza o Angelus com fiéis e peregrinos na Praça S. Pedro. Sintonize-se com a Rádio Vaticano a partir das 11h50 de Roma, 08h50 no horário de Brasília.

(BF)

Na vigília de Natal, inauguração do Presépio na Praça S. Pedro



Cidade do Vaticano (RV) – Nesta vigília de Natal haverá a inauguração do presépio na Praça S. Pedro.

No final da cerimônia, o Santo Padre acenderá a “chama da Paz”, posicionada na janela do seu escritório pessoal.

Este ano, o Presépio, montado aos pés do obelisco no centro da Praça, foi doado pela região Basilicata, sul da Itália. É obra do artista Francesco Artese, considerado um dos mais importantes representantes da escola presepista do país.

A ambientação reproduz os famosos ‘sassi’ de Matera, casas escavadas na rocha que formam a cidade velha e que são desde 1993 patrimônio da humanidade declarado pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura).

Dentro do cenário, são reconhecíveis as igrejas de Santo Antônio e São Nicolau dos Gregos. No topo, entre a miríade de telhados ergue-se o campanário de São Pietro Barisano.

O ambiente humano é o da antiga civilização da Basilicata, baseada em profissões antigas transmitidas de pai para filho. As imagens de barro são vestidas com roupas costuradas à mão e inspiradas nos trajes dos camponeses daquele tempo.

(BF)

Bento XVI: Neste Natal imitemos a Virgem Maria


O Papa Bento XVI indultou a seu ex-mordomo Paolo Gabriele, condenado a 18 meses de reclusão em outubro deste ano por filtrar documentos da Santa Sé, revelou o Vaticano neste sábado 22 de dezembro.
O Pontífice visitou Gabriele pessoalmente na prisão do Vaticano onde cumpre sua pena para comunicar-lhe pessoalmente o indulto. Posteriormente, Gabriele foi posto em liberdade e se reencontrou com sua família.
O Pontífice também indultou o programador de informática condenado por cumplicidade no caso de filtração, Claudio Sciarpelletti.
Em suas palavras prévias à oração do Angelus dominical na Praça de São Pedro, o Papa Bento XVI exortou os milhares de fiéis presentes na ocasião a Imitarem a Virgem Maria neste m Natal, e refletiu sobre a visita de Nossa Senhora a sua parenta Isabel.
O Santo Padre pediu que “imitemos Maria no tempo de Natal, visitando quantos vivem em situações de precariedade, em particular os doentes, os presos, os idosos e as crianças. E imitemos também Isabel, que acolhe o hóspede como o próprio Deus. Sem O desejarmos, nunca O conheceremos; sem aguardá-Lo, não O encontraremos; sem O procurar, não O encontraremos”.
“Com a mesma alegria de Maria que vai às pressas à casa de Isabel, também nós vamos ao encontro do Senhor que vem. Oremos para que todos os homens procurem Deus, descobrindo que é Ele mesmo quem primeiro deve visitar-nos”.
O Papa assinalou que o episódio da visitação, narrado no Evangelho do dia, “não representa somente um gesto de cortesia, mas descreve com grande simplicidade o encontro do Antigo com o Novo Testamento”.
“As duas mulheres, as duas grávidas, encarnam com efeito a espera e o Esperado. A anciã Isabel simboliza o Israel que espera o Mesías, enquanto a jovem Maria leva consigo o cumprimento de tal espera, para o bem toda a humanidade”.
O Santo Padre sublinhou que “nas duas mulheres se encontram e reconhecem sobre tudo os frutos de seus ventres, João e Cristo”.
“A Exultação de João no ventre de Isabel é o sinal do cumprimento da espera: Deus está prestes a visitar seu povo”.
Bento XVI recordou que já “na Anunciação, o arcanjo Gabriel tinha falado a Maria da gravidez da Isabel como prova da potência de Deus: a esterilidade, apesar da idade avançada, transformou-se em fertilidade”.
Isabel, assinalou o Papa, ao acolher Maria “reconhece que a promessa de Deus à humanidade está sendo realizada e exclamou: ‘És bendita entre todas as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre! Quem sou eu, para que a mãe de meu Senhor venha a visitar-me?’”.
“A expressão 'bendita és tu entre as mulheres' é referida no Antigo Testamento a Jael e Judite, duas mulheres guerreiras que intervêm para salvar Israel. Agora é dirigida a Maria, jovenzinha pacífica que está para gerar o Salvador do mundo”.
O Papa indicou que a alegria de João no ventre “recorda a dança que o rei David fez quando acompanhou o ingresso do Arca da Aliança em Jerusalém”.
“A Arca, que continha as tábuas da Lei, o maná e o cetro de Arão, era o sinal da presença de Deus no meio do seu povo. João que vai nascer exulta de alegria diante de Maria, Arca da nova Aliança, que leva no seio Jesus, o Filho de Deus feito homem”. O Santo Padre enfatizou que a cena da Visitação expressa também a beleza do gesto de acolher. Onde há acolhimento recíproco, escuta, o dar espaço ao outro, disse o Papa, aí está Deus e a alegria que d’Ele vem.
“A Maria, Arca da Nova e Eterna Aliança, confiamos nosso coração, para que o faça digno de acolher a visita de Deus no mistério do seu Natal”, concluiu.

Virtudes heroicas de Paulo VI são reconhecidas pelo Vaticano


Papa Paulo VI, que ficou à frente da Igreja Católica por 15 anos.
O papa Bento XVI autorizou, na última quinta-feira, 20 de dezembro, a Congregação das Causas dos Santos a promulgar os Decretos concernentes a numerosos novos Santos, entre os quais, Antônio Primaldo e companheiros, mais de 800, assassinados por ódio à fé durante o assédio turco de Otranto – sul da Itália – em 1480; concernentes também a 40 novos Beatos, entre os quais muitos mártires durante a guerra civil espanhola; e também concernentes a 10 novos Veneráveis, entre os quais o Papa Paulo VI, de quem foram reconhecidas as virtudes heroicas.
O papa Paulo VI ficou à frente da Igreja Católica por 15 anos, entre os anos de 1963 e 1978. Um decreto assinado pelo Sumo Sacerdote tornou Paulo VI “venerável”, primeiro dos três passos que levam à canonização.
Giovanni Battista Enrico Antônio Maria Montini, nome de batismo de Paulo VI, nasceu em 1897, na cidade de Concésio, na Itália. Ele foi responsável por dar continuidade ao Concílio do Vaticano II, após o falecimento do papa João XXIII.
Paulo VI é lembrado pelas viagens que fez ao redor do mundo — visitou Jerusalém, Índia, Colômbia, Uganda, entre outros países — e por sua busca por um diálogo sem precedentes com outras nações e religiões.
“Paulo VI teve um papel muito importante para a Igreja. Foi um dos primeiros a viajar para fora da Itália e entendeu a necessidade de mudanças para que a Igreja voltasse a atrair os mais pobres e necessitados”, atesta dom Leonardo Ulrich Steiner, bispo auxiliar da arquidiocese de Brasília (DF).
Milagre
A principal causa defendida para a beatificação é a cura de um feto diagnosticado com problemas cerebrais irreversíveis na Califórnia, Estados Unidos. Aconselhada a abortar, a mãe escolheu manter a gravidez e rezar para Paulo VI. Saudável, o menino completou 16 anos.
A beatificação inclui Paulo VI em uma longa lista papas que tiveram um ato reconhecido pelo Vaticano como milagre. A canonização, ou cerimônia que torna um venerável santo, é atribuída após o reconhecimento de ao menos dois milagres. Em maio de 2011, o papa João Paulo II foi beatificado em tempo recorde numa cerimônia que reuniu cerca de 1 milhão de pessoas na Praça São Pedro. Junto com João XXII e Pio IX, ele faz parte do grupo de três papas beatificados desde os anos 2000

UM SANTO PARA CADA DIA



São Charbel Makhlouf

São Charbel Makhlouf nasceu a 8 de maio de 1828, em BiqáKafra, aldeia montanhosa do norte, ao pé dos cedros do Líbano. Seu nome de batismo: José Zaroun Makhlouf. Com 23 anos ele toma o nome de Charbel em memória do mártir do século segundo, foge de casa e refugia-se no mosteiro de Nossa Senhora de Mayfoug, da Ordem libanesa maronita. Um ano depois, transfere-se para o mosteiro de S. Maron de Annayam, da província de Jbail, verdadeiro oásis de oração e fé, a 1300 metros de altitude. Depois de seis anos de estudos teológicos, em Klifan, é ordenado sacerdote. Exerce, então, com muita edificação, as funções do seu ministério sagrado, juntamente com toda a sorte de trabalhos manuais. Após dezesseis anos de vida ascética, Charbel obtém autorização, em 1875, para se retirar ao eremitério dos Santos Pedro e Paulo, de Annaya. Durante 23 anos (1875-1898), S. Charbel entrega-se com todas as forças da alma, à busca de Deus, na bem-aventurada e total solidão. Deus recompensa o seu fiel servidor, dando-lhe o dom de operar milagres, já em vida: afirma-se que os realizou não somente com cristãos, mas, também, com muitos muçulmanos.
No dia 16 de dezembro de 1898, em Annaya, enquanto celebrava a Santa Missa, sofreu um ataque de apoplexia; levou-o à morte, no dia 24, Vigília da Festa de Natal. Tinha 70 anos de idade.
Com o seu próprio punho, Pio XII assinou o decreto que dava início ao processo de beatificação do Padre Charbel, dizendo expressamente: "O Padre Charbel já gozava, em vida, sem o querer, da honra de o chamarem santo, pois a sua existência era verdadeiramente santificada por sacrifícios, jejuns e abstinências. Foi vida digna de ser chamada cristã e, portanto, santa. Agora, após a sua morte, ocorre este extraordinário sinal deixado por Deus: seu corpo transpira sangue, sempre que se lhe toca, e todos os que, doentes, tocarem com um pedaço de pano suas vestes constantemente úmidas de sangue, alcançam alívio em suas doenças e não poucos até se veem curados. Glória ao Pai que coroou os combates dos santos. Glória ao Filho que deixou esse poder em suas relíquias. Glória ao Espírito Santo que repousa, com suas luzes, sobre seus restos mortais para fazer nascer consolações em todas as espécies de tristezas".
No segundo domingo de outubro de 1977, dia 9, o Santo Padre Paulo VI canonizou solenemente, na Basílica de São Pedro, em Roma, o bem-aventurado Charbel Makhlouf, monge eremita libanês. Foi a primeira canonização, realizada pelo Papa, de um membro da Igreja do Rito Oriental, desde que o Vaticano traçara, há quatro séculos, nova orientação para as canonizações. Antes da canonização atual, os santos maronitas eram proclamados pelo Patriarca da Igreja maronita.
São Charbel Makhlouf, rogai por nós!

O verdadeiro sentido do Natal para os católicos


O verdadeiro sentido do Natal para os católicos



E por que profetizou Isaías sobre o boi e o burro no presépio?

Que significam o boi e o burro?

O boi era o animal usado então, para puxar o arado na lavoura da terra.

Terra é o homem. Adão foi feito de terra. Trabalhar a terra é símbolo de santificar o homem. Ora, os judeus tinham sido chamados por Deus para ser o sal da terra e a luz do mundo, isto é, para dar vida (sal) espiritual, santidade, aos homens, e ensinar-lhes a verdade (luz).

O boi era então símbolo do judeu.

O burro, animal que simboliza falta de sabedoria, era o símbolo do povo gentio, dos pagãos, homens sem sabedoria.

Mas Deus veio salvar objetivamente a todos os homens, judeus e pagãos. Por isso, no presépio de Cristo, deviam estar o boi (o judeu) e o burro (o pagão).

Foi também por isso que Jesus subiu ao Templo montado num burrico que jamais havia sido montado, isto é, um povo pagão que não fora sujeito ao domínio de Deus. E os judeus não gostaram que o burro fosse levado ao Templo, isto é, que Cristo pretendesse levar também os pagãos à casa de Deus, à religião verdadeira. Por isso foi escrito: “mas Israel não me conheceu e o meu povo não teve inteligência”.

Como também o povo católico, hoje, já não tem inteligência para compreender o Natal, pois “coisas espantosas e estranhas se tem feito nesta terra: os profetas profetizaram a mentira, e os sacerdotes do Senhor os aplaudiram com as suas mãos. E o meu povo amou essas coisas. Que castigo não virá, pois, sobre essa gente, no fim disso tudo?” (Jer. V, 30-31).

Pois se chegou a clamar: “Glória ao Homem, já rei da Terra e agora príncipe do céu”, só porque o homem fora até a Lua num foguete, única maneira do homem da modernidade subir ao céu.

No Natal de Cristo, tudo mostra como Ele era Deus e homem ao mesmo tempo.

Como já lembramos, Ele nasceu de uma mulher, para provar que era homem como nós. Nasceu de uma Virgem, para provar que era Deus.

Como um bebê, Ele era incapaz de andar e de se mover sozinho. Como Deus, Ele movia as estrelas.

Como criança recém nascida era incapaz de falar. Como Deus fazia os anjos cantarem.

Ele veio salvar objetivamente a todos, mas nem todos o aceitaram. E Herodes quis matá-lo.

Ele chamou para junto de si, no presépio, os pastores e os Reis, para condenar a Teologia da Libertação e os demagogos pauperistas que pregam que Cristo nasceu como que exclusivamente para os pobres. É falso!

Assim como o sol brilha para todos, Deus quis salvar a todos sem acepção de pessoa. Por isso chamou os humildes e os poderosos junto à manjedoura de Belém.

Mas, dirá um seguidor do bizarro frei Betto ou do ex frei Boff, que nada compreendem do Evangelho pois o leem com os óculos heréticos e assassinos de Fidel e de Marx, sendo “cegos ao meio dia” (Deut. XXVIII, 29): Deus tratou melhor os pastores pobres, pois lhes mandou um anjo, do que os reis poderosos, exploradores do povo, aos quais chamou só por meio de uma estrela. É verdade!!!

Deus tratou melhor aos pastores. Mas não porque eram pastores, e sim porque eram judeus. Sendo judeus, por terem a Fé verdadeira, então, mandou-lhes um sinal espiritual. Aos reis magos, porque pertenciam a um povo sem a religião verdadeira, mandou-lhes um sinal material: a estrela.


Nossa Senhora 'brasileira' na Basílica de São Pedro



Cidade do Vaticano (RV) – O Altar da Confissão, na Basílica de São Pedro, abriga a imagem ‘brasileira’ de Nossa Senhora com o Menino Jesus, ressaltando a união entre a Virgem e o mistério de Cristo.

A estátua, que pertence aos Museus do Vaticano, é um presente feito pelo Presidente João Goulart a Paulo VI quando este foi eleito como Papa, em 1963.

A obra é um exemplar de escola brasileira do século XVIII, representa Nossa Senhora de Montserrat e é banhada em ouro, com a policromia original da época.

Segundo nota do escritório de celebrações litúrgicas, assinada pelo Mestre Mons. Guido Marini, a partir de 1º de janeiro, será também colocada junto ao Altar outra imagem, representando o Menino, realizada por artesãos de Belém, na Terra Santa. Esta é uma cópia da efígie exposta todo ano no lugar do nascimento de Jesus, na Basílica da Natividade. (CM)



Família e verdade



Cidade do Vaticano (RV) - O editorial do Diretor-Geral da Rádio Vaticano desta semana é referido ao discurso de fim de ano feito pelo Papa nesta sexta-feira aos seus colaboradores da Cúria Romana.

Padre Federico Lombardi inicia dizendo que o encontro para os votos de Natal da Cúria Romana é sempre muito pessoal e cuidadosamente estudado pelo Santo Padre. É uma reflexão sobre o ano que passou, mas também um aprofundamento de temas que Bento XVI considera mais urgentes e atuais.

São coisas sobre as quais ele sente o dever de manifestar o seu pensamento, indo aos fundamentos com a clareza e a coragem que o caracterizam: é o seu dever em relação à Igreja e à humanidade, mesmo que isso possa suscitar resistências ou reações negativas. Dois temas foram escolhidos este ano: família e dualidade do homem e da mulher; e diálogo e anúncio da fé.

Pe. Lombardi afirma que “em relação à família, o Papa não entra nas discussões sobre a legislação e os matrimônios homossexuais, e também não retoma as inesquecíveis palavras de proximidade aos casais em dificuldade, pronunciadas Semana da Família de Milão, mas reafirma que hoje em dia, está em jogo a questão "quem é o homem".

A dualidade do homem e da mulher é essencial para o ser humano. Dela nascem as relações fundamentais entre pai, mãe e filhos. A dualidade está inscrita na natureza da pessoa, nos desígnios de Deus criador. Negá-la é contrário à verdade, e afirmar que é a própria pessoa humana a determinar a sua identidade é um passo destrutivo, que abre caminho à manipulação arbitrária da natureza, com consequências gravíssimas para a dignidade do homem; a começar pela dignidade dos filhos, considerados como objeto de um direito e já não como sujeitos de direitos.

Na "luta pela família", enfim, está em jogo a própria pessoa humana. O Papa faz ampla referência a quanto foi escrito pelo Grão Rabino de França, demonstrando que a posição da Igreja não é estritamente confessional, mas sim da razão, partilhada na grande tradição judaico-cristã.

Também o segundo tema aprofundado pelo Papa provocará discussão. É atualíssimo e não é separado do primeiro: o cristão entra na relação de diálogo como portador da grande experiência da humanidade lida à luz da fé, sentindo-se responsável pelos valores mais preciosos e duradouros para além das soluções puramente pragmáticas. E entra em diálogo com a confiança de que a busca da verdade nunca porá em causa a sua identidade cristã. Porque a verdade não é orgulhosamente possuída por nós, mas nos chama e nos guia, como Cristo que nos acompanha pela mão.

Também este é um voto de Natal. Profundo, exigente, atual.
(CM-JMP)

UM SANTO PARA CADA DIA

Santa Francisca Xavier Cabrini, religiosa, fundadora, +1917



Francisca Cabrini nasceu em 1850, última de uma família de 13 filhos. Ela olhou para o fenómeno da emigração não com os olhos do político ou do sociólogo, mas com os olhos humaníssimos de mulher, de cristã, merecendo o título de mãe dos emigrantes.

Órfã de pai e mãe, Francisca teria desejado fechar-se logo no convento, mas não foi aceita por causa da precariedade de sua saúde. Aceitou então o encargo de atender a um orfanato, que lhe confiou o pároco de Codogno. A jovem, que tinha terminado há pouco o curso de professora de ensino primário, fez muito mais:

incitou algumas companheiras a unirem-se a ela, constituindo um primeiro núcleo das irmãs missionárias do Sagrado Coração, colocadas sob a proteção de um intrépido missionário, São Francisco Xavier, de quem ela mesma, pronunciando os votos, assumiu o nome. Como o santo jesuíta, gostaria de ter partido para a China, mas quando teve conhecimento do drama de milhares e milhares de italianos emigrantes, descarregados do porão dos navios no porto de Nova Iorque, privados da mínima assistência material e espiritual, Francisca Cabrini não hesitou mais.



Logo na primeira das suas vinte e quatro travessias do oceano, também ela partilhou os dissabores e as incertezas de seus compatriotas; mas é extraordinária a coragem com que enfrentou a imensa metrópole norte-americana e soube estabelecer o ponto de encontro dos emigrantes, construindo casas, escolas e um grande hospital em Nova Iorque, depois em Chicago, em seguida na Califórnia e irradiar enfim a sua obra em toda a América, até a Argentina.

A quem se mostrava admirado com ela por tantas obras, a madre Cabrini respondia com sincera humildade: "Por acaso não foi o Senhor quem fez todas essas obras?" Traduzidas em números estas obras são nada menos que trinta fundações em oito nações diferentes. A morte colheu-a de improviso, após uma das inúmeras viagens, em Chicago, em 1917. Seu corpo foi levado triunfalmente para Nova Iorque, para a igreja anexa ao Colégio Madre Cabrini, para que ficasse perto dos emigrantes.

O verdadeiro sentido do Natal para os católicos


O verdadeiro sentido do Natal para os católicos

O verdadeiro Natal nunca muda, pois não muda também a compreensão do que é o Natal na alma dos católicos de verdade.

Nessas almas, mais do que o consumismo estúpido, mais do que a vermelha figura do Papai Noel, em seu trenó deslizante no verão brasileiro, mais do que a maçante Gingle Bells, exaustivamente tocada nas lojas com descartáveis produtos coloridos, ressoa o hino cantado pelos anjos “Glória in excelsis Deo”.

Ressoam as puras notas do “Puer natus est nobis, et filium nobis est datum”. Porque, para nós que “habitávamos nas sombras da morte, para nós brilhou uma grande luz”.

Que se entende, hoje, que é um “Feliz natal, para você” ? No máximo da inocência, um rega-bofe em família, com presentinhos, beijinhos e indigestão.

E quando o Natal não é tão inocente...

Quando o Natal não é tão inocente se realiza o canto pagão e naturalista; “Adeus ano velho. Feliz ano novo. Muito dinheiro no bolso. Saúde para dar e vender”.

Eis a felicidade pagã: dinheiro, saúde, prazer.

Sem Deus. Sem Redenção. Sem alma. Que triste Natal esse!

Que infeliz e decrépito ano novo, tão igual aos velhos anos do paganismo!

Será que o povo que habitava nas sombras da morte já não vê a grande luz que brilhou para ele em Belém?

Até a luz do Natal está ofuscada. E quão poucos compreendem essa luz!

No presépio se conta tudo.

Tudo está lá bem resumido. Mas o povo olha as pequenas figuras e não compreende o que significa que um Menino nos foi dado, que um Filho nasceu para nós.

No presépio se vê um Menino numa manjedoura, entre um boi e um burro...

A Virgem Maria, Mãe de Deus adorando seu Filhinho que é o Verbo de Deus encarnado, envolto em panos. São José, contemplando o Deus Menino tiritante de frio, à luz de uma tosca lanterna.

Um anjo esvoaçante sobre a cabana rústica. Uma estrela. Pastores com suas ovelhas, cabras e bodes. Um galo que canta na noite. Os Reis que chegam olhando a estrela, seguindo a estrela, para encontrar o Menino com sua Mãe.

Tudo envolto no cântico celeste dos anjos;

“Glória a Deus nas alturas! E paz, na terra, aos homens que têm boa vontade” (Luc. II, 14)

Isso aconteceu nos dias de Herodes, quando César Augusto decretou um recenseamento.

E como não havia lugar para Maria e José na estalagem, em Bethleem, terra de Davi, eles tiveram que se refugiar numa cocheira, entre um boi e um burro.

Porque assim se realizaram as profecias:

* “E tu, Bethleem Efrata, tu és a mínima entre as milhares de Judá, mas de ti há de me sair Aquele que há de reinar em Israel, e cuja geração é desde o Princípio, desde os dias da eternidade”, como profetizou o Profeta Miquéias (Mi. V, 1).

** ”O Senhor vos dará este sinal: uma Virgem conceberá, e dará à luz um filho, e seu nome será Emanuel” (Is. VII,14)

*** “O Boi conhece o seu dono, e o burro conhece o presépio de seu senhor, mas Israel não me conheceu e o meu povo não teve inteligência” profetizou Isaías muitos séculos antes (Is. I,3).

E Cristo, nos dias de Herodes, nasceu em Bethleem que quer dizer casa do pão (Beth = casa. Leem = pão).

Cristo devia nascer em Belém, casa do pão, porque Ele é o pão que desceu dos céus, para nos alimentar. Por isso foi posto numa manjedoura, para alimentar os homens.

Devia nascer num estábulo, porque recebemos a Cristo como pão do Céu na Igreja, representada pelo estábulo, visto que nas cocheiras, os animais deixam a sujeira no chão, e comem no cocho. E na Igreja os católicos deixam a sujeira de seus pecados no confessionário, e, depois, comem o Corpo e bebem o Sangue de Jesus Cristo presente na Hóstia consagrada, na mesa da comunhão.

Jesus devia nascer de uma mulher, Maria, para provar que era homem como nós. Mas devia nascer de uma Virgem — coisa impossível sem milagre — para provar que era Deus. Este era o sinal, isto é, o milagre que anunciaria a chegada do Redentor: uma Virgem seria Mãe. Nossa Senhora é Virgem Mãe. E para os protestantes, que não creem na virgindade perpétua de Maria Santíssima, para eles Maria não foi dada por Mãe, no Calvário. Pois quem não tem a Maria por Mãe, não tem a Deus por Pai.


III Pregação de Advento: "Alegria do Senhor seja a força da Igreja!"



Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Bento XVI participou na manhã desta sexta-feira, 21, da terceira pregação do Advento, na Capela Redemtoris Mater. Depois de refletir sobre a graça do Ano da Fé e sobre o aniversário do Concílio Vaticano II, a última meditação do Advento foi dedicada ao terceiro grande tema do ano, a evangelização.

Frei Raniero Cantalamessa, pregador oficial da Casa Pontifícia, começou lembrando que o Papa convidou a Igreja a fazer deste ano uma oportunidade de redescobrir a "alegria do encontro com Cristo"; e verteu sua pregação sobre “como evangelizar através da alegria, procurando permanecer o mais fiel possível ao tempo litúrgico atual, em preparação para o Natal”.

O frade capuchinho citou fatos e personagens dos "Evangelhos da infância": o entusiasmo com que Maria se levanta para ir até a casa de Isabel e os pastores que vão ver a criança, os gestos humildes e típicos da alegria, como as visitas, as saudações, os parabéns, os presentes. Mas, acima de tudo, a alegria da maravilha e da sincera gratidão dos protagonistas: "Deus visitou o seu povo! Lembrou-se da sua santa aliança".

Frei Cantalamessa disse que a intenção do evangelista Lucas não era apenas narrar, mas envolver o público. "Aqueles que lêem estas linhas”, diz um exegeta moderno, “são chamados a partilhar a alegria”. (H. Schürmann, O Evangelho de Lucas, I, Paideia, Brescia 1983).

Segundo ele, isto explica porque os evangelhos da infância têm pouca coisa a dizer a quem busca neles apenas a história, e muito a dizer a quem busca também o significado da história, como faz o Santo Padre em seu último volume sobre Jesus. Muitos fatos aconteceram, mas não são “históricos” no sentido alto do termo, porque não deixaram nenhum vestígio na história, não criaram nada. Já os fatos relativos ao nascimento de Jesus são fatos históricos no sentido mais forte, não só porque aconteceram, mas incidiram, e de forma decisiva, na história do mundo.

A pregação prosseguiu com a constatação que se a Igreja de hoje, no meio de todos os problemas e atribulações que a atingem, quiser reencontrar o caminho da coragem e da alegria, ela deve abrir os olhos para o que Deus está hoje fazendo nela. “O dedo de Deus, que é o Espírito Santo, ainda está escrevendo, na Igreja e nas almas, histórias maravilhosas de santidade que um dia, quando desaparecer todo pecado, farão que se olhe para o nosso tempo com espanto e santa inveja.

Fechamos os olhos, ao fazer isso, aos muitos males que afligem a Igreja e às traições de muitos dos seus ministros? Não. Mas se o mundo e sua mídia não destacam na Igreja nada além dessas coisas, é bom levantarmos o olhar e vermos também seu lado bom, sua santidade”.

Em meio a provas e calamidades que afligem a Igreja, especialmente em algumas partes do mundo, os pastores podem repetir, também hoje, aquelas palavras que Neemias, um dia, depois do exílio, dirigiu ao povo de Israel abatido e em lágrimas: “não haja nem aflição, nem lágrimas, porque a alegria do Senhor é a vossa força"!

A pregação se encerrou com a exortação: “Que a alegria do Senhor, Santo Padre, veneráveis padres, irmãos e irmãs, seja realmente, a nossa força, a força da Igreja”.
(CM)

Papa à Cúria Romana: "Na defesa da família está em jogo o ser humano"



Cidade do Vaticano (RV) - Família e diálogo foram os dois temas fundamentais do denso e significativo discurso proferido, nesta sexta-feira, por Bento XVI à Cúria Romana, por ocasião das felicitações natalinas.

Em seu discurso, o Papa recordou os momentos salientes deste ano, como as viagens internacionais ao México, Cuba e Líbano, o encontro Mundial das Famílias em Milão, o Sínodo dos Bispos sobre a Nova Evangelização e o Ano da Fé, no 50° aniversário de abertura do Concílio Vaticano II.

"Assim se tornou evidente que, na questão da família, não está em jogo meramente uma determinada forma social, mas o próprio homem: está em questão o que é o homem e o que é preciso fazer para ser justamente homem" - disse o Papa.

O Papa destacou que a Igreja não está sozinha em defender a família e chamou a atenção para a nova filosofia da sexualidade, segunda a qual "o sexo não é um dado originário da natureza, mas uma função social que cada qual decide autonomamente".

"Salta aos olhos a profunda falsidade desta teoria e da revolução antropológica que lhe está subjacente. O homem contesta o fato de possuir uma natureza pré-constituída pela sua corporeidade, que caracteriza o ser humano. Nega a sua própria natureza, decidindo que esta não lhe é dada como um fato pré-constituído, mas é ele próprio quem a cria. De acordo com a narração bíblica da criação, pertence à essência da criatura humana ter sido criada por Deus como homem ou como mulher" - sublinhou Bento XVI.

"Esta dualidade é essencial para o ser humano, como Deus o fez. Se, porém, não há a dualidade de homem e mulher como um dado da criação, então deixa de existir também a família como realidade pré-estabelecida pela criação. Mas, em tal caso, também a prole perdeu o lugar que até agora lhe competia, e a dignidade particular que lhe é própria; de sujeito jurídico que era com direito próprio, passa agora necessariamente a objeto, ao qual se tem direito e que, como objeto de um direito, se pode adquirir" - disse ainda o pontífice.

"Onde a liberdade do fazer se torna liberdade de fazer-se por si mesmo, chega-se necessariamente a negar o próprio Criador; e, consequentemente, o próprio homem como criatura de Deus, como imagem de Deus, é degradado na essência do seu ser. Na luta pela família, está em jogo o próprio homem. E torna-se evidente que, onde Deus é negado, dissolve-se também a dignidade do homem. Quem defende Deus, defende o homem" - ressaltou.

Em relação ao diálogo, o Papa frisou que ele deve seguir três níveis: com os Estados, a sociedade e as religiões. "Nesses diálogos, a Igreja fala a partir da luz da fé. Ao mesmo tempo encarna a memória da humanidade, das experiências e sofrimentos da humanidade", disse o Santo Padre, acrescentando: "A Igreja representa a memória do que é ser homem defronte a uma civilização do esquecimento que já só se conhece a si mesma e só reconhece o próprio critério de medição. Mas, assim como uma pessoa sem memória perdeu a sua identidade, assim também uma humanidade sem memória perderia a própria identidade."

No diálogo com a sociedade, "naturalmente a Igreja não tem soluções prontas para as diversas questões, mas unida às outras forças sociais, lutará pelas respostas que melhor correspondam à justa medida do ser humano. Aquilo que ela identificou como valores fundamentais, constitutivos e não negociáveis da existência humana, deve defendê-lo com a máxima clareza. Deve fazer todo o possível por criar uma convicção que possa depois traduzir-se em ação política" - destacou o pontífice.

Falando sobre o diálogo com as religiões, sublinhou que esta "é uma condição necessária para a paz no mundo. É um dever para os cristãos bem como para as outras crenças religiosas. Para este fim, é necessário fazer da responsabilidade comum pela justiça e a paz o critério basilar do diálogo. Sim, o diálogo não visa à conversão, mas uma melhor compreensão recíproca. Contudo a busca de conhecimento e compreensão sempre pretende ser também uma aproximação da verdade".

"Não somos nós que possuímos a verdade, mas é ela que nos possui: Cristo, que é a Verdade, tomou-nos pela mão e, no caminho da nossa busca apaixonada de conhecimento, sabemos que a sua mão nos sustenta firmemente. O fato de sermos interiormente sustentados pela mão de Cristo torna-nos simultaneamente livres e seguros" - ressaltou Bento XVI.

O Papa concluiu seu discurso com uma oração e um desejo ligado ao Mistério do Natal. "No final do ano, disse ele, peçamos ao Senhor para que a Igreja, não obstante suas pobrezas, se torne cada vez mais reconhecível como a casa de Jesus." (MJ)

UM SANTO PARA CADA DIA


São Pedro Canísio 
São Pedro Canísio nasceu em Nimega, atual Holanda, mas então parte da Alemanha naquele tempo. Isto no ano de 1521. Canísio é a latinização de Kanijs.
Seu pai foi prefeito de Nimega e encaminhou seu filho para estudar Direito.
Cursou estudos em Colônia e Lovaina para formar-se como advogado sem, no entanto, descuidar de sua espiritualidade (tendo em vista suas frequentes visitas ao Mosteiro dos Cartuxos).
Descobrindo o seu chamado com o auxílio de um padre jesuíta, Pedro Canísio tornou-se o primeiro jesuíta alemão, tendo entrado na Companhia de Jesus em 1543. Recebeu a ordenação sacerdotal três anos mais tarde.
Nesse mesmo ano publicou as obras de S. Cirilo de Alexandria, sendo o primeiro livro mandado imprimir por um jesuíta.
Foi teólogo do Concílio de Trento e um grande pregador e professor. Exerceu a sua docência sobretudo em Inglostad, Viena, Augsburgo, Innsbruk e Munique. Organizou a sua Ordem na Alemanha, fazendo dela o instrumento valioso para a reforma católica contra o protestantismo.
Foi um dos iniciadores da imprensa católica.
Profundo devoto da Santíssima Virgem, Pedro Canísio foi conselheiro de Príncipes, Núncios e Papas. Das 36 obras que compôs, as mais célebres são os seus trêsCatecismos (1555-1556 e 1558), largamente difundidos por toda a cristandade até o século XIX. O denominado "Catecismo Mayor", em 221 perguntas e respostas, alcançou pelo menos 130 edições.
O Papa Leão XIII chamou-lhe mesmo o "segundo Apóstolo da Alemanha, depois de S. Bonifácio".
Faleceu em Friburgo, na Suíça, a 21 de dezembro de 1597. O Papa Pio XI canonizou-o a 21 de maio de 1925, declarando-o ao mesmo tempo Doutor da Igreja.
São Pedro Canísio, rogai por nós!

UM SANTA PARA CADA DIA


SÃO DOMINGOS DE SILOS
São Domingos de Silos nasceu em Canhas, pequena cidade da Rioja, Espanha, no ano 1000.
Vivia na mais completa solidão há quase 18 anos, quando resolveu procurar Santo Emiliano e tornou-se noviço. Durante a sua caminhada, restaurou o Mosteiro de Silos que havia sido arruinado pelas guerras árabes. Restaurou também o priorado de Santa Maria de Canãs. Foi nomeado prior do convento de São Millán.
García de Nájera perseguiu São Domingos até que o exilou do Mosteiro de São Millán para Burgos, onde foi recebido por Fernando Magno, rei de Castela e de Aragão. Os historiadores contam também que São Domingos libertou muitos escravos cristãos caídos nas mãos dos mouros. Era muito culto, tendo exercido grande influência política e religiosa, fazendo parte dos homens mais versados em ciências e letras. Foi fundador de uma biblioteca, onde se reuniram numerosos manuscritos em caracteres visigóticos.
São Domingos de Silos morreu no dia 20 de Dezembro de 1073, em Silos. 

Bento XVI: quem busca Deus encontra a vida, a alegria, o amor e a paz



Cidade do Vaticano (RV) - Muitas vezes os homens pensam poder encontrar a vida, a alegria, o amor e a paz sozinhos, mas somente Deus pode nos dar tudo isso: foi o que, em síntese, disse o Papa recebendo em audiência, na Sala do Consistório, no Vaticano, por ocasião das felicitações de Natal, uma delegação dos jovens da Ação Católica Italiana, acompanhados do presidente da associação, Franco Miano, e do assistente-geral, Dom Domenico Sigalini.

Tratou-se de um encontro festivo, simples e familiar, entre Bento XVI e os jovens da Ação Católica, que este ano fizeram o seu caminho baseados na frase-guia "à procura do autor". O Pontífice falou sobre o homem que busca a vida e a alegria, e sem sabê-lo busca Deus, verdadeiro autor da vida e da alegria, "aquela alegria que supera todas as outras e que dura por toda a vida", ou seja, Jesus:

"Lembrem-se, caros amigos: quanto mais vocês aprenderem a conhecê-lo e a dialogar com Ele, mais sentirão contentamento no coração e serão capazes de vencer as pequenas tristezas que por vezes existem no ânimo."

O homem busca o amor, mas o encontrará somente em Deus, autor do amor. Não se pode viver sozinho, fechado em si mesmo, afirmou o Santo Padre:

"Todos precisamos querer bem e de sentir que alguém nos aceita e nos quer bem. Para viver é necessário sentir-se amado, mas é igualmente importante ser capaz de amar os outros, para tornar bela a vida de todos, inclusive de seus coetâneos que se encontram em situações difíceis. Jesus mostrou-nos com a sua vida que Deus ama todos, sem distinção, e quer que todos vivam felizes."

A esse propósito, Bento XVI recordou a iniciativa dos jovens da Ação Católica para ajudar de modo concreto os meninos de rua do Egito. Por fim, o Papa ressaltou que o homem busca a paz, "da qual o mundo tanto precisa":

"Muitas vezes o homem pensa poder construir sozinho a paz, mas é importante entender que Deus é quem pode dar-nos uma paz verdadeira e sólida. Se soubermos ouvi-lo, se dermos espaço para Ele em nossa vida, Deus eliminará o egoísmo que muitas vezes envenena as relações entre as pessoas e entre as nações e fará ressurgir desejos de reconciliação, de perdão e de paz, mesmo em quem tem o coração empedernido."

Aquele que procurar o grande Autor da vida, da alegria, do amor e da paz – conclui Bento XVI – descobrirá que este Autor jamais está longe dele, "aliás, está muito perto: é o Deus que se fez menino em Jesus!". (RL)



Bento XVI: quem busca Deus encontra a vida, a alegria, o amor e a paz



Cidade do Vaticano (RV) - Muitas vezes os homens pensam poder encontrar a vida, a alegria, o amor e a paz sozinhos, mas somente Deus pode nos dar tudo isso: foi o que, em síntese, disse o Papa recebendo em audiência, na Sala do Consistório, no Vaticano, por ocasião das felicitações de Natal, uma delegação dos jovens da Ação Católica Italiana, acompanhados do presidente da associação, Franco Miano, e do assistente-geral, Dom Domenico Sigalini.

Tratou-se de um encontro festivo, simples e familiar, entre Bento XVI e os jovens da Ação Católica, que este ano fizeram o seu caminho baseados na frase-guia "à procura do autor". O Pontífice falou sobre o homem que busca a vida e a alegria, e sem sabê-lo busca Deus, verdadeiro autor da vida e da alegria, "aquela alegria que supera todas as outras e que dura por toda a vida", ou seja, Jesus:

"Lembrem-se, caros amigos: quanto mais vocês aprenderem a conhecê-lo e a dialogar com Ele, mais sentirão contentamento no coração e serão capazes de vencer as pequenas tristezas que por vezes existem no ânimo."

O homem busca o amor, mas o encontrará somente em Deus, autor do amor. Não se pode viver sozinho, fechado em si mesmo, afirmou o Santo Padre:

"Todos precisamos querer bem e de sentir que alguém nos aceita e nos quer bem. Para viver é necessário sentir-se amado, mas é igualmente importante ser capaz de amar os outros, para tornar bela a vida de todos, inclusive de seus coetâneos que se encontram em situações difíceis. Jesus mostrou-nos com a sua vida que Deus ama todos, sem distinção, e quer que todos vivam felizes."

A esse propósito, Bento XVI recordou a iniciativa dos jovens da Ação Católica para ajudar de modo concreto os meninos de rua do Egito. Por fim, o Papa ressaltou que o homem busca a paz, "da qual o mundo tanto precisa":

"Muitas vezes o homem pensa poder construir sozinho a paz, mas é importante entender que Deus é quem pode dar-nos uma paz verdadeira e sólida. Se soubermos ouvi-lo, se dermos espaço para Ele em nossa vida, Deus eliminará o egoísmo que muitas vezes envenena as relações entre as pessoas e entre as nações e fará ressurgir desejos de reconciliação, de perdão e de paz, mesmo em quem tem o coração empedernido."

Aquele que procurar o grande Autor da vida, da alegria, do amor e da paz – conclui Bento XVI – descobrirá que este Autor jamais está longe dele, "aliás, está muito perto: é o Deus que se fez menino em Jesus!". (RL)