Rezar com a Sagrada escritura


  1. A leitura espiritual das Sagradas Escrituras

A leitura espiritual é a leitura dos livros místicos e tratados espirituais, dos quais buscamos não só o conhecimento das coisas espirituais senão principalmente o gosto e afeto das mesmas.

A leitura espiritual tem quatro fins principais: alimentar a alma, elevar a alma a Deus, ajudar de modo preparatório a oração e fomentar o recolhimento interior. Evidentemente não serve qualquer livro de leitura “espiritual”, pois nem todos os escritos produzem tais frutos. A Sagrada Escritura é, em tal sentido, o livro básico da ‘leitura espiritual’, ainda que não seja o único (pode alcançar-se estes frutos com os escritos espirituais dos Padres e dos ‘mestres espirituais’ da época medieval e moderna).

“A Igreja, diz o catecismo, recomenda insistentemente a todos os fieis... a leitura assídua da Escritura para que adquiram “a ciência suprema de Jesus Cristo”(Flp 3,8), “pois desconhecer as Escrituras é desconhecer a Cristo” diz São Jerônimo”(19).

A leitura espiritual nos ajuda a adquirir conhecimentos espirituais, é a base de nossas convicções de fé e o estimulo para uma entrega generosa a Deus.

Uma leitura corrida das Sagradas Escrituras, seja de toda a Bíblia ou de algum livros em particular, se enquadraria nesta categoria. No entanto é muito importante.

Muitos católicos não lêem a Bíblia porque a consideram uma leitura muito “larga” ou que requer muito “empenho”. E de fato é, mas não tanto como parece. Tenha-se em conta que se cada dia lêssemos quatro capítulos da Bíblia, terminaríamos de ler-la completamente menos de um ano (mas precisamente em oito meses).

Quem quiser ler a Bíblia de modo corrido, especialmente se é a primeira vez que ler, o recomendaríamos uma ordem particular: se deve começar pelo novo testamento (pois este ilumina o antigo), ante tudo pelos Evangelhos, logo depois o Atos dos apóstolos e as cartas de São Paulo e os outros apóstolos, finalmente o Apocalipse. Recém depois de ter lido o Novo Testamento, convém embarcar-se na leitura do Antigo, do qual pode fazer-se na ordem em que estão publicados os livros nas nossas Bíblias.

É sempre recomendável ler as introduções que nos situa no contexto histórico e nas mente do autor inspirado; lamentavelmente muitas versões tem introduções contagiadas de ideias racionalistas(20).

Nenhum comentário:

Postar um comentário